Inflação sobe 0,43% em fevereiro, com nova pressão de alimentos e bebidas
Publicado em 13/03/2019
Reajuste das mensalidades faz grupo educação ter alta de 3,53%
Mais uma vez, a inflação seguiu com um crescimento estimulado pelo setor de alimentos e bebidas, apesar de em fevereiro o aumento dos preços do segmento ser menor do que o observado no mês anterior.
Segundo informações divulgadas pelo IBGE nesta terça (12), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro apresentou alta de 0,43%. Projeção da Bloomberg era de crescimento de 0,38%.
Depois de impactar os preços em janeiro, o grupo de alimentos e bebidas seguiu exercendo influência, mas de forma menos intensa. Enquanto no primeiro mês do ano houve um avanço do grupo de 0,90%, em fevereiro a alta caiu para 0,78%.
O destaque continuou vindo pelo preço do feijão carioca, que teve comportamento contrário ao de desaceleração registrado pelo grupo dos alimentos. No índice passado, o produto registrou uma alta de 19,76%, e em fevereiro chegou a um aumento de 51,58%.
Para o economista do Itaú Felipe Salles, o aumento do feijão é um fenômeno transitório. "São coisas temporárias, isso não preocupa. A parte dos alimentos é muito volátil."
O segmento educação também exerceu influência no avanço de fevereiro. O reajuste das mensalidades de cursos regulares fez com que o grupo apresentasse uma alta de 3,53% no mês –percentual inferior ao observado na inflação acumulada para 12 meses, de 3,89%.
De acordo com o economista do IBGE Fernando Gonçalves, esse avanço é um fenômeno sazonal. "A alta do IPCA de fevereiro já era esperada dada a força do grupo educação, que sempre sobe em meses de fevereiro. É algo que já estava na conta", disse Gonçalves.
"As mensalidades carregam normalmente a inflação anterior, mas tem o fator demanda também. Muitas escolas particulares estão segurando os aumentos para reter os alunos, já que em anos anteriores houve uma fuga para escolas públicas."
Dos nove grupos analisados, apenas dois apresentaram comportamento negativo: o segmento de transportes e o de vestuários.
No caso dos transportes, o maior impacto veio do preço das passagens aéreas que recuou 16,65% no período.
“As passagens têm um peso grande no orçamento das famílias. É um momento de fim de férias, começo das aulas, então os preços começaram a descer, também por conta do aumento no final do ano passado”, segundo Gonçalves.
A gasolina também ajudou a segurar a inflação ao apresentar queda de 1,26% no mês. O etanol, por sua vez, recuou 0,81%.
A pesquisa Focus mais recente do Banco Central realizada junto a uma centena de economistas mostra que a expectativa para este ano é de uma inflação de 3,87%, indo a 4% em 2020. A projeção da inflação de 2019 feita pelo Itaú, segundo Salles, é de 3,6%.
O BC vem indicando que só a lenta atividade econômica e a inflação bem comportada não são suficientes para abrir espaço para eventual queda da taxa básica de juros, estacionada há quase um ano na mínima histórica de 6,5% ao ano.
O novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já sinalizou que deve manter a atual postura do BC na condução da política monetária ao pontuar que cautela, serenidade e perseverança são valores que devem ser preservados.
Fonte: Folha Online - 12/03/2019
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