Sob pressão, Temer diz que reforma da Previdência será flexibilizada
Publicado em 07/04/2017 , por GUSTAVO URIBE
Pedro LadeiraSob pressão de deputados e senadores, o presidente Michel Temer recuou nesta quinta-feira (6) e afirmou que o texto original da reforma previdenciária preparado pela equipe econômica sofrerá flexibilizações.
Em entrevista à rádio Bandeirantes, o peemedebista disse que autorizou o relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA), a fazer acordos com as bancadas federais para que seja mantida a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria.
O presidente citou pelo menos dois pontos sobre os quais tem ouvido ponderações de deputados e senadores: as novas regras que igualam as aposentadorias rural e urbana e que altera o acesso ao benefício pago a pessoas pobres idosas ou com deficiência, o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
"Eu acabei de autorizar o relator a fazer os acordos necessários desde que se mantenha a idade mínima", disse. "Nós vamos flexibilizar a reforma previdenciária para atender aos reclames da população e atender aquilo que o Congresso Nacional tem estabelecido", acrescentou.
O presidente disse ainda que a proposta da terceirização sancionada por ele, com poucas salvaguardas aos trabalhadores, "não causa prejuízo nenhum" à classe trabalhadora.
Mais tarde, na saída de almoço com os reis suecos, o presidente disse que o governo ainda vai avaliar os impactos de natureza fiscal da flexibilização, mas ressaltou que "aparentemente" não comprometem a proposta original.
"Nós vamos depois avaliar as mudanças para ver se tem alguma repercussão de natureza fiscal, aparentemente não. Mas isso será feito depois", disse.
Para ele, a decisão não pode ser considerada um recuo, porque foi tomada em respeito ao Congresso que, segundo ele, é "o centro das aspirações populares".
Nas conversas com o presidente, os senadores peemedebistas também têm cobrado participação nas discussões do relatório da reforma previdenciária.
Temer já indicou que pretende incluí-los desde já nas discussões, uma vez que a ideia é que o relatório seja apenas chancelado pelos plenários da Câmara e do Senado.
A equipe econômica, contudo, receia que a inserção dos senadores no debate pode atrasar o cronograma de votação da proposta, fazendo com que a votação na Câmara fique apenas para o final de maio.
A ideia inicial era de que o relator apresentasse o texto na próxima quarta-feira (12), agora a expectativa é de que ele fique para o fim de abril.
Com o aceno aos senadores, a ideia do presidente é evitar modificações futuras no Senado, o que pode representar uma derrota caso sejam alterados pontos com a fixação de uma idade mínima.
Um dos maiores insatisfeitos com a proposta atual é Renan, que tem tentado convencer outros senadores sobre a necessidade de mudança no texto.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse ainda não ter montado a comissão de senadores que faria a interlocução com a Câmara para tratar do tema.
5 PONTOS
Arthur Maia (PPS-BA), o relator da reforma da Previdência, disse nesta quinta-feira (6) que cinco pontos da proposta, que envolvem regras de transição, medidas para trabalhadores rurais, pensões e aposentadorias especiais e regras de benefícios de prestação continuada, serão alterados.
Maia afirmou que, apesar das mudanças, a PEC da Previdência vai manter o equilíbrio fiscal do país.
Fonte: Folha Online - 06/04/2017
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