Rio tenta evitar bloqueio de R$ 1,36 bi por dívida com União
Publicado em 14/03/2017 , por Vinicius Neder e Roberta Pennafort
Pezão pede a Temer que bloqueie só 50% desse valor e deixe os outros 50% para o Estado ‘sobreviver’
RIO - O Estado do Rio de Janeiro ainda não concluiu o pagamento de salários dos servidores públicos de janeiro, mas já está ameaçado, no curto prazo, pelo bloqueio de R$ 1,36 bilhão em suas contas bancárias, segundo dados da Secretaria de Estado de Fazenda. O valor é referente a execuções contratuais de dívidas em atraso garantidas pela União. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou esperar que os bloqueios sejam reconsiderados.
Pezão disse que fez um pedido à Advocacia-Geral da União. “Hoje, conversei com o presidente Michel Temer. Já que temos um documento assinado por mim e pelo ministro Henrique Meirelles, será que não podiam bloquear só 50%, e deixar 50% para a gente sobreviver?”, afirmou Pezão, referindo-se ao termo de compromisso do plano de recuperação fiscal do Estado, firmado com a União no fim de janeiro.
O ritmo dos bloqueios tem impacto direto no pagamento do funcionalismo. No fim da tarde de ontem, Pezão garantiu o pagamento, para hoje, décimo dia útil do mês, dos salários de fevereiro dos servidores ativos, inativos e pensionistas da área de segurança (policiais civis e militares, agentes penitenciários e bombeiros) e dos ativos da educação. No mês passado, o Estado gastou R$ 920 milhões para fazer esses pagamentos.
Nesta segunda-feira, 13, o Estado pagou a terceira de seis parcelas dos salários de servidores que ainda não receberam todo o vencimento de janeiro. No dia 22 de fevereiro, o governo estadual anunciou o adiamento no cronograma de pagamento, após ser notificado pela União do bloqueio de R$ 220 milhões em suas contas. Esses salários serão totalmente quitados somente em 22 de março, desde que não ocorram novos bloqueios.
A Secretaria de Fazenda informou que não tem como estimar o impacto dos bloqueios no futuro porque a execução das garantias depende de decisão do Tesouro Nacional.
Segundo a Fazenda fluminense, o valor de R$ 1,36 bilhão é a soma de R$ 637,55 milhões de dívidas vencidas em 2016, mas cujas garantias ainda não foram executadas pela União, e R$ 723,59 milhões em dívidas não pagas em janeiro e fevereiro. Se o plano de recuperação fiscal não for efetivado, de março a dezembro vencem parcelas que somam R$ 6,27 bilhões.
Otimismo. Pezão demonstrou confiança na aprovação, ainda este mês, pela Câmara, do projeto de lei sobre a recuperação fiscal. O assunto precisa passar pelo Congresso porque modifica a Lei de Responsabilidade Fiscal, que é federal. “É um tempo até rápido para se votar na Câmara. Quem já esperou até agora, espera mais um pouco”, disse Pezão, após receber no Rio o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra.
Em meio à crise, Pezão declarou não ter recebido informações sobre a data de depósito de R$ 270 milhões desviados na gestão de seu antecessor e padrinho político, Sérgio Cabral Filho, preso sob acusação de chefiar uma organização criminosa em conluio com empreiteiras. O valor, recuperado pelo Ministério Público Federal, estava à disposição do Rio, que resistia a pedi-lo de volta. Agora, resolveu reavê-lo, como revelou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Fonte: Estadão - 13/03/2017
Notícias
- 27/11/2024 68,1 milhões de consumidores estavam inadimplentes em outubro
- Inflação já é uma realidade
- Bancos pressionam governo por revisão do teto de juros do empréstimo consignado do INSS
- Black Friday 2024: veja quais são os direitos do consumidor para a data
- Gastos do Bolsa Família aumentaram 47,1% em 2023, aponta IBGE
- TJDFT mantém indenização por cobranças indevidas e assédio telefônico a consumidor
- Um em cada três proprietários de imóveis enfrenta dificuldades para definir preço de venda ou aluguel
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)