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Poupar para aposentadoria à maneira muçulmana
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Poupar para aposentadoria à maneira muçulmana

Publicado em 05/07/2017 , por Terezinha Martino

A aplicação em planos de aposentadoria implica evitar investimentos em companhias e fundos que comercializam bens e serviços proibidos, conhecidos como “Haram”. A longa lista inclui produtos como álcool, tabaco, derivados de porco e serviços de mídia e entretenimento considerados imorais

Quando tem de optar entre uma perda no mercado ou não respeitar sua fé, Nabeel Hamoui, de 37 anos, radiologista que vive em Chicago, invariavelmente escolherá o prejuízo. O motivo é que ele administra sua poupança para fins de aposentadoria de acordo com o “Halal”,  diretrizes islâmicas com base na religião. “Prefiro investir segundo o Halal, respeitando minhas crenças religiosas”, disse o medico. O retorno sobre o investimento feito é irrelevante.

Para o Dr. Hamoui e muitos outros muçulmanos, nos Estados Unidos e no exterior, a aplicação em planos de aposentadoria implica evitar investimentos em companhias e fundos que comercializam bens e serviços proibidos, conhecidos como “Haram”. A longa lista inclui produtos como álcool, tabaco, derivados de porco e serviços de mídia e entretenimento considerados imorais.

As regras são complexas. São proibidos investimentos em companhias com muito débito em relação aos seus ativos. Juros sobre empréstimos (Riba) também estão interditados pelo Haram, que proíbe investir em setores de seguro e banco convencionais.  Aplicações em empresas que oferecem um juro pequeno, normalmente 5% ou menos, pode ser permitido desde que o rendimento recebido seja doado a uma instituição de caridade.

Também problemáticas são muitas apostas costumeiras no mercado, como as vendas a descoberto, proibidas pela Sharia, lei islâmica.

“Os princípios islâmicos têm em vista o que você está fazendo com seu capital, em que tipos de empresas está aplicando, que tipo de ativos e operações está realizando”, disse Umar Moghul, advogado de Nova York especialista em finanças islâmicas.

“Outros critérios importantes são os termos e condições dos ativos de um indivíduo”, uma vez que a Sharia também rege os procedimentos e  a substância do investimento.

Apesar das dificuldades, o setor financeiro islâmico global é robusto e vem crescendo. Embora a maior parte dos ativos desse setor esteja na Malásia, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, os gestores de serviços financeiros nos Estados Unidos vêm cuidando das poupanças de aposentadoria, e os dólares, de um número cada vez maior de americanos muçulmanos, que constituem hoje 1% da população do país.  Seu perfil econômico mostra que são pessoas com uma carreira profissional, segundo pesquisa Gallup de 2009, e como outros americanos, têm uma renda anual superior a US$ 100.000, segundo estudo de 2011 do Pew Research Center.

As finanças de islâmicos nos Estados Unidos constituem “um setor nascente, mas as pessoas estão muito otimistas no tocante ao seu futuro”, disse Bashar Qasem, diretor executivo da empresa Azzad Asset Management, fundada em 1997.

A filosofia na qual se baseiam os investimentos e poupanças dos islâmicos é encontrada no Alcorão e outros textos antigos. A história do profeta Yusuf (José, o mesmo da Bíblia) conservando os grãos das ricas colheitas no Egito, relatada na Sura, capítulo 12 do Alcorão, é sempre citada como um conselho para poupar para os tempos difíceis. Outros versos alertam contra o esbanjamento da fortuna, enquanto o profeta Maomé avisava numa Hadith (coleção de provérbios seus) que “a pessoa prudente no gastar não dependerá de outros” no fim da vida.

Tanto o Alcorão como a Hadith instruem a Sharia, que orienta os muçulmanos nas suas decisões na vida prática, incluindo como devem poupar seu dinheiro e serem fiéis aos princípios religiosos.

“Como o Islã não distingue o temporal do religioso, existe um desejo perene dos muçulmanos de viver todos os aspectos da sua vida, incluindo o financeiro, de uma maneira coerente com sua fé”, observaram Usman Hayata e Adeel Malik, autores de um estudo de sobre finanças islâmicas, de 2014.

A Organização de Auditoria e Contabilidade para Instituições Financeiras Islâmicas, o Conselho de Serviços Financeiros Islâmico, ida Malásia, o Mercado Financeiro Islâmico Internacional, do Bahrein, são organizações independentes que auxiliam os muçulmanos nesse campo. Assessoradas por especialistas financeiros islâmicos e religiosos, elas contínua e sistematicamente fazem um exame de empresas, fundos mútuos e de títulos para saber se cumprem com os ditames da Sharia. Os produtos vetados são listados em vários índices que são publicados simultaneamente.

“À medida que fundos islâmicos foram criados houve a necessidade de referências, de modo a responder às necessidades do setor de administração de ativos”, disse Michael Orzano, diretor da área de índices no S&P Dow Jones.

O Dow Jones Islamic Market Index foi lançado em 1999 como o primeiro índice fiel à Sharia. Hoje o portfólio da companhia inclui mais de 15.000 índices entre os muitos oferecidos por importantes companhias financeiras.

Fonte: Estadão - 04/07/2017

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