Confira 5 dicas de planejamento financeiro para se recuperar do primeiro trimestre
Publicado em 08/04/2019 , por João Ker
A jornalista e educadora Nathalia Arcuri explica como poupar em meio a gastos com IPTU, IPVA e volta às aulas 357
Ano novo, boletos novos. O primeiro trimestre é a época em que, além do já esperado vencimento de impostos como IPTU e IPVA, chegam também despesas extras como reajuste de aluguel, renovação de matrícula e compra de materiais escolares. Para evitar as taxas de juros, é preciso manter o planejamento financeiro pessoal e familiar em dia.
“As pessoas sempre querem uma medida imediata para se livrarem de dívidas, mas não tem o que fazer. A verdade é que, para evitar isso, o planejamento deve ser feito bem antes”, explica Nathalia Arcuri. Jornalista e educadora, Nathalia dá dicas de planejamento financeiro que ajudam a descomplicar a vida financeira dos mais de 3 milhões de seguidores que assistem ao seu canal “Me Poupe!”, no Youtube.
Abaixo, o Estado separou algumas dicas de como evitar taxas e se recuperar financeiramente após o primeiro trimestre do ano. Confira:
Planeje com antecedência
“Se você sentiu a dor do IPTU e do IPVA agora e não quer sentir a mesma dor em janeiro de 2020, comece a se planejar agora”, diz Nathalia. Para ela, o ideal é levar como exemplo o provisionamento financeiro feito por empresas: “Eu sei que vou ter o gasto X em janeiro de 2020, então já começo a juntar esse dinheiro agora. Quanto eu preciso poupar todos os meses para não me enforcar em janeiro do ano que vem?”.
Foi exatamente o tipo de atitude que Caren Muniz, 35 anos, tomou no final do ano, quando previu os gastos que teria nesse primeiro trimestre. Administradora do salão de beleza no qual trabalha com o marido, Crispiniano Muniz, há 16 anos, ela conta que aproveitou o lucro do fim de ano para poupar: “Em dezembro, nós já trabalhamos pensando em fevereiro, que tem a volta às aulas. Até porque o movimento em janeiro cai”, explica.
Evite o cartão de crédito a todo custo
Além de arcar com a volta às aulas, Caren também precisou lidar com o IPVA, uma despesa que não entra no orçamento mensal da família. Para dar conta de tudo, acabou comprando o material escolar do filho no cartão de crédito. “Aprendi a não fazer dívida no cartão normalmente e a lidar apenas com o dinheiro que eu tenho em mãos”, explica, classificando o episódio como uma emergência.
Nathalia avisa que parcelar no cartão é uma das piores decisões que a pessoa pode fazer na hora de lidar com gastos extras. “O problema de parcelar é que a pessoa faz uma dívida até meses à frente, o que prolonga os gastos extras”, observa.
Renegocie ou realoque suas dívidas
Uma forma de escapar dos juros cobrados pelos bancos em cartão de crédito, cheques especiais e afins, é realocar essa dívida para lugares onde as taxas são menores ou inexistentes. “Se a pessoa se endividou, ela precisa negociar essa taxa de juros e trocar a dívida de lugar. Hoje, já existe até aplicativo para fazer isso online e trocar uma dívida por outra”, observa Nathalia.
Ela cita empréstimos consignados e refinanciamentos (“Um crédito com garantia”) como linhas de crédito alternativas para quem se endividou. “O banco nunca vai oferecer esse tipo de crédito, por isso que muita gente nem sabe que ele existe. O consignado, que já é um dos mais baratos, tem juros que podem chegar a 0,8% ou 1%, que é um terço do crédito normal.”
Renda extra
Se ainda assim a dívida acumulada ao longo do primeiro trimestre for maior do que o orçamento, o jeito é recorrer à renda extra. “É para apelar e ver o que tem de bico, o que pode vender em casa, se dá para trabalhar no final de semana e fazer o que quer que seja. Nessa hora, não pode ter vergonha”, aponta Nathalia. “E sempre se preocupar com essa renda extra antes que ela seja necessária.”
Foi assim que Caren conseguiu adequar as despesas ao seu planejamento financeiro. Ela conta que, por ser dona do próprio salão, aproveitou dezembro para ganhar uma nova clientela: “A gente dá alguns benefícios para os cliente com técnicas de barber shop, como bebida grátis etc., mas tudo a preços populares.”
Outra técnica utilizada por Caren foi estender sua jornada de trabalho ao longo do mês, aproveitando que ela e o marido são donos do próprio salão. “Se existe despesa, sempre trabalhamos de segunda a segunda. Como é nosso e embaixo da nossa casa, não abrimos só em horário comercial. Quando há necessidade, já abrimos às 5h e fechamos às 23h ou até mais tarde.”
Economize com criatividade
Na hora de fugir das dívidas, vale tudo. Para Nathalia, por exemplo, uma boa saída é poupar nas compras. “Uma dica bacana é procurar alternativas. Quantos desses livros escolares já não são vendidos usados? Hoje, existem grupos de mães no facebook que vendem material. Dá também para juntar com várias mães e fazer compras no atacado.”
Já Caren conseguiu fugir de gastos supérfluos e aproveitar o carro para poupar ainda mais. “Apesar de ele ter sido uma despesa, a gente sempre leva tudo de casa quando vai sair para ir à praia, ao parque ou ao cinema”, explica, acrescentando que diminuiu até o número de saídas para economizar. “Eu preferi cortar, porque toda semana íamos para restaurante ou algo assim com as crianças”.
As crianças, por sua vez, não sentiram tanto a mudança de hábito. “Com outras prioridades, isso é só supérfluo e elas entenderam. Até para os lanches, nós passamos a comprar as coisas no atacado e fazer em casa”. Como observa Nathalia, “é preciso usar a criatividade para gastar menos no que não dá para fugir”.
Fonte: Estadão - 05/04/2019
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