Pense antes de publicar a foto de seu bebê nas redes sociais
Publicado em 19/03/2019 , por Joanna Stern
Antes de compartilhar, é preciso fazer perguntas importantes e tomar as precauções necessárias
Em 4 de dezembro de 2018, o bebê Arthur Lance Maddox Parker estreou no Instagram.
Como legenda da foto, que mostrava um bebê adorável dormindo bem agasalhado, vinha o texto: “Apresento ao mundo o meu filho... Mamãe e o tio Maddox te amam muito Artie”.
Exatamente o que se poderia esperar de um anúncio de parto na internet. Exceto que não era verdade.
A bebê da foto nasceu em fevereiro de 2016 e é filha de Emory Keller-Kurysh, 33, do Canadá. Keller-Kurysh tirou a foto com seu celular, em seu quarto na maternidade, e a publicou em sua conta no Instagram.
Encontrei a foto de “Arthur” em uma comunidade do Instagram em que as pessoas brincam de serem pais e mães. Elas encontram fotos de bebês e crianças na internet e as postam fingindo que se trata de seus filhos. Sim, isso acontece.
Procurei o dono da conta que postou a foto, mas não obtive resposta. Quando alertei o Instagram, parte do grupo Facebook, a empresa respondeu fechando a conta, por violação de suas regras de uso.
A mãe real, Keller-Kurysh, mudou os termos de acesso à sua conta, que agora só permite que pessoas autorizadas por ela vejam as fotos de seus filhos.
A geração que cresceu compartilhando mais informações do que deveria sobre cada jantar em restaurante e viagem agora está começando a ter filhos. Sou membro dessa geração. Apenas dois dias depois do nascimento de meu filho, fiz um post público sobre ele no Instagram —nome, foto, data de nascimento e tudo mais.
Lamento tê-lo feito, agora. Parei de postar fotos de seu rosto e removi os posts antigos.
Não estou dizendo que postar fotos de seus filhos seja uma coisa terrível. Mas, antes de compartilhar, é preciso fazer perguntas importantes —e tomar as precauções necessárias.
Como meu filho verá o que publiquei?
Há muita coisa que não sei sobre a pessoa que meu filho se tornará. Não sei se ele desejará ser um astro do YouTube, famoso no mundo inteiro e completamente sem filtros. Não sei se ele vai achar que o vídeo que fiz e em que ele parece tentar dar a descarga em seu peniquinho é engraçado ou embaraçoso.
“Os pais precisam estar cientes de que um dia seus filhos terão de encarar aquilo que eles escolheram revelar”, disse Stacey Steinberg, professora de direito na Universidade da Flórida e especialista em leis sobre a criança.
“Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio entre a privacidade da criança e nosso direito de compartilhar.”
O que fazer: Considere se sua foto ou comentário invade a privacidade de seu filho ou pode causar embaraço. Alguns temas quase sempre o fazem: xixi na cama, chiliques, problemas de saúde.
Steinberg sugere limitar a quantidade de coisas que você posta, ou mesmo apagar os posts depois de alguns meses. Converse com seus filhos sobre as fotos que você compartilha, mesmo que eles tenham só quatro ou cinco anos. Enfatize a ideia de que a imagem é deles e que cabe a eles decidir quem pode vê-la.
A aposta mais segura? Criar uma rede social privativa, com apps de mensagens ou serviços como o Apple Photos ou o Google Photos. Você poderá convidar parentes e amigos para visitar álbuns compartilhados e atualizá-los diariamente com fotos e legendas.
Se você vai compartilhar fotos de seus filhos, restrinja o acesso aos seus posts e à sua conta apenas a pessoas aprovadas. Remova da sua lista de amigos ou bloqueie quaisquer seguidores com os quais você não se sinta confortável.
Lembre-se de que a foto que você usa em seu perfil no Facebook —na qual pais muitas vezes aparecem em companhia dos filhos— é sempre visível para todos.
Nosso principal trabalho como pais é proteger nossos filhos. O trabalho principal das redes sociais é atrair mais cliques, mesmo que ao custo da privacidade e da proteção aos usuários. Não importa o quanto seus filhos estejam sendo engraçadinhos e fofos quando você aponta a câmera na direção deles, pense antes de postar —ou talvez simplesmente não poste.
Fonte: Folha Online - 18/03/2019
Notícias
- 29/11/2024 Mercado Pago registra crescimento de 43% nas transações parceladas na pré-Black Friday
- Dólar fecha o dia cotado a R$ 5,98 após mercado reprovar o pacote fiscal do governo
- 13º salário: parcela única ou 1ª parte devem ser pagas até hoje; veja o que fazer se não recebeu
- Dólar fecha o dia cotado a R$ 5,98 após mercado reprovar o pacote fiscal do governo
- Isenção de IR até R$ 5 mil: meu salário vai aumentar? Alíquota vai subir? Veja o que se sabe
- Programa Pé-de-Meia será incorporado ao orçamento federal em 2026
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)