A investidores, Meirelles reforça que pode aumentar impostos
Publicado em 29/06/2017 , por Eduardo Laguna e Francisco Assis
Ministro da Fazenda também afirmou que revisou para baixo dos 0,5% o crescimento do PIB para 2017
Com dificuldade para alcançar a meta de R$ 139 bilhões de déficit no orçamento da União para 2017, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles deu maior ênfase na tarde desta quarta-feira, 28, à possibilidade de aumentar impostos como forma de compensar a queda da arrecadação e tentar, assim, reduzir o rombo nas contas públicas.
"Se for necessário, vamos aumentar impostos", disse o ministro, durante entrevista que concedeu após ter participado de evento com investidores na cidade de São Paulo.
Meirelles lembrou que, desde o ano passado, já afirmava que, se fosse necessário aumentar impostos para cumprir as metas, ele aumentaria. "E eu repito isso agora de forma ainda mais pertinente. Quer dizer, de fato a queda da arrecadação é importante, produto principalmente das maturações dos prejuízos fiscais das empresas.
O efeito tributário está acontecendo no momento. Então tem uma queda defasada da arrecadação como resultado da queda das empresas em anos anteriores", disse.
No entanto, de acordo com o ministro, a economia está voltando a crescer e há uma expectativa de a arrecadação voltar a crescer também no segundo semestre. "Tem ainda uma série de questões sendo verificadas exatamente como, por exemplo, dos precatórios. Acho que é um recurso líquido e certo para a União, mas precisa do Projeto de Lei que está em andamento", disse Meirelles acrescentando que deverá render algo como R$ 8 bilhões para a União.
Ele citou também a questão dos leilões das hidrelétricas como fonte de recursos para elevar a arrecadação além dos leilões dos campos de óleo e gás. "Tudo isso são itens para compor a receita neste ano. Além do mais, tem projetos não aprovados ainda no Congresso como o Programa de Regularização Tributária (Refis) que poderá gerar um aumento na arrecadação ainda neste ano de 2017.
PIB. O ministro da Fazenda também adiantou que, diante do atual cenário econômico, sua equipe reavaliou para baixo a expecta para o Produto Interno Bruto (PIB), que neste ano deve ficar abaixo da meta anterior de 0,5%.
O titular da pasta da Fazenda disse também que a previsão do governo de crescimento de 2,7% da economia no último trimestre do ano ante o mesmo período de 2016 ganhou viés de baixa. Ainda assim, ressaltou que a tendência é de crescimento superior a 2% nessa base de comparação.
"De fato, a projeção tem certo viés de baixa, mas nada abaixo de 2%", disse Meirelles. Ele citou que, antes de anunciar as novas projeções, o governo acompanha a evolução dos índices de confiança, que vem sofrendo com a crise política - embora o ministro tenha dito que a pasta não tem se preocupado sobre os fatores que influenciam na perda de confiança na economia.
Fonte: Estadão - 28/06/2017
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