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Oferta de 200 vagas de emprego gera tumulto em frente a shopping no Rio
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Oferta de 200 vagas de emprego gera tumulto em frente a shopping no Rio

Publicado em 31/08/2017

A oferta de 200 vagas de emprego gerou um princípio de confusão na manhã desta quarta-feira (30) na porta do Shopping Jardim Guadalupe, na zona oeste do Rio.

Desde o início da madrugada, pessoas já se aglomeravam em frente ao estabelecimento, que sediou uma feira de empregos em parceria com a comunidade católica Gerando Vidas.

Diante da enorme fila que se formou pela manhã, os organizadores distribuíram 450 senhas para entrada dos candidatos.

Os que ficaram de fora tentaram forçar as grandes de proteção e foram contidos com apoio da polícia.

De acordo com a administração do shopping, 300 pessoas foram encaminhadas para entrevistas com as empresas parceiras da feira, entre elas estabelecimentos comerciais da região e uma rede de supermercados.

"O empreendimento lamenta o transtorno ocorrido no início da manhã na área externa e informa que a equipe de segurança foi reforçada desde a madrugada e contou também com o importante apoio de viaturas da polícia militar", disse, em nota, o Nova Guadalupe.

A forte procura pelas vagas é também um reflexo da crise vivida pelo Estado nos últimos trimestres, um dos raros em que a taxa de desemprego continuou a crescer no segundo trimestre deste ano.

No período de abril a junho, a taxa de desemprego no Estado ficou em 15,6%, ante 14,5% na média dos três primeiros meses do ano. Na média nacional, a taxa recuou de 13,7% para 13% nessa mesma comparação.

A taxa de desemprego fluminense mais que dobrou em dois anos —era de 7,2% no segundo trimestre de 2015. Só Pernambuco sofreu uma piora mais aguda no emprego, passou de 9,1% para 18,8%.

A crise do emprego também é sentida quando se leva em conta somente os postos com carteira assinada. Nenhum Estado perdeu mais postos formais de trabalho do que o Rio neste ano: 74,8 mil vagas foram perdidas de janeiro a julho.

Para piorar a situação da população, o funcionalismo estadual tem sofrido com atrasos constantes de salário nos últimos meses.

O programa de recuperação fiscal do Estado, apresentado no fim de julho, ainda não foi aprovado pelo governo federal. Com ele, o Rio poderá suspender o pagamento da sua dívida com a União por três anos prorrogáveis por outros três.

Fonte: Folha Online - 30/08/2017

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