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Justiça das Ilhas Cayman bloqueia US$ 63 milhões de Eike Batista
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Justiça das Ilhas Cayman bloqueia US$ 63 milhões de Eike Batista

Publicado em 26/01/2017

A Grande Corte de Justiça das Ilhas Cayman bloqueou os bens no valor de US$ 63 milhões do empresário Eike Batista, a pedido de fundos que investiram em seus negócios de exploração de petróleo, informou a agência Bloomberg nesta terça-feira (24).

A decisão assinada pela juíza Ingrid Mangatal foi uma resposta ao pedido apresentado pelos grupos Meridian Trust e American Associated, disse a Bloomberg.

Em sua resolução, que foi adotada em outubro, mas revelada nesta terça-feira, a juíza afirmou que havia provas de que Eike Batista tentou dissolver suas empresas nos meses prévios à sua declaração de quebra, em outubro de 2013, porque sabia que o colapso era iminente.

"A dissipação dos bens foi frustrada pela intervenção dos banqueiros", disse Mangatal, de acordo com a Bloomberg.

A Meridian Trust e American Associated também apresentaram uma corte de Miami, Flórida, uma ação por fraude contra Batista, 11 pessoas associadas e 10 de suas empresas.

Atualmente, Eike se encontra sob investigação pela Polícia Federal e juízes brasileiros por causa da Lava Jato.

OUTRO LADO

Advogado de Eike Batista, Sérgio Bermudes contesta o valor bloqueado e a decisão judicial. Diz que o bloqueio atinge US$ 6,8 milhões. O dinheiro estaria em duas contas nas Ilhas Cayman que pertenciam a empresas de Eike.

Segundo Bermudes, a Justiça em primeira instância das Ilhas Cayman determinou o bloqueio de contas no país e no exterior, o que ele considerou ilegal.

O advogado diz que o juiz não teria competência para decidir sobre contas fora das Ilhas Cayman. O bloqueio em países estrangeiros dependeria da aprovação das Justiças locais e a colaboração internacional não estaria ocorrendo.

"Os bancos não estão cumprindo a decisão. Não tem decisões locais que determinem o bloqueio fora de Cayman. O juiz proferiu uma decisão que não poderia proferir. O bloqueio atinge US$ 6,8 milhões de duas contas das empresas de Eike no país. Já estamos com um advogado lá para acompanhar a ação", afirmou Bermudes.

O advogado Ary Bergher, que também defende Eike, foi procurado e não ligou de volta até a publicação desta reportagem.

Fonte: Folha Online - 25/01/2017

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