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Saques das contas inativas do FGTS injetaram R$ 7,2 bi no varejo, diz CNC
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Saques das contas inativas do FGTS injetaram R$ 7,2 bi no varejo, diz CNC

Publicado em 26/06/2017 , por Daniel Silveira

Do total de R$ 16,6 bilhões sacados das contas inativas entre março e abril, 43% impactaram o varejo, segundo levantamento. Segmento de vestuário e calçados foi o mais beneficiado.

Os saques das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em março e abril provocaram impacto positivo de R$ 7,2 bilhões nas vendas do comércio varejista brasileiro. É o que aponta um levantamento divulgado nesta sexta-feira (23) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo a entidade, o valor corresponde a 43% dos R$ 16,6 bilhões que, segundo a Caixa Econômica Federal, foram sacados naqueles dois meses. Além disso, o montante representa 6,2% das vendas.

A CNC destacou que somente em abril, quando foram autorizados os saques para os beneficiários nascidos entre março e maio, R$ 11,1 bilhões foram sacados, correspondendo a mais que o dobro dos R$ 5,5 bilhões retirados em março e elevando em R$ 4,56 bilhões o faturamento do varejo.

Sete segmentos do varejo que foram impactados positivamente pelos recursos do FGTS inativo no bimestre de março e abril, segundo a CNC. Destes, três respondem por 80% do resultado: vestuário e calçados (R$ 2,9 bilhões), hiper e supermercados (R$ 2 bilhões) e móveis e eletrodomésticos (R$ 802,5 milhões).

Para o economista da CNC Fabio Bentes, apesar do impacto positivo provocado pelos saques das contas inativas do FGTS, “a recuperação parcial do varejo ao longo do ano se insere em um quadro mais amplo de desaceleração dos preços e melhoria nas condições de crédito”.

O economista destacou, ainda que a consolidação do setor varejista como um todo depende do crescimento geral da atividade econômica e seus reflexos positivos sobre as condições do mercado de trabalho.

Comparação anual

A CNC destacou que, comparando-se com o ano passado, o ramo de vestuário e calçados é o que sofreu maior impacto positivo após liberação das contas inativas do FGTS. A alta foi de 11,6% em março e 10,7% em abril na comparação com os mesmos meses de 2016.

Este aumento no ritmo das vendas, segundo a entidade, não era percebido neste ramo do varejo desde os primeiros meses de 2010, quando houve alta de 11,9% na comparação com o ano anterior.

No segmento de hiper e supermercados, a alta foi de 3,5% em relação a abril de 2016. Foi a maior alta neste tipo de comparação para os últimos três anos.

Já as vendas no ramo de móveis e eletrodomésticos, que haviam se destacado em março, mantiveram-se estáveis (-0,1%). Mesmo assim, no bimestre analisado foi também o melhor resultado em três anos.

Calendário de saques das contas inativas

No dia 10 de junho foi liberada pela Caixa Econômica Federal a quarta fase do pagamento das contas inativas do FGTS. Esta fase é destinada aos trabalhadores nascidos nos meses de setembro, outubro e novembro.

Segundo a Caixa, no dia 14 de julho sera dado início à 5ª fase dos saques de contas inativas, que vai atender aos trabalhadores nascidos em dezembro. O prazo final para o saque de recursos, para trabalhadores nascidos em qualquer mês, é 31 de julho.

Tem direito a fazer os saques das contas inativas o trabalhador que pediu demissão ou foi demitido por justa causa até 31 de dezembro de 2015. O trabalhador não pode sacar o FGTS de uma conta ativa, ou seja, que ainda receba depósitos pelo empregador atual.

Fonte: G1 - 23/06/2017

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