Caixa puxa fila da ‘redução do Estado’ e avança no preparo de venda de ativos
Publicado em 17/04/2019
Depois de vender ações do IRB e dar passos rumo à abertura de capital da Caixa Seguridade, instituição prepara venda de participação na Petrobrás e quer agir como banco de investimento; com operações mais complexas, BNDES e BB têm ritmo mais lento
Na semana passada, a instituição contratou quatro instituições, além da própria Caixa, para coordenar a operação, que pode render R$ 9 bilhões. São eles: Bank of America, XP Investimentos, Morgan Stanley e UBS.
Há uma série de ativos na fila. Um dos avanços mais recentes foi na área de seguros. A gestão atual, capitaneada pelo ex-Brasil Plural Pedro Guimarães, anunciou que iria rever todos os contratos já negociados. Está cumprindo a promessa.
A Caixa conseguiu convencer o sócio francês, a CNP Assurances, a reduzir sua fatia na futura sociedade. Com operações nos ramos de seguro de vida, prestamista (que cobre prestações) e previdência, a Caixa passará a ter 75% de participação, em vez de 60%. Já os franceses tiveram sua fatia reduzida de 40% para 25%. Em troca, o prazo da parceria deverá ser ampliado para que não se perca o acordo avaliado em R$ 4,6 bilhões.
O mercado aguardava ansioso o desfecho da parceria, já que as demais sociedades que a Caixa quer estruturar em seguros dependiam da negociação com a CNP. Os novos acordos ficarão sob a Caixa Seguridade, holding que concentra as operações do setor no banco.
A exceção deve ser a carteira de grandes riscos, da qual a Caixa quer ter apenas 25%. Como exige muito capital, a intenção é atrair um sócio majoritário.
Concluída a reestruturação da área, o objetivo é abrir o capital da operação de seguros nos moldes da BB Seguridade, do Banco do Brasil, já no segundo semestre. Como esse cronograma se arrasta há quatro anos, especialistas têm dúvidas se será cumprido.
Na verdade, o ativo da Caixa mais ajeitado para uma oferta pública é a rede de loterias e, por isso, pode ser o primeiro. Depende, porém, de trâmite regulatório. O de seguros vem na sequência, seguido pelo braço de gestão de recursos e pela operação de cartões. Há ainda imóveis e agências a serem vendidos.
A desova de ativos por parte da Caixa também deve representar o reforço da sua atuação como um banco de investimentos. A instituição vai atuar como assessor, muitas vezes na condição de líder, em todas as operações. Para exemplificar a ambição da Caixa, Guimarães disse semana passada, durante palestra que vai “massacrar” o Bradesco e o Itaú Unibanco.
“... esse banco foi massacrado por Bradesco e Itaú (em outras ocasiões). Então, por que o Bradesco e Itaú podem massacrar os menores e eu não posso massacrar o Bradesco e Itaú? Vou massacrar, sim. Ué, vou massacrar, sim”, disse Guimarães.
Outro tempo
Enquanto a Caixa avança, no BNDES o ritmo é mais lento. Por meio da BNDESpar, seu braço de participações em empresas, o banco tem R$ 110 bilhões em ativos que devem ser desovados nos próximos quatro anos. Até agora, porém, nenhum movimento concreto foi feito. “As coisas lá estão devagar”, diz o executivo de um banco de investimento.
Já o Banco do Brasil deu alguns passos na direção de reduzir ativos que não são essenciais à instituição. Bancos foram contratados para a abertura de capital da Neonergia, da qual são sócios a espanhola Iberdrola e a Previ, que deve ocorrer ainda no primeiro semestre.
Para o banco Votorantim, BB e a família Ermírio de Moraes escolheram o JPMorgan que irá a prepará-lo rumo à abertura de capital. Quanto ao restante, Rubem Novaes, presidente do BB, diz que não há pressa uma vez que essas tratativas são “complexas e trabalhosas”.
Fonte: Estadão - 16/04/2019
Notícias
- 29/11/2024 Mercado Pago registra crescimento de 43% nas transações parceladas na pré-Black Friday
- Dólar fecha o dia cotado a R$ 5,98 após mercado reprovar o pacote fiscal do governo
- 13º salário: parcela única ou 1ª parte devem ser pagas até hoje; veja o que fazer se não recebeu
- Dólar fecha o dia cotado a R$ 5,98 após mercado reprovar o pacote fiscal do governo
- Isenção de IR até R$ 5 mil: meu salário vai aumentar? Alíquota vai subir? Veja o que se sabe
- Programa Pé-de-Meia será incorporado ao orçamento federal em 2026
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)