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Vendas de veículos caem 26,6% e têm pior ano desde 2008
Publicado em 06/01/2016 , por EDUARDO SODRÉ
Após anos de crescimento contínuo entre 2003 e 2012, o mercado automotivo brasileiro vive seu choque de realidade. Com 2,57 milhões de unidades emplacadas em 2015, as vendas caíram 26,6% na comparação com o ano anterior, segundo dados preliminares apurados pela Folha. O número inclui carros leves, ônibus e caminhões.
Houve até reação em dezembro, que terminou com 227,3 mil veículos novos licenciados (crescimento de 16,4% sobre novembro ). A alta se deve às boas vendas na última semana do mês, com as fabricantes oferecendo bônus para reduzir estoques —suficientes para atender a 50 dias de vendas.
Mas a evolução não bastou para evitar o pior número de vendas do setor desde 2008, e não há perspectivas de melhora no curto prazo.
REAJUSTES
Pressionadas pela perda de escala nas vendas, alta do dólar —muitos componentes são importados ou cotados na moeda americana—, inflação e elevação dos tributos nos últimos dois anos, as montadoras aumentam os preços de seus carros.
Os reajustes compensam em parte o prejuízo, pois modelos de sucesso ajudam a cobrir o buraco deixado pelos veículos parados nos pátios. Porém, não há aumento de produção, o que coloca em risco os empregados do setor.
De acordo com dados da Anfavea (associação nacional das montadoras), as fabricantes de autos cortaram cerca de 28 mil postos de trabalho nos últimos dois anos, fechando 2015 com 130 mil contratados. Nesse período, novas empresas começaram a produzir no Brasil, como a Chery, a BMW e a Audi. Isso evitou uma queda ainda maior nas vagas.
Contudo, há muitos trabalhadores afastados de suas funções devido a paradas nas linhas de produção, ou com carga horária reduzida. Até outubro, 35,6 mil funcionários de montadoras haviam sido incluídos no Programa de Proteção ao Emprego.
A conta não leva em consideração os cortes promovidos por fornecedoras de peças para as linhas de montagem. Os números finais serão divulgados pela entidade na quinta-feira.
ANOS DESAFIADORES
Para Marcos Munhoz, vice-presidente da General Motors do Brasil, os dois últimos anos foram "desafiadores" para a indústria automotiva. "Fomos impactados por aumentos dos custos, das taxas de juros e dos impostos, além de acentuada queda na confiança do consumidor", disse o executivo.
Munhoz prevê que a recuperação do setor não virá neste ano. "O mercado atingiu seu pico em 2012, com vendas em torno de 3,8 milhões de unidades. Nossa previsão para 2016 é de algo entre 2 milhões e 2,2 milhões de carros de passeio emplacados."
Apesar do cenário, o vice-presidente da GM afirma que o plano atual de investimento está mantido, com aplicação de R$ 13 bilhões entre 2014 e 2019. Parte dos recursos vem sendo direcionada para o varejo, que é mais rentável que as vendas diretas para empresas. A GM também acelera a nacionalização de componentes, para tentar driblar a variação cambial.
Houve até reação em dezembro, que terminou com 227,3 mil veículos novos licenciados (crescimento de 16,4% sobre novembro ). A alta se deve às boas vendas na última semana do mês, com as fabricantes oferecendo bônus para reduzir estoques —suficientes para atender a 50 dias de vendas.
Mas a evolução não bastou para evitar o pior número de vendas do setor desde 2008, e não há perspectivas de melhora no curto prazo.
REAJUSTES
Pressionadas pela perda de escala nas vendas, alta do dólar —muitos componentes são importados ou cotados na moeda americana—, inflação e elevação dos tributos nos últimos dois anos, as montadoras aumentam os preços de seus carros.
Os reajustes compensam em parte o prejuízo, pois modelos de sucesso ajudam a cobrir o buraco deixado pelos veículos parados nos pátios. Porém, não há aumento de produção, o que coloca em risco os empregados do setor.
De acordo com dados da Anfavea (associação nacional das montadoras), as fabricantes de autos cortaram cerca de 28 mil postos de trabalho nos últimos dois anos, fechando 2015 com 130 mil contratados. Nesse período, novas empresas começaram a produzir no Brasil, como a Chery, a BMW e a Audi. Isso evitou uma queda ainda maior nas vagas.
Contudo, há muitos trabalhadores afastados de suas funções devido a paradas nas linhas de produção, ou com carga horária reduzida. Até outubro, 35,6 mil funcionários de montadoras haviam sido incluídos no Programa de Proteção ao Emprego.
A conta não leva em consideração os cortes promovidos por fornecedoras de peças para as linhas de montagem. Os números finais serão divulgados pela entidade na quinta-feira.
ANOS DESAFIADORES
Para Marcos Munhoz, vice-presidente da General Motors do Brasil, os dois últimos anos foram "desafiadores" para a indústria automotiva. "Fomos impactados por aumentos dos custos, das taxas de juros e dos impostos, além de acentuada queda na confiança do consumidor", disse o executivo.
Munhoz prevê que a recuperação do setor não virá neste ano. "O mercado atingiu seu pico em 2012, com vendas em torno de 3,8 milhões de unidades. Nossa previsão para 2016 é de algo entre 2 milhões e 2,2 milhões de carros de passeio emplacados."
Apesar do cenário, o vice-presidente da GM afirma que o plano atual de investimento está mantido, com aplicação de R$ 13 bilhões entre 2014 e 2019. Parte dos recursos vem sendo direcionada para o varejo, que é mais rentável que as vendas diretas para empresas. A GM também acelera a nacionalização de componentes, para tentar driblar a variação cambial.
Fonte: Folha Online - 05/01/2016
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