Parcelado com juros do cartão de crédito deve ser lançado no último trimestre
Publicado em 14/06/2018 , por Tássia Kastner

Início será com projeto-piloto, com implantação em maior escala em 2019, diz setor
A Abecs (associação da indústria de cartões) prevê que o parcelado com juros no cartão de crédito deverá ser lançado no último trimestre do ano, como um projeto-piloto. A implantação em maior escala ocorreria apenas em 2019.
Para o presidente da Abecs, Fernando Chacon, o produto deve ser lançado com taxas de juros baixas, próximas às cobradas em linhas de créditos com spreads baixos, para que seja competitivo, mas não citou qual poderia ser esse percentual.
Ele falou nesta quarta-feira (13) no Ciab, evento de tecnologia bancária promovido pela Febraban (federação de bancos).
Hoje os bancos já oferecem a opção de financiamento de compras no cartão de crédito com juros, em casos em que o lojista deseja vender apenas à vista. As taxas giram em torno de 3% ao mês.
Segundo Chacon, o problema é a falta de padronização na oferta desse crédito na maquininha. Esse é o trabalho que está sendo feito pelas empresas do setor. O parcelamento com juros é criticado pelo comércio porque eliminaria o parcelado sem juros, que tem forte apelo junto ao consumidor.
“Esses produtos podem e devem conviver”, defendeu Chacon. Para ele, o produto com juros seria mais utilizado pelos pequenos comerciantes, que têm menor acesso à crédito e portanto têm mais dificuldade de parcelar compras do cliente.
Em fevereiro, a Folha informou que a alternativa ao parcelamento sem juros estudada pelo setor de cartões prevê a adoção de taxas diferenciadas de acordo com o perfil de risco do cliente, segundo executivos que participam das conversas sobre o assunto com o Banco Central.
O crediário, a proposta dos emissores de cartões para concorrer com o parcelado sem juros, seria uma linha de financiamento ao consumo com o uso do cartão.
Os emissores dos cartões utilizariam seus próprios modelos de avaliação de risco e o histórico que possuem do consumidor para estabelecer a taxa oferecida no crediário.
Pessoas com bom histórico de pagamento teriam juros menores, enquanto maus pagadores poderiam pagar mais no parcelamento mensal. O lojista não participaria dessa análise de crédito.
Segundo fontes que participam das discussões, as empresas trabalham com um juro de cerca de 3% ao mês, semelhante ao do crédito consignado. É também próximo da taxa cobrada pelos adquirentes (donos de maquininhas de pagamento) para realizar as operações.
A decisão de tomar o crediário –com mais prazo para pagar– ou optar pelo parcelamento sem juros ficaria a critério do cliente. O setor já estaria trabalhando em uma infraestrutura que permitiria que, na hora do pagamento, o consumidor conseguisse comparar qual a melhor alternativa, com simulações que incluiriam os cenários com e sem juros e prazos diferentes.
Fonte: Folha Online - 13/06/2018
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