Para não se endividar, consumidor deve ser cuidadoso nas liquidações de janeiro
Publicado em 28/12/2016 , por Gabriela Araújo
Final de um ano e início de outro é propício à oferta de descontos pelo varejo. Mas é bom ter cuidado para não comprar demais e virar o mês já endividado
Uma bolsa, um sapato, um perfume ou um vestido. Final de ano tem cheiro de coisa nova. É comum que as pessoas desejem um look diferente para terminar – e começar – o ano. Nesse período também chegam as liquidações, que costumam oferecer descontos de pelo menos 50%. Esperar por elas para fazer as compras pode ser uma boa estratégia. Isso se houver cautela e foco. É preciso ter cuidado para não acabar comprando demais e virar o mês com dívidas.
Ainda dá tempo de se organizar e esperar um pouco para comprar o item tão desejado. A estudante de direito Rebeca Souza, 20, por exemplo, vai fazer intercâmbio no ano que vem e quer aproveitar janeiro para comprar algumas coisas que está precisando. Nos primeiros meses, ela vai enfrentar um clima diferente em Portugal. “Nunca viajei para algum lugar que fosse muito frio, então vou comprar casacos, calças térmicas, leggings e calças jeans”, explica. Além disso, ela também pretende adquirir alguns itens de maquiagem e acessórios para usar na viagem, como uma mochila.
“Geralmente deixo janeiro para comprar coisas bem específicas que estou precisando”, comenta a estudante. Rebeca prefere fazer isso por normalmente encontrar preços mais atrativos e o shopping com menos movimento. Também faz compras pela internet, meio em que costuma achar descontos maiores. Para não comprar itens que não precisa, faz uma lista do que pretende adquirir. Costuma levá-la ao shopping, para conseguir ser mais prática e não perder o foco. Na hora de pagar as compras em janeiro, ela usa o dinheiro que ganha no Natal junto com o que economizou durante o ano.
Mas o exemplo de Rebeca não é regra. Pelo contrário, pode até ser considerado exceção. Ao se deparar com preços mais atrativos, é comum que as pessoas acabem comprando. Mesmo que não sejam itens necessários. De acordo com pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 46,6% dos consumidores possuem um grau médio de impulsividade na hora das compras. Os fatores externos que mais influenciam nas compras por impulso são a promoção (25%) e o preço atrativo (21%).
Apesar dos perigos, as promoções de janeiro parecem um bom momento para investir no produto desejado. “É uma excelente ideia, por ter melhores preços e mais tempo para pensar no que realmente você está precisando”, opina o educador financeiro Rafael Seabra. Na hora de planejar a compra, a pessoa deve ter alguns cuidados. Escolher quais itens está querendo, acompanhar o preço deles para constatar se realmente caíram, por exemplo, são alguns deles.
Acontece de as compras de janeiro gerarem dívidas. Mas, segundo Seabra, o mais comum mesmo é que as pessoas já virem o ano endividadas. “Não só pelos gastos de fim de ano, mas também pelas despesas com matrícula, material escolar e impostos”, explica. Se ocorrer de haver exagero nas compras de janeiro, a tendência é ficar pior ainda.
Fonte: Diário de Pernambuco - 27/12/2016
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