Funcionários preferem oportunidades de carreira a benefícios extravagantes
Publicado em 02/03/2017 , por PAULO MIGLIACCI
O Goldman Sachs oferece cobrir o custo de cirurgias de mudança de sexo para seus funcionários; o Facebook fornece moradia aos seus estagiários; na Reebok, há academias de ginástica gratuitas no local de trabalho; e a Ikea oferece quatro meses de licença maternidade e paternidade paga.
Estes são alguns dos melhores benefícios oferecidos por companhias dos Estados Unidos em 2017, de acordo com o Glassdoor, um fórum online de emprego no qual trabalhadores podem revelar seus pacotes de remuneração e benefícios. Mas benefícios vistosos como esses têm efeito fraco sobre o nível de satisfação dos trabalhadores, de acordo com o site. Os funcionários valorizam mais os benefícios tradicionais: pensões, seguro-saúde (ao menos nos Estados Unidos) e férias pagas generosas.
O salário também tem papel importante, mas apenas quando os candidatos a emprego estão avaliando um potencial empregador. "Se você está procurando emprego, salário e benefícios são a coisa mais importante", disse Andrew Chamberlain, economista chefe do Glassdoor. "Mas quando você já está empregado, o impacto disso sobre sua vida cotidiana é pequeno".
Assim, se aulas grátis de ioga, academias de ginástica gratuitas ou serviços que cuidam das roupas dos funcionários não afetam sua motivação, produtividade e satisfação, o que o faz?
Os três principais elementos, segundo o Glassdoor, são a qualidade da liderança da empresa e dos quadros executivos; a compatibilidade entre a cultura e valores da empresa e os dos trabalhadores; e as oportunidades de carreira.
Leon Grunberg, professor de sociologia na Universidade de Puget Sound, que comandou um estudo de 20 anos de duração sobre a força de trabalho dos Estados Unidos, concentrado principalmente na fabricante de aviões Boeing, concorda. Seu estudo —chamado "Emerging from Turbulence"— determinou que era vital que os "trabalhadores se sintam valorizados e apreciados no trabalho".
Karie Willyerd, diretora mundial de educação e aprendizado sobre o consumidor na produtora de software SAP, diz que o desenvolvimento da carreira tem papel cada vez mais importante na retenção de trabalhadores, em todos os segmentos.
"Não é que outras coisas não sejam importantes —os empregados querem mais férias, querem ter bons benefícios, mas as coisas mais importantes são o salário e o desenvolvimento", ela diz. "Desenvolvimento de carreira abarca a oportunidade de responder a desafios e de realizar trabalho importante".
Isso se aplica a todas as idades, ela acrescenta. "Um dos motivos para que as pessoas da geração baby boom [os norte-americanos nascidos entre 1946 e 1964] deixem seus empregos é porque suas carreiras não estão sendo desenvolvidas; elas estão sendo alijadas".
As prioridades das pessoas mudam significativamente quando seus salários sobem. Os trabalhadores mais bem pagos têm maior probabilidade de se interessarem por preocupações de longo prazo, como liderança e crescimento, enquanto os trabalhadores de salários mais baixos provavelmente priorizarão questões cotidianas como o valor do salário e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, diz Chamberlain.
A tendência a oferecer benefícios heterodoxos vem sendo puxada por empresas de tecnologia e serviços financeiros que concorrem pelos melhores talentos. Chamberlain alerta que ela pode não perdurar, quando as gigantes da tecnologia atuais amadurecerem e se tornarem negócios mais tradicionais.
Fonte: Folha Online - 01/03/2017
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