Balança tem superavit de US$ 5,2 bilhões e renova recorde no ano
Publicado em 03/10/2017
A balança comercial brasileira registrou um superavit de US$ 5,2 bilhões em setembro, o mais alto resultado para o mês na série histórica do governo.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (2) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Com o resultado do mês passado, o saldo positivo de US$ 53,3 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses de 2017 é recorde para o período, de acordo com a série histórica, que começa em 1989.
O governo espera que a balança comercial encerre o ano com saldo positivo acima de US$ 60 bilhões. Em 2016, o superavit foi de US$ 47,7 bilhões.
Uma nova projeção para o resultado da balança comercial em 2017 deve ser divulgada até o início de novembro, de acordo com o ministério.
"O superavit irá ultrapassar a casa dos US$ 60 bilhões. Estamos atualizando as projeções e vamos divulgar em breve uma nova expectativa", afirmou o secretário de comércio exterior, Abrão Neto.
Neste ano, a balança comercial vem registrando recordes mensais desde fevereiro. "São oito meses consecutivos com saldos recordes", disse o secretário.
RECUPERAÇÃO
Do lado das importações, que somaram US$ 13,5 bilhões no mês passado, houve um crescimento de 34,5% nas compras de bens de capital. Foi o segundo mês consecutivo que o país registrou aumento na importação desse tipo de produto, relacionado a investimentos.
"Isso pode indicar tendência de recuperação, que será ou não confirmada nos últimos meses", afirmou Abrão Neto.
Também houve um crescimento na compra de combustíveis e lubrificantes, com 26,4%; de bens de consumo, com 15,9%; e bens intermediários, com 15,1%.
O secretário lembrou que o desempenho das importações ocorre em função do nível de atividade interna. "Com reaquecimento da economia, têm aumentado as importações", disse.
A exportação em setembro, que somou US$ 18,7 bilhões, apresentou crescimento em todas as categorias de produtos. A venda de produtos básicos subiu 36,7%, a de manufaturados, 18% e semimanufaturados, 11,1%.
Fonte: Folha Online - 02/10/2017
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