Mercado de trabalho, paralisação e inflação reduzem ritmo de consumo das famílias
Publicado em 03/09/2018 , por Lucas Vettorazzo e Mariana Carneiro
Avanço no segundo trimestre de 2018 foi de 0,1% em relação aos três meses anteriores
Um dos principais motores da economia na década passada, o consumo das famílias reduziu seu ritmo de crescimento no segundo trimestre deste ano, divulgou IBGE nesta sexta-feira (31).
O consumo das famílias teve alta de 1,7% no segundo trimestre deste ano, se comparado a igual período de 2017.
O aumento, contudo, representa uma desaceleração no rimo de consumo, já que no primeiro trimestre deste ano a alta havia sido de 2,8%. Na passagem do primeiro para o segundo trimestre, o consumo das famílias ficou estável, tendo tido ligeira alta de 0,1%.
A manutenção, desde o fim do ano passado, de cenário ruim no mercado de trabalho, com aumento da informalidade e uma renda que não avança há quase dois anos, contribuiu para a redução de ritmo de consumo das famílias no segundo trimestre deste ano.
A paralisação dos caminhoneiros também teve impacto negativo no consumo no país. O desabastecimento de alimentos decorrente dos bloqueios em estradas e a incerteza imposta à população sobre o futuro da economia pressionaram para baixo as taxas de consumo.
A paralisação também fez aumentar a inflação nos meses do segundo trimestre do ano. Antes sob controle, a inflação alta acaba por inibir a intenção de consumo.
A redução de ritmo ocorre a despeito do aumento do crédito voltado à pessoa física no período e a trajetória de queda da taxa básica de juros no país.
A comparação anual fica prejudicada porque em 2017 o consumo foi positivamente impactado pela liberação das contas inativas do FGTS à população. Este ano o governo liberou o saque de cotas do PIS/Pasep pelos trabalhadores, mas a medida passou a vigorar em junho e, segundo o IBGE, terá impacto mais positivo no PIB somente no terceiro trimestre deste ano.
"A ocupação está crescendo, mas a massa salarial (renda e emprego) caiu 0,6% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Apesar de o emprego ter aumentado, a renda recebida em termos reais caiu em relação ao mesmo período do ano passado. A inflação está baixa mas deu um repique em junho", disse coordenadora das Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Fonte: Folha Online - 31/08/2018
Notícias
- 09/05/2025 Como abrir uma conta gov.br
- AGU pede apreensão de passaporte de dirigentes de entidades investigadas por fraude no INSS
- Custo da cesta básica sobe em 15 de 17 capitais em abril, aponta Dieese
- Correios registram prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, aponta demonstrações financeiras
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)