Premiere obriga operadoras a repensar TV por assinatura
Publicado em 29/11/2018 , por Maria Inês Dolci

Operadoras de TV paga praticam venda casada na venda de canais
Heráclito de Éfeso já sabia, há mais de dois mil anos: só a mudança e o movimento são reais. A propósito, a transformação e a crise na TV por assinatura não surpreendem quem tem ou já teve este serviço. Afinal, paga-se caro, muito caro, para contar com entretenimento de qualidade (filmes, jogos de futebol, seriados, desenhos, documentários etc). Os pacotes engessados, contudo, não justificam o gasto mensal.
Um assinante fã de futebol, por exemplo, não pode contratar somente os canais esportivos para acompanhar os campeonatos regionais, nacionais e internacionais.
Ironicamente, as operadoras estão irritadas com a Globosat por oferecer este canal via Internet, sem operadora, diretamente ao consumidor, como registrou Mauricio Stycer. O nome disso é oferta de serviço e quem decide é o consumidor.
As operadoras de TV paga praticam venda casada. É só ler o que estabelece o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 39: “É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos”.
A tecnologia vem transformando o mundo, com avanços inegáveis em áreas como saúde e comunicação, mas também com perda de empregos, invasão de privacidade e outras consequências negativas. Não há mudança que só traga vantagens a todos.
A oferta de filmes e séries por streaming, como faz a Netflix, e de jogos como a Globosat, assemelha-se ao transporte por aplicativos (Uber, 99, Cabify); à hospedagem via Airbnb; e às fintechs que prestam serviços financeiros antes restritos aos bancos.
Ninguém cede o mercado a um concorrente com um sorriso nos lábios, obviamente. Mas a tecnologia vai quebrar paradigmas em quase todas as áreas, por mais que isto afete negócios tradicionais. A saída será a adaptação às novas condições de operação, o que ocorreu com a própria Netflix, que surgiu no final dos anos 1990 como um serviço de entrega de DVDs pelo correio.
Grandes livrarias brasileiras —Cultura, Saraiva— estão em recuperação judicial, na tentativa de se recuperar de dívidas que, somadas, totalizam quase R$ 1 bilhão. Não é fácil vencer empresas que vendem e-books, livros digitais, por preços obviamente muito menores, pois não há custos de impressão, armazenagem e distribuição.
Se quiserem manter seu mercado, as TVs pagas terão de investir em melhor comunicação com seus clientes. Nos últimos dias, por exemplo, a Vivo tem informado que alguns canais sairão do ar, e não detalha por quais serão substituídos. Só observa que o preço cobrado continuará o mesmo.
Fonte: Folha Online - 28/11/2018
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