Prévia da inflação é a menor para os meses de novembro desde 2007
Publicado em 24/11/2016 , por Daniela Amorim
PCA-15 registrou alta de 0,26% em novembro após subir 0,19% em outubro; principal destaque foi o etanol, cujo o preço do litro ficou 7,29% mais caro, segundo o IBGE
RIO - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,26% em novembro após subir 0,19% em outubro. Esse foi o menor IPCA-15 para os meses de novembro desde 2007 (0,23%).
Com o resultado anunciado nesta quarta-feira, 23, o IPCA-15 acumula aumento de 6,38% no ano. A taxa acumulada em 12 meses até novembro foi de 7,64%. O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam inflação entre 0,24% e 0,36%, com mediana de 0,29%.
O preço do litro do etanol saltou 7,29% em novembro e exerceu o impacto mais elevado na inflação do mês, o equivalente a uma contribuição de 0,07 ponto porcentual para o resultado de 0,26% do IPCA-15.Como consequência, a gasolina também voltou a subir, com alta de 0,59% em novembro, a despeito da redução do preço nas refinarias anunciada pela Petrobrás.
Outro destaque no grupo Transportes foi o expressivo aumento de 23,72% registrado pelo item multa, como reflexo do reajuste médio de 53% em vigor desde o dia 1º de novembro. Os gastos das famílias com transportes passaram de alta de 0,67% em outubro para aumento de 0,46% em novembro.
As famílias voltaram a gastar menos com alimentação em novembro, mas os preços caíram com menor velocidade. O grupo Alimentação e Bebidas passou de uma queda de 0,25% em outubro para recuo de 0,06% este mês.
Vários produtos ficaram mais baratos, com destaque para a queda de 10,52% no leite longa vida, produto importante na despesa das famílias. O item exerceu o principal impacto negativo no IPCA-15 do mês, o equivalente a uma contribuição de -0,12 ponto porcentual.
Também houve redução no feijão-carioca (-11,84%), feijão-mulatinho (-7,82%), tomate (-6,61%) e cenoura (-4,31%). Na direção oposta, houve pressão dos aumentos nos preços do açúcar cristal (3,73%), pescados (3,91%), batata-inglesa (3,26%), cerveja (2,36%) e carnes (1,43%).
Embora a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) tenha acelerado na passagem de outubro para novembro, de 0,19% para 0,26%, cinco dos nove grupos pesquisados tiveram taxas de variação menores no período.
Subiram menos os gastos com Habitação (de 0,60% em outubro para 0,36% em novembro), Transportes (de 0,67% para 0,46%), Educação (de 0,06% para 0,02%) e Comunicação (de 0,28% para 0,16%), enquanto que houve redução nas despesas com Vestuário (de 0,36% para -0,03%).
Os aumentos foram registrados em Artigos de Residência (de -0,31% para 0,09%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,28% para 0,68%) e Despesas Pessoais (de -0,12% para 0,47%), ao mesmo tempo em que a queda em Alimentação e Bebidas foi menor (de -0,25% para -0,06%).
Além dos aumentos nos combustíveis e em alguns alimentos importantes na cesta básica das famílias, outros itens que também pressionaram o resultado do IPCA-15 do mês foram seguro de veículo (2,61%), plano de saúde (1,07%), empregado doméstico (0,87%), mão de obra para pequenos reparos (0,87%), artigos de higiene pessoal (0,87%), emplacamento e licença (0,80%) e cabeleireiro (0,67%).
Fonte: Estadão - 23/11/2016
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