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A propaganda presente nos seus rituais e superstições
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A propaganda presente nos seus rituais e superstições

Publicado em 04/05/2017 , por Samy Dana

Você é do tipo de pessoa que evita sair da cama com o pé esquerdo? Tem medo de uma onda de azar toda vez que o calendário aponta uma sexta-feira 13? Costuma usar sempre a mesma camisa em dias que o seu time de futebol vai disputar um jogo importante? Não será surpresa se você tiver respondido afirmativamente para qualquer uma dessas perguntas. Rituais e superstições fazem parte do nosso cotidiano de um modo muito mais enraizado do que imaginamos.
 
Em um primeiro olhar, você pode imaginar que não há mal algum nisso. A questão é que esses hábitos irracionais que carregamos têm forte influência sobre o nosso comportamento de consumo.
 
Sobre este tema, o especialista em comportamento do consumidor Martin Lindstrom descreve uma experiência interessante no livro "A lógica do consumo". Ele relata que o professor de psicologia experimental, Bruce Hood, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, resolveu testar o poder que damos a objetos de "sorte ou azar" em um Festival de Ciências. Em uma sala repleta de cientistas, ele levantou um suéter azul e ofereceu dez libras para quem se dispusesse a experimentá-lo.
 
A maioria dos presentes ergueu a mão. Em seguida, Hood afirmou que o suéter era de um assassino em série que matou 12 mulheres, entre elas, sua esposa. No mesmo instante a maioria das pessoas abaixou as mãos. Alguns poucos que permaneceram com as mãos erguidas e experimentaram a peça receberam olhares de reprovação e afastamento dos demais presentes na sala. Em seguida, Hood confessou que a informação sobre o assassino era mentira, mas o resultado da experiência deixou claro como temos uma tendência a materializar aquilo em que acreditamos – seja bom ou ruim.
 
Quando pensamos nessa lógica aplicada em rituais e superstições, podemos perceber como o valor simbólico é capaz de movimentar muitas cifras. Lindstrom cita, por exemplo, o caso da China, em que o número 8 é considerado de sorte por simbolizar a riqueza. Por essa razão, as Olimpíadas de Pequim começaram exatamente no dia 08/08/2008, precisamente às 8:08:08 da noite. Ele relata ainda o caso da placa de carro APY888, que foi leiloada pelo equivalente a US$ 6.750, simplesmente pela sequência do número 8 em sua composição. Uma companhia aérea chinesa pagou mais de US$ 300 mil para que o número de sua central telefônica fosse 888-8888.
 
Nossos hábitos de consumo também estão fortemente ligados a rituais. A indústria de cosméticos é um exemplo a tirar grandes benefícios disso em seus cremes faciais. Quantas pessoas você conhece que confiam em cremes antirrugas e que prometem eliminar linhas de expressão? Pote após pote é consumido, mesmo se não gerar nenhum resultado satisfatório. E ainda que você se desiluda com determinada marca, uma concorrente logo trata de lançar outro produto com uma "fórmula mágica" para evitar efeitos de envelhecimento. As pessoas seguem comprando porque já observam esse ritual se repetir de geração em geração. Não é preciso atestar a eficácia do produto, uma vez que já se estabeleceu uma crença.
 
De amuleto em amuleto, de ritual em ritual, nossos próprios hábitos - até mesmo os mais irracionais - são a propaganda mais eficiente que o mercado pode ter.

Fonte: G1 - 03/05/2017

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