Série de dados positivos do emprego deve continuar
Publicado em 20/10/2017 , por Thais Herédia
A reação do mercado de trabalho formal era a última ponta do novelo esperada para o atual ciclo de recuperação da economia. Os dados do Caged de setembro, cadastro de registro de vagas com carteira assinada, mostram que a dinâmica conhecida da atividade econômica do Brasil está mudando. A engrenagem conhecida nos processos passados de retomada não previa a sequência de dados positivos do emprego, especialmente no mercado formal.
Segundo Ministério do Trabalho, foram criadas 34.392 vagas no mês passado, o melhor setembro em três anos. A base de comparação mostra que em 2016, neste mesmo período, foram fechadas pouco mais de 39 mil vagas, ou seja, uma trajetória inversa e ainda muito negativa, que se manteve até março deste ano.
Desde então, o barco começou a virar vagarosamente, sem que fosse possível detectar a mudança de rumo rapidamente – a percepção era de puxadas pontuais da criação de vagas. O resultado acumulado de janeiro a setembro corrobora a virada: foram gerados 208.874 empregos com carteira assinada e, no mesmo período do ano passado 644.315 trabalhadores haviam sido demitidos.
Na pesquisa feita pelo IBGE, que abrange a informalidade e o trabalho por conta própria, a dinâmica se repete, privilegiando o emprego informal e alertando para a baixa qualidade da retomada do emprego diante do cenário de recuperação da atividade econômica. Serve de ressalva e de contenção de um otimismo com fundamento frágil, mas não cabe questionamento sobre a recuperação.
A criação de vagas formais em setembro também corrobora a leitura recente sobre os dados negativos de agosto. Todos os setores da economia tiveram desempenho ruim naquele mês, sem exceção. A analise de consenso sinalizou que era uma queda pontual, de arranjo, não de mudança de rumos. Há quem duvide da força deste processo, enxergando a crise política como maior ameaça a consolidação deste quadro.
É legítimo e realista o alerta. Mesmo quem conhece a política brasileira, se assusta com a superação de todos os limites que temos assistido nos últimos dois anos. O próximo ano será um desafio para o atual descolamento entre a economia e a crise política. A expectativa pela reforma da previdência continua, mas já há uma dose de tolerância pelo seu adiamento até que o próximo governo assuma em 2019.
Até lá, também é legítimo e realista receber o bom comportamento do mercado de trabalho. São milhares de famílias que estavam marginalizadas e que voltam a fazer planos e a consumir e alimentar a roda da economia. A não ser que caia uma bomba no Brasil nos próximos 6 meses, a série de dados positivos deve se repetir.
Fonte: G1 - 19/10/2017
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