Não caia na armadilha do crédito pessoal
Publicado em 20/09/2018
Juros dessa modalidade podem ser exorbitantes, ultrapassando 700% ao ano, em alguns casos. Confira nosso estudo e veja dicas para não comprometer de forma séria a sua vida financeira Em tempos de crise, você precisa redobrar os cuidados antes de adquirir um empréstimo.
Por se tratar de uma oferta fácil e rápida de se conseguir, pegar empréstimo por meio do crédito pessoal pode acabar se transformando numa gigantesca bola de neve.
Por isso, coletamos em junho de 2018, informações sobre os onze principais estabelecimentos financeiros do país que oferecem linhas de crédito pessoal para avaliar todas as alternativas possíveis e encontrar a melhor para cada necessidade.
São elas: Lendico, Banrisul, Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Santander, Itau, Ibi Financeira, BV Financeira, Simplic e Losango.
As linhas de crédito pessoal se diferenciam dos automóveis ou bens, pois não precisam de um objetivo específico e, ao oferecer maior risco (por não estarem atreladas a bens), têm juros maiores.
Assim, a instituição após aprovar a solicitação, libera o montante - que pode ser pago em até 60 meses.
Vale ressaltar que, quanto maior for o prazo, mais altos serão os juros a pagar. Por isso, antes de solicitar o serviço, é preciso saber quais são as alternativas: bancos, financeiras e também consultas na internet.
Empréstimo consignado e cartão de crédito: como não cair em armadilhas
Antes de fazer
O crédito é liberado de acordo com a movimentação da conta corrente do cliente e de sua renda.
Aconselhamos que, antes de pedir um empréstimo, você pesquise opções de startups financeiras on-line, bem como suas condições de pagamento e os juros praticados e tente negociar as taxas de juros com o banco onde já é correntista.
Se ainda assim você optar pelo crédito on-line, a opção que mais oferece benefícios são as fintechs, pequenas startups financeiras.
Geralmente, atuam por meio de aplicativos e sites e têm se tornado uma opção simples de contratar e geralmente com taxas menores.
Além de menos burocrático, o empréstimo pessoal online é mais vantajoso
Por terem estruturas enxutas, além de aderirem a processos mais dinâmicos que as instituições mais tradicionais, conseguem oferecer taxas mais baixas e com mais agilidade.
Para saber como cada uma das financeiras funciona, simulamos dois cenários, com desdobramentos distintos.
No primeiro, foi definido um empréstimo de R$ 3 mil, parcelado em 12 e 18 vezes.
Utilizando essas duas mesmas opções de parcelas, também foram simulados créditos de R$ 6 mil. Isso porque foram encontradas enormes variações.
Para uma quantia de R$ 3 mil em 12 vezes, por exemplo, o Custo Efetivo Total (CET) pode variar de 32,25% a.a. com a Lendico, até mais de 745% a.a., no caso da financeira Losango.
Isso demonstra que, pedidos feitos diretamente a financeiras são perigosos por conta dos juros do mercado, hoje considerados os mais altos.
Nos bancos, os limites podem chegar a 200% a.a., já nas financeiras a margem pode superar 700%, nos mesmos 12 meses.
Na Losango, que pratica juros de até 745% ao ano, um empréstimo de R$ 3 mil, ao ser parcelado em 18 vezes, representa a soma de R$ 9.795,96. Ou seja, o valor é triplicado devido as elevadas taxas de juros cobradas.
A realidade dos juros exorbitantes não muda nas linhas de crédito de R$ 6 mil, em 12 vezes. Foram constatadas CETs entre 40,36% a.a. com a Lendico, e 745% a.a., pela Losango.
Porém, nesta mesma instituição, com 745,19% de CET, o Banco Central divulga taxas de 177,21% a.a.
O Banco Central divulgou um CET mínimo de 50,48% a.a, nesses estabelecimentos, mas o estudo verificou 75,87% a.a. (Banrisul) como a menor taxa disponibilizada pelos bancos participantes da avaliação.
Por isso, neste cenário, a escolha certa para nós é a Lendico, que disponibiliza as menores taxas de juros entre as instituições pesquisadas.
No caso, CET de 2,36% ao mês (32,25% ao ano) para empréstimos de R$ 3.000 em 12 vezes e CET de 2,87% ao mês (40,36% ao ano).
Além disso, possui flexibilidade quanto às parcelas, oferecendo 6, 12, 18, 24, 30 ou 36 meses.
Outra recomendação para quem necessita do empréstimo, é antecipar o pagamento das parcelas. Isso diminui o montante a ser pago com juros e dá a segurança de que as cobranças por qualquer outro encargo sejam proibidas.
Fonte: Proteste - proteste.org.br - 11/09/2018
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