Alex Campos: A regra é clara! Não tem desculpa!
Publicado em 09/10/2017 , por Alex Campos
Ler, entender, aprender, pesquisar, perguntar, questionar, buscar se orientar são coisas baratas que ajudam a desenvolver inteligência, habilidade ou pelo menos cuidados financeiros.
Rio - Mais de um ano depois, se você ainda para nesta página, todo domingo, disposto a investir seu tempo nela... parabéns, porque você só tem a ganhar. Ler, entender, aprender, pesquisar, perguntar, questionar, buscar se orientar são coisas baratas que ajudam a desenvolver inteligência, habilidade ou pelo menos cuidados financeiros. O dinheiro gosta de quem tem conhecimento sobre ele.
Por isso repito e trepito que existem muitas perguntas capazes de gerar uma infinidade de respostas, e é essencial que se faça o máximo de perguntas para se obter o máximo de respostas. Esse máximo empenho exige menos energia do que saber de cor, na ponta da língua, os nomes de centenas de artistas ou personagens de novela e os nomes de centenas de jogadores ou títulos de futebol. Ninguém reclama de memorizar tanto entretenimento ou colecionar tanta distração, em vez de perseguir alguma informação econômica relevante ou mais informação econômica relevante.
Daí que não faz sentindo uma "profissional" do direito do consumidor alegar que as pessoas atrasam os pagamentos de suas faturas de cartões de crédito (e acabam tendo que pagar juros pesados) porque "falta clareza nas informações prestadas pelo banco, como manda o Código do Consumidor". Peraí! Peralá! Isso é o mesmo que alegar que "as pessoas matam por falta de clareza no Código Penal". A verdade é que as pessoas atrasam porque atrasam, e as pessoas matam porque matam tanto que não existe "direito do consumidor" para assassinos desinformados. Outra verdade é que não falta clareza nas informações, o que falta é interesse pelas informações, que estão em toda parte, inclusive nos sites e nas faturas dos bancos.
A regra é clara! Hoje, o cliente de um cartão de crédito pode optar por pagar o valor mínimo de sua conta uma vez. No mês seguinte, ele terá que quitar ou parcelar o valor restante. Somente depois que tiver liquidado essa fatura, o cliente poderá voltar a optar por pagar o valor mínimo. Supondo que isso não tenha "clareza" suficiente, a pessoa ainda pode ir ao banco perguntar, perguntar e perguntar, em vez de ir à loja se endividar, se endividar e se endividar.
Educação financeira, gente, é igual a toda e qualquer Educação: exige cada vez mais responsabilidade e cada vez menos "vitimismo".
ANUIDADE? DIGA NÃO!?
Ainda sobre o perigo real e imediato de cartões de crédito, débito ou loja... ninguém deve aceitar pagar anuidade! Isso mesmo! É mais fácil do que se pensa, principalmente para quem prefere ter apenas um cartão, pode concentrar nele grande parte dos gastos e, assim, consegue acumular maior poder de barganha. Também é possível ficar isento da taxa de emissão do plástico adicional para suplentes ou dependentes. Quem já tem ou pretende ter um cartão deve saber que existem, sim, instituições financeiras ou varejistas oferecendo por aí tarifa zero.?
EM VEZ DE NEGOCIAR, EXIJA!?
Há pelo menos duas maneiras de garantir esses e outros benefícios: uma, através do site "Tarifas do Cartão" (já mencionado aqui), onde é possível saber que bancos ou redes lojistas livram os clientes desse tipo de ataque especulativo; outra é simplesmente pegar o telefone, ligar para a operadora e negociar o fim da cobrança da anuidade, da emissão e até do ar que se respira ou, dependendo do seu perfil pagador, em vez de negociar, EXIGIR e ponto. Se a pessoa perceber que o pedido não foi bem recebido do outro lado da linha, cabe avisar que, logo em seguida, a concorrência "estará sendo consultada" e, provavelmente, "estará sendo contemplada". Não vai demorar, alguém lá "estará garantindo" que a operadora "estará retornando" para informar que a anuidade "estará acabando".?
RECEBEU SEM PEDIR, MANDA CANCELAR?
Outro alerta importante é que quem recebe em casa um cartão de crédito e débito que não pediu e não autorizou tem um pequeno problema ecorre um grande perigo.
O pequeno problema é que essa iniciativa unilateral é proibida. Entidades do consumidor, ministérios públicos e operadoras têm nas gavetas leis, normas e termos de compromisso que impedem a emissão de cartão sem consulta ou sem consentimento. O grande perigo é que o cartão enviado à casa do cliente/vítima, à revelia, com o nome dele e crédito pré-aprovado, pode já ter sido previamente desbloqueado e ter tido a senha espertamente violada. Daí basta a qualquer um ter em mãos um cartão suplementar ou clonado para utilizá-lo sem o conhecimento do titular pessoa física ou "pessoa vítima". Recebeu sem pedir? Liga logo e manda cancelar!
Fonte: O Dia Online - 08/10/2017
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