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Acredite! Fazer poupança é possível
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Acredite! Fazer poupança é possível

Publicado em 03/12/2018 , por EDDA RIBEIRO

Com o medo do desemprego e as incertezas do futuro, garantir reserva financeira pode ser a saída para evitar sustos

Rio - O fim de ano costuma demandar gastos. Portanto, é um ótimo momento para organizar a vida financeira e iniciar um hábito que só tende a favorecer quem for adotá-lo: de fazer poupança. Pesquisa do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas indicou que 27% dos brasileiros têm intenção de poupar, por exemplo, a quantia recebida no 13° salário, que já chegou para alguns trabalhadores. Especialistas do setor financeiro orientam qual é a melhor maneira para começar a guardar um dinheiro a mais, e o momento exato para arriscar e investir.

Rogério Braga, membro da Associação Brasileira de Educadores Financeiros e educador da DSOP, afirma que há um problema de hábito. "A maior parcela das pessoas não tem costume de poupar. O momento econômico dificilmente é favorável, aliado ao alto índice de desemprego. Mas a falta de educação financeira não ajuda nesse sentido", diz.

Para começar a poupar, é preciso fazer análise da vida financeira e estabelecer objetivos. São as principais dicas de especialistas e instituições do setor para quem quer ser mais organizado e ter uma reserva, seja para comprar um celular novo, pagar uma dívida ou pensar em um futuro mais confortável.

Braga alerta que o ato de poupar precisa estar entre as principais despesas familiares. "A reserva deve acontecer assim que entra o salário. Poupando antes, o consumidor se compromete com aquela quantia, e não usa para outros fins", orienta.

Outra pesquisa do SPC e CNDL aponta que apenas 35% dos brasileiros costumam poupar habitualmente, sendo que 28% afirmam guardar o que sobra do orçamento.

Eliminar o dispensável

Além do 13°, o fim do ano também pode proporcionar outras mudanças. Alguns gastos sofrem alteração, e portanto, é preciso revisar as despesas.

"O momento é propício para organizar o dinheiro, e é comum haver gastos dispensáveis. Uma dica é revisar o plano de internet e TV, por exemplo, ou contas em débito automático", explica Annalisa Dal Zotto, planejadora financeira da empresa de investimentos Par Mais.

Pagar compras com débito e crédito também garante mais controle. Assim, o consumidor pode eliminar o dispensável com mais clareza, por meio do extrato bancário.

A assistente administrativa Laura Sathler, 25 anos, começou a poupança há seis anos. "Às vezes quero comprar algo de maior valor agregado, ou ter uma reserva financeira", conta. Ela também reforçou o hábito de guardar dinheiro por conta do medo do desemprego.

"Formar uma reserva é o primeiro objetivo das finanças. Nesse caso, o cálculo deve ser sobre quanto a pessoa necessita para viver. Economizando de três a seis meses para este fim, já é possível ficar tranquilo para eventualidades", explica Annalisa.

"Já tive que retirar quantia da poupança para suprir necessidades urgentes, como ir ao médico por não poder esperar atendimento público. Mas sempre tento repor o valor", pondera Laura.

Saber investir e deixar a reserva render

O caso de Laura, segundo Annalisa, é bem sucedido. A assistente administrativa consegue, mensalmente, poupar cerca de 10% de sua renda. Ela recomenda a abertura de poupança para valores que cheguem até R$ 3 mil. Acima disso, já vale a pena pensar em outros investimentos.

Ao optar por títulos públicos, a ideia é ver o dinheiro crescer. Annalisa recomenda, para rentabilidade razoável, o Tesouro Direto. Com apenas R$ 30, o consumidor pode começar, com todo o procedimento feito online. É necessário ter conta corrente em qualquer banco.

No site do Tesouro Direto, há uma lista de corretoras habilitadas para o procedimento. Elas são necessárias para fazer o cadastro do investidor e intermediar a transferência de recursos financeiros. A listagem está fixada em /www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-instituicoes-financeiras-habilitadas.

Como começar

1 - Comece a poupar no início do mês, assim que sair o salário. Mesmo com uma quantia pequena, como R$ 10 por mês, já ajuda no hábito.

2 - Poupar só pela reserva não é a melhor forma de começar. Trace objetivos de curto, a longo prazos.

3 - Confira os gastos cotidianos, como conta de internet e TV. Aproveite para rever os planos.

4 - Utilize mais crédito e débito, ao invés de dinheiro vivo. Assim, o controle via extrato é mais claro.

5 - Em caso de cobranças, quite-as primeiro. Poupar e pagar dívidas ao mesmo tempo não combina.

6 - Após reservar cerca de R$ 3 mil, já é favorável investir em títulos públicos, por exemplo.

Fonte: O Dia Online - 02/12/2018

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