Dólar fecha cotado a R$ 3,06 e Bolsa atinge o maior nível em quase 5 anos
Publicado em 16/02/2017 , por DANIELLE BRANT
Marcello CasalO dólar fechou cotado a R$ 3,06 nesta quarta-feira (15) e a Bolsa brasileira terminou o dia no maior patamar desde março de 2012 com a ajuda de notícias no cenário político e em linha com a diminuição da aversão a risco no exterior.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 1,17%, para R$ 3,061. O dólar comercial caiu 1%, para R$ 3,066. Ambos atingiram o menor patamar desde 18 de junho de 2015.
A queda do dólar nesta quarta-feira teve componentes domésticos e externos. Do lado brasileiro, a confirmação de que Moreira Franco seria mantido no cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República foi encarada como demonstração de força do governo.
A expectativa é que isso se reflita na aprovação das reformas da Previdência e trabalhista. "A decisão mostra que o governo está avançando, apesar de eventuais protestos e crises políticas. Dá mais uma demonstração de força e de que tem o apoio do STF e do Congresso, o que pode ajudar a passar as mudanças", afirma Paulo Gomes, economista da gestora Azimut Wealth Management.
Ainda no cenário doméstico, outro fator que contribuiu para a queda da moeda americana foi a notícia envolvendo o novo programa de repatriação do governo, que pode trazer um novo fluxo de recursos para o país, o que pressionaria em baixa a moeda americana.
No exterior, o dólar também recuou em relação às principais divisas mundiais, acompanhando a diminuição da aversão a risco. De uma cesta de 31 moedas mais importantes, o dólar teve queda ante 22.
O Banco Central deu sequência a suas intervenções no mercado cambial e vendeu 6.000 contratos de swaps cambiais —equivalentes à venda de dólares no mercado futuro—, totalizando US$ 300 milhões. Isso indica que a autoridade monetária deve rolar apenas parcialmente os contratos que vencem em março.
No mercado de juros futuros, a maioria dos contratos fechou em baixa nesta quarta. O contrato com vencimento em abril de 2017 recuou de 12,270% para 12,245%. O DI com vencimento em janeiro de 2018 caiu de 10,650% para 10,625%. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 encerrou estável em 10,250%.
O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e termômetro de risco, voltou a subir e encerrou com alta de 1,85%, para 221,729 pontos.
BOLSA
Em dia de vencimento de opções sobre índice, o que eleva o volume financeiro do pregão, o Ibovespa subiu 1,89%, para 67.975 pontos, no maior nível desde 14 de março de 2012.
O volume financeiro negociado foi de R$ 22,87 bilhões, contra média diária de R$ 7,1 bilhões no ano.
A alta da Bolsa foi impulsionada pelos papéis da Petrobras e de bancos, que fecharam no azul.
Os papéis da Petrobras subiram apesar da queda do petróleo no exterior. As ações preferenciais da estatal avançaram 0,13%, para R$ 15,84, e as ordinárias tiveram alta de 0,30%, para R$ 16,86. Foi o quarto dia seguido de alta das ações da petrolífera.
As ações da Vale caíram pelo segundo dia. Os papéis preferenciais da mineradora tiveram baixa de 0,99%, para R$ 31,91. As ações ordinárias registraram baixa de 1,69%, para R$ 33,82.
No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco subiram 4,2%, enquanto Banco do Brasil emendou a quarta alta seguida e avançou 1,21%. O banco público divulga seu balanço nesta quinta-feira.
As ações preferenciais do Bradesco tiveram alta de 2,16%, e as ordinárias subiram 1,92%. As units —conjunto de ações— do Santander Brasil subiram 4,23%.
"Há uma melhora da economia e expectativa de retomada. O segundo ponto é a queda de juros. Essa alta toda é em cima de expectativas. Quando os dados se concretizarem, a Bolsa pode inclusive cair e devolver parte dos ganhos", diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
Fonte: Folha Online - 15/02/2017
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