Por que é perigoso recarregar o celular em lugares públicos
Publicado em 25/05/2017
É uma situação bastante comum. A bateria do seu celular acaba e você, no aeroporto, café ou transporte público, coloca o aparelho para recarregar.
Especialistas em segurança alertam, no entanto, que isso pode levar apuros —logo, demanda precauções.
"Quando você conecta seu telefone ou tablet (a pontos de recarga) em lugares públicos —um aeroporto, por exemplo—, se um hacker passou por ali antes, ele pode extrair informações do seu aparelho", explicou Samuel Burke, repórter de tecnologia da rede americana de TV CNN, em um programa especial sobre o assunto.
Além disso, usar um cabo USB para recarregar o celular conectando-o a um computador ou tablet que você não conhece também está longe de ser a melhor opção.
Segundo a empresa de segurança cibernética russa Kaspersky Lab, os celulares deixam expostos um grande número de dados quando estão conectados a computadores, um processo que, no jargão técnico, os especialistas chamam de "aperto de mão".
Durante o "aperto de mão", o telefone passa, pelo cabo, informações para o computador. Ele "conta" à máquina, por exemplo, como se chama, qual é seu fabricante, número de série, sistema operacional e até sua lista de arquivos.
A partir daí, seu celular pode ficar "infectado" e é possível que uma pessoa monitore as atividades do aparelho usando o ID (código de identificação) do dispositivo, explicam os especialistas da empresa.
Entre as consequências mais comuns do "aperto de mão" está a possível invasão do dispositivo por um programa maléfico, malware em inglês, e que pode, por exemplo, bloquear seu acesso a arquivos.
Para devolver esse acesso, muitos hackers tentam obrigar o usuário a pagar um "resgate".
Outra possível consequência é que vírus podem infectar o aparelho e, disfarçados de páginas oficiais, obter informações pessoais do usuário, como dados bancários.
JUICE-JACKING
Em texto no jornal americano The New York Times, a repórter de tecnologia da publicação, J.D. Biersdorfer, disse que a cópia de dados telefônicos de uma pessoa sem seu consentimento —chamada de "juice-jaking"— "foi demonstrada em convenções de hackers".
"É perfeitamente possível transferir programas maléficos para um telefone a partir da conexão USB de um computador ou dispositivo em ponto público de recarga, por exemplo, em aeroportos ou shopping centers", explicou Biersdorfer.
"Em 2016, a Federal Trade Commission dos Estados Unidos (Comissão Federal de Comércio, FTC na sigla em inglês) recomendou a consumidores que não conectassem seus smartphones a sistemas de entretenimento por meio de um porto USB ou conexão Bluetooth em carros alugados", escreveu a especialista.
A razão, segundo Biersdorfer, é que o sistema é capaz de importar e armazenar dados do seu telefone —como registros de chamadas, contatos e endereços que você solicitou ao GPS (Global Positioning System, instrumento de navegação embutido em computadores e smartphones que se baseia em sinais de rádio emitidos por satélites artificiais).
Por isso, a FTC aconselha que, em vez de utilizar a conexão de saída do USB, o consumidor conecte seu aparelho na tomada elétrica do carro por meio de um cabo compatível.
Detalhe: esse é apenas um exemplo de "juice-jaking".
Recomendações
- Utilize as funções de encriptação e autenticação do seu celular para proteger seus dados e arquivos. Elas podem ser encontradas entre os ajustes de segurança do aparelho.
- Use um bom antivírus.
- Não recarregue seu celular em computadores e pontos de recarga que não sejam de sua confiança.
- Se você decidir correr o risco e recarregar em um local menos confiável, não desbloqueie o aparelho durante a recarga.
- Use um cabo USB especial, que te permita recarregar o telefone, mas, ao mesmo tempo, evite a transferência de dados.
- Faça a recarga com o aparelho desligado
- Proteja seu telefone com uma boa senha.
- Seja cauteloso com os aplicativos que você instala.
Fonte: BBC - Brasil - 24/05/2017
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