Leite sobe 44% no campo neste ano e deve pressionar ainda mais a inflação
Publicado em 01/08/2018 , por Mauro Zafalon
Explosão dos preços ocorre por causa dos caminhoneiros, pastagens ruins e queda nos estoques
Os consumidores já vinham sentindo no bolso o preço do leite. A situação, porém, poderá ficar ainda pior.
O produto atingiu um valor recorde para os meses de julho e teve alta real de 14% no campo, em relação a junho. A alta já atinge 44% no ano.
Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A explosão dos preços ocorre por causa da soma de vários fatores: paralisação dos caminhoneiros, pastagens ruins e queda nos estoques das indústrias.
Com a greve, e sem coleta, os produtores se desfizeram do leite, desfalcando o abastecimento das indústrias. Para repor estoques, elas disputaram a produção de junho, pagando mais caro.
Para complicar ainda mais, em algumas regiões, como o Sul, a ausência de chuva retardou a melhora das pastagens, afirma Juliana Santos, analista de leite do Cepea.
Se a oferta for limitada também em agosto, a pressão nos preços vai continuar. Santos diz que clima adverso e encarecimentos dos grãos podem impedir mudança de tendência do mercado.
Uma nova alta no leite no campo —seria a sétima consecutiva— pressionaria ainda mais a inflação, pesando no bolso do consumidor.
O preço médio do produto longa vida, o mais usado pela população, já subiu 57% neste ano na cidade de São Paulo, de acordo com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
A analista do Cepea diz que é importante ficar de olho nos preços do leite “spot”, o produto que é negociado entre as indústrias.
Na primeira quinzena de julho, o preço teve alta de 28% em Minas Gerais, apontando forte demanda. Na segunda, porém, houve queda de 7%.
O preço do leite pago ao produtor, em julho, foi de R$ 1,4781 por litro nos sete estados pesquisados pelo Cepea. Esse é um valor médio líquido para o produto entregue em junho às indústrias.
PRESSÃO MENOR
Os produtos agropecuários no atacado perderam força na inflação de julho. Após uma alta de 3% em junho, os preços do setor recuaram 1,83% neste mês. É o que mostram os dados do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), divulgados nesta segunda-feira (30) pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Apesar da queda deste mês, o aumento acumulado do ano se mantém em 7,8%, acima do IGP-M médio de 5,9% para o período. O leite encabeça a lista das pressões de julho (mais 7,4%), acompanhado de aves e de bovinos. Já o milho, que teve redução de 10% neste mês, foi o produto que mais cooperou para segurar um avanço maior da inflação no atacado.
Más notícias O relatório de acompanhamento da safra norte-americana desta segunda-feira (30), feito pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), não traz boas notícias para os produtores brasileiros de soja. A safra anda muito bem por lá.
Bem melhor Pelo menos 70% das lavouras de soja se encontram em estado bom e excelente. No ano passado, eram 59% no mesmo período. A média dos últimos cinco anos é de 66%. No caso do milho, o percentual é de 72%, bem acima dos 61% de há um ano. Se esse cenário persistir, virá “safra cheia” pela frente.
Aos poucos A soja vem obtendo uma pequena recuperação na Bolsa de Chicago nas últimas semanas. O contrato de novembro subiu para US$ 8,92 nesta segunda-feira. Em 16 deste mês, quando a commodity havia atingido o menor valor do ano, estava em US$ 8,26 por bushel (27,2 quilos).
Ainda bom Os preços internos continuam bons, apesar da queda do dólar. Em Cascavel (PR), a saca de soja disponível está em R$ 81, acima dos R$ 79 de há um mês. Em Sorriso (MT), a commodity está sendo negociada a R$ 69, acima dos R$ 65 de há um mês, conforme acompanhamento da AgRural
Fonte: Folha Online - 31/07/2018
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