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Ex-cortadora de cana conta como ganhou o seu primeiro milhão
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Ex-cortadora de cana conta como ganhou o seu primeiro milhão

Publicado em 13/12/2016 , por Flávia Denone

De cortadora de cana a dona de uma loja virtual que fatura mais de R$ 1,8 milhão. Essa é a história de Sabrina Nunes, fundadora da Francisca Joias

A vontade de vencer na vida sempre foi o foco de Sabrina Nunes, mesmo ano de descobrir sua vocação em empreendedorismo. Após se formar em Serviço Social e não conseguir emprego na área em Itinga, Minas Gerais, ela segui para Mato Grosso do Sul com a promessa de trabalhar em uma usina. “Em época de colheita meu padrasto seguia com outros trabalhadores para colher cana e fui junto em uma dessas viagens”, disse a empresária.

Ao chegar lá, a oportunidade de trabalhar na usina não aconteceu e Sabrina foi para a colheita de cana-de-açucar. “Fiquei pouco menos de um ano trabalhando como cortadora de cana, até que veio a oportunidade de trabalhar na usina, dessa vez como secretária”, explicou ela que até então nada sabia sobre empreendedorismo. 

Sabrina contou ao Brasil Econômico que, no período em que trabalhou como secretária no Mato Grosso do Sul, se interessou pela engenharia, foi então que tentou uma bolsa para fazer a segunda universidade. “Ao ver o trabalho e o salário dos engenheiros que trabalhavam me interessei pela área e fui atrás de uma bolsa de estudos”.

Sabrina Nunes afirmou que conseguiu ingressar na faculdade de engenharia pelo Programa Universidade Para Todos (ProUni). “Consegui a vaga no Prouni no Rio de Janeiro. Deixei tudo para trás e fui pro Rio estudar”, enfatizou a empresária.

A grande ideia

Já na cidade maravilhosa e mais uma vez em busca de uma vida melhor, Sabrina ao ver uma reportagem sobre o marketplace de artesanatos Elo7, se interessou e passou então a vender semijoias pelo canal. “Investi R$ 300 em e-mail marketing e faturei R$ 3 mil, foi ao que eu descobri que o marketing digital funcionava”.

Após dois anos se desdobrando entre o trabalho na Pontifícia Universidade Católica – Rio e estudando engenharia na Universidade Gama Filho, Simone resolveu deixar tudo para trás e criar a sua loja virtual de semijoias. “Joguei tudo para o alto e montei o site Francisca Joias”, enfatizou a empresária que pretende fechar 2016 com R$ 2,5 milhões em faturamento.

O nome Francisca Joias é em homenagem a sua avó e hoje 30% da fabricação das peças vendidas na loja virtual é de fabricação própria. “Os produtos que precisam de banho (de prata ou ouro) são terceirizados. As peças são produzidas por mulheres e isso fomenta o empreendedorismo feminino”, enfatiza a fundadora da Francisca Joias.

Venda direta

Além da venda online, a empresária explicou que outra forma de rentabilizar a sua marca foi trabalhar com a venda direta. “Trabalhamos no varejo e no atacado. Hoje temos mais de 550 revendedoras que compram no atacado com desconto de 40% nas peças e revendem a um valor maior”, disse ao Brasil Econômico.

Mesmo em ano de crise Simone Nunes afirmou ter crescimento em vendas e vê nas redes sociais o melhor canal de divulgação de sua marca e para ensinar empreendedorismo para outras mulheres. “Temos um canal no Youtube, em que ensino técnicas de vendas a nossas parceiras, como elas podem melhorar o atendimento, a importância do uso da máquina de cartão para comodidade de suas clientes, entre outras dicas de empreendedorismo”, disse ao que completou. “Temos muitos fãs no Facebook e no Instagram e nesses canais prezamos pelo atendimento diferenciado”, enfatizou a empresária que diz crescer sua operação em 10% ao mês vendendo semijoias.

Fonte: economia.ig - 13/12/2016

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