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Quantos vícios invisíveis você tem em sua rotina?
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Quantos vícios invisíveis você tem em sua rotina?

Publicado em 08/05/2017 , por Samy Dana

Se eu lhe dissesse que a ingestão de açúcar e gordura afetam seu cérebro de modo muito semelhante ao que ocorre quando alguém consome cocaína ou heroína, você me acharia muito exagerado? Pois bem, a afirmação não se baseia apenas em opinião. Esse foi o resultado obtido em estudo feito pelo Scripps Research Institute, na Flórida. Só que ao contrário do que acontece com drogas ilícitas, você recebe estímulos constantes para consumir fast food e alimentos lotados de açúcar. Basta ver, por exemplo, essa nova onda de sobremesas em taças que transbordam chocolate, leite em pó, leite condensado e tudo de mais doce e gostoso que for possível imaginar.
 
Durante a pesquisa, ratos receberam alimentos repletos de gordura e açúcar e os alimentos foram responsáveis por liberar a dopamina - substância que proporciona a sensação de prazer -, da mesma forma como acontece durante o uso de drogas. Com o passar do tempo, um outro comportamento similar ao de viciados de em drogas ocorreu: os ratos passaram a demandar quantidades cada vez maiores de junk food para conseguir a mesma quantidade de dopamina que o corpo produzia no começo do experimento. Até então, os resultados apontam apenas o caráter viciante do açúcar e da gordura. O mais impactante, no entanto, foi a descoberta de que os efeitos provocados pela ingestão de alimentos gordurosos duravam sete vezes mais do que os provocados por drogas. O estudo é citado no livro "Brandwashed - O lado oculto do marketing", de Martin Lindstrom.  
 
De acordo com o estudo, os receptores de dopamina dos animais voltavam ao normal depois do consumo de drogas com cerca de dois dias. No caso dos ratos que consumiram alimentos gordurosos, foram necessárias cerca de duas semanas para que os receptores se normalizassem.
 
Isso explica facilmente porque a indústria faz questão de preencher nosso cotidiano com produtos cada vez mais gordurosos e doces. Apesar de serem substâncias maléficas a saúde, elas não são ilícitas. Portanto, as empresas têm carta branca para estimularem cada vez mais o nosso vício por esses alimentos. Sobre esse reflexo, Lindstrom relembra o fato, por exemplo, da Philip Morris - conhecida gigante da indústria tabagista - ter ingressado na indústria de alimentos.
 
Essa lógica do consumo baseado em vício não se restringe apenas ao setor de alimentos. É assim, por exemplo, que nos relacionamos hoje com a tecnologia. Nossos smartphones  nos acompanham desde a hora em que acordamos até o momento em que vamos dormir. Pense bem, quantas vezes você teve o impulso de pegar o celular assim que abriu os olhos? Antes mesmo de se espreguiçar ou usar o banheiro?
 
Lindstrom também fala a respeito de um produto muito comum na nécessaire feminina: os hidratantes labiais com sabor, especialmente aqueles mentolados. O mentol é usado justamente com o objetivo de tornar o produto mais palatável e despertar maior desejo de aplicação. Além disso, alguns fabricantes adicionam à composição do produto uma substância chamada fenol - um tipo de ácido que interfere na capacidade das nossas próprias células de produzir hidratação. Ou seja, seu corpo demora mais a hidratar seus lábios naturalmente e faz com que você aplique o produto com mais frequência.
 
Por mais que não possamos viver sem tecnologia e que muitas vezes acabamos optando por produtos que sejam rápidos de consumir - como comidas congeladas e alimentos de redes de fast-food - vale a reflexão sobre a forma como consumimos e como nos tornamos dependentes daquilo que colocamos em nossa rotina. O que muitas vezes encaramos como um hábito inofensivo, pode estar prestes a se tornar um vício para que a indústria fisgue o nosso bolso.

Fonte: G1 - 07/05/2017

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