Desemprego recua, mas informalidade avança
Publicado em 01/11/2017 , por Daniela Amorim
Número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 33,3 milhões, o que representa o menor nível da série histórica
RIO - A produtora de moda Fernanda Vieira, de 31 anos, perdeu o emprego como estilista há quatro meses, mas não se deixou abater pelo fim da sensação de estabilidade e benefícios proporcionados por uma vaga com carteira assinada. Formada em Design de Moda, ela passou a atuar como produtora de teatro nos dias úteis e produtora de moda em eventos de fim de semana.
O caso de Fernanda ilustra o movimento que está em curso no mercado de trabalho: o aumento da informalidade, apesar do recuo na taxa de desemprego para 12,4% da população economicamente ativa (PEA) no terceiro trimestre dos 13% do segundo trimestre, segundo os dados do IBGE.
O mercado de trabalho manteve no terceiro trimestre a tendência de redução na taxa de desemprego através da geração de vagas informais. Apesar de o aumento na população ocupada ser positivo, a perda de postos com carteira assinada no setor privado preocupa, avalia o IBGE. Mesmo com a queda na taxa de desemprego, o total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu o menor nível da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012: 33,300 milhões de vagas formais, 810 mil a menos que um ano antes.
Perdas. “O mercado de trabalho perdeu 3,4 milhões de postos com carteira assinada em três anos. A Pnad Contínua está mostrando um aumento da informalidade. O mercado de trabalho não está estático, ele está se movimentando. Há pontos favoráveis, que é o crescimento da população ocupada e o aumento da massa de rendimento. Tem mais dinheiro proveniente do mercado de trabalho circulando. Mas tem mais informalidade crescendo, e você não vê reação alguma da carteira de trabalho assinada”, diz Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Azeredo lembra que a perda da carteira significa perda também de direitos como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e seguro-desemprego, além de restringir o acesso a crédito e benefícios como férias remuneradas.
A autonomia de Fernanda foi viabilizada por um cadastro de microempreendedor individual (MEI), que permite permanecer ativa e pagar as contas. Mas o que ela deseja mesmo é voltar a ter um contrato de trabalho com registro: “Com o emprego em carteira eu teria dinheiro todo mês. No esquema atual, às vezes eu tenho evento, às vezes não tenho. Então a carteira assinada me daria mais segurança e também teria acesso aos benefícios, mesmo se fosse mandada embora.”/ D.A.
Fonte: Estadão - 31/10/2017
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