Juros do cartão de crédito caem abaixo de 400% pela 1ª vez desde 2015
Publicado em 29/06/2017 , por MAELI PRADO
Com as novas regras para o cartão de crédito rotativo, que impedem que o cliente se mantenha por mais de 30 dias na modalidade, os juros dessa categoria de empréstimos caíram de 428,1% ao ano em abril para 363,3% ao ano em maio, divulgou nesta quarta-feira (28) o Banco Central.
Em abril, a taxa já havia recuado fortemente como consequência da medida, mas ainda havia se mantido acima de 400%.
Desde 2015, quando atingiu 399,95% em outubro, o índice não ficava abaixo dos 400%, .
A taxa específica de quem entrou no rotativo e pagou o mínimo de 15% da fatura recuou de 297,7% ao ano para 247,5% ao ano, segundo o BC.
Já os juros de quem não pagou esse mínimo tiveram uma queda bem menor, de 520,2% para 445,1% ao ano.
A expectativa do mercado é que as taxas continuem caindo, até se estabilizarem em junho.
As taxas do cartão de crédito parcelado caíram de 162,2% em abril para 160% no mês passado.
JUROS EM QUEDA
Essa queda nos juros do cartão, aliada à redução da Selic, hoje em 10,25% ao ano, foi determinante para a queda da taxa de juros média para consumidores e empresas no mês passado.
O BC vem reduzindo a taxa básica de juros da economia desde outubro do ano passado.
Em maio, a taxa cobrada de consumidores recuou 4,5 pontos percentuais na comparação com abril, ficando em 63,8% ao ano, em média. Essa é a taxa calculada com recursos livres (que não incluem financiamentos imobiliários, empréstimos do BNDES e crédito rural).
O spread (diferença entre o que os bancos pagam para captar recursos e o que cobram na ponta) também recuou na mesma comparação, de 58 pontos percentuais para 53,5 pontos percentuais. Ou seja, uma queda de 4,5 pontos percentuais entre março e abril.
A taxa de juros e spread com recursos livres para empresas também caíram: de 26,3% para 25,9% ao ano e de 16,8 para 16,5 pontos percentuais, respectivamente.
INADIMPLÊNCIA RECORDE
A inadimplência teve leve alta em relação a abril: de 5,8% para 5,9% (consumidores) e 5,6% para 6% (empresas).
O calote de 6% das empresas foi o maior da série histórica, iniciada em 2011, e puxou a inadimplência geral, de empresas e consumidores, para 5,9%.
Considera-se inadimplência quando o pagamento não é efetuado no prazo de 90 dias.
Os juros dos empréstimos direcionados (empréstimos imobiliários, BNDES e rural) tiveram leve alta no período, com a taxa média de empresas e consumidores aumentando de 9,8% para 10,2%.
NOVOS EMPRÉSTIMOS
Os novos empréstimos com recursos livres para consumidores totalizaram R$ 148,4 bilhões no mês passado, registrando crescimento de 16,5% na comparação com abril, mostram os dados do BC.
No caso das empresas, as novas concessões somaram R$ 105 bilhões, crescimento de 14,2% na mesma comparação.
Fonte: Folha Online - 28/06/2017
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