Demitido? O que fazer para organizar as finanças após perder o emprego
Publicado em 22/11/2016 , por DANYLO MARTINS
Notas de real; organização das finanças é fundamental após perder o empregoUm dos principais reflexos da crise econômica em 2016 tem sido o aumento do desemprego no país. No terceiro trimestre, o número chegou a 12 milhões de pessoas.
Quem perdeu o emprego neste ano ou está com medo de entrar no próximo corte precisa se preparar para uma fase que vai exigir bastante disciplina e organização financeira.
Caso o orçamento esteja comprometido com dívidas caras, como rotativo do cartão de crédito e limite do cheque especial, a orientação básica é usar o dinheiro recebido de indenização para quitar esses débitos.
Com uma preocupação a menos, o passo seguinte é descobrir o custo de vida mensal.
"Conhecer a sua realidade financeira é essencial", diz Thais Linero, planejadora financeira. "É importante ver o que realmente importa e o que traz qualidade de vida."
Essa reflexão ajuda a enxergar para onde o dinheiro está indo e quais despesas podem ser enxugadas. "Em momentos como esse, tudo o que puder economizar, melhor", afirma Erasmo Vieira, consultor financeiro da Planilhar.
Serviços ou produtos que são pouco usados, como TV por assinatura e planos pós-pagos de celular, podem ser cancelados ou trocados por alternativas mais baratas.
"Planejamento financeiro não é simplesmente cortar gastos, mas focar em prioridades", reforça Linero.
Na prática, significa desenhar um orçamento mais enxuto para atravessar esse período momentâneo, sem perder qualidade de vida.
RESERVA FINANCEIRA
Além de rever hábitos, os especialistas também recomendam formar uma reserva para emergências com a indenização e o seguro-desemprego. "É um dinheiro que serve para dar uma tranquilidade até que a pessoa consiga se recolocar num patamar próximo ao do emprego anterior", diz Linero.
A orientação é que esse colchão de segurança tenha entre seis meses e um ano de gastos, seja investido em aplicações de baixo risco e que possam ser resgatados a qualquer momento. Os produtos recomendados são CDBs, Tesouro Selic e Fundos DI.
Para quem já tem algum dinheiro guardado, uma das estratégias é engordar a reserva financeira até garantir um ano de despesas.
O ideal é que seja feito um resgate mensal suficiente para cobrir os gastos do período. Compras parceladas também devem ser evitadas.
"É melhor sacar a quantia necessária e pagar à vista em vez de assumir novos compromissos que aumentem o gasto mensal", afirma Vieira.
Enquanto não consegue voltar ao mercado de trabalho, vale buscar outras fontes de renda.
"A pessoa pode fazer bicos ou procurar empregos temporários", diz Augusto Saboia, consultor financeiro.
No caso de quem tem uma situação financeira mais estável, sem dívidas e com dinheiro poupado por um período maior, os especialistas indicam ainda fazer cursos e treinamentos que ajudarão na carreira.Um dos principais reflexos da crise econômica em 2016 tem sido o aumento do desemprego no país. No terceiro trimestre, o número chegou a 12 milhões de pessoas.
Fonte: Folha Online - 21/11/2016
Notícias relacionadas
- Febraban diz que crédito deve crescer 0,8% em outubro
- Jornada de trabalho reduzida desperta preocupações e exige um debate mais amplo
- Fim da escala 6×1: o que diz a PEC que propõe mudar jornada de trabalho no Brasil
- Ministério do Trabalho diz que mudança na escala 6×1 deve ser negociada entre trabalhadores e empregadores
- Despesas das famílias brasileiras no varejo devem chegar a R$ 478 bilhões neste ano
- Confira o que muda nas regras de aposentadoria em 2025
- Mudanças em seguro-desemprego e abono salarial geram embate entre ministros em reuniões de corte de gastos
- Governo deve definir nesta quinta-feira o tamanho do corte de gastos
- Light abre 160 vagas para cursos gratuitos para formação de profissionais
- Mais de 1,45 milhão de famílias assumiram dívidas nos últimos anos
Notícias
- 27/11/2024 68,1 milhões de consumidores estavam inadimplentes em outubro
- Inflação já é uma realidade
- Bancos pressionam governo por revisão do teto de juros do empréstimo consignado do INSS
- Black Friday 2024: veja quais são os direitos do consumidor para a data
- Gastos do Bolsa Família aumentaram 47,1% em 2023, aponta IBGE
- TJDFT mantém indenização por cobranças indevidas e assédio telefônico a consumidor
- Um em cada três proprietários de imóveis enfrenta dificuldades para definir preço de venda ou aluguel
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)