Na contramão das grandes, pequenas empresas voltam a abrir vagas
Publicado em 04/11/2016 , por FERNANDA PERRIN
Taxa de desemprego no trimestre encerrado em julho foi de 11,6%, 0,4 ponto percentual acima do trimestre anterior; é o pior resultado da série histórica da Pnad Contínua.Há um ano e meio, o Brasil mais fecha do que abre vagas com carteira assinada. Essa trajetória, porém, dá sinais de reversão entre as micro e pequenas empresas.
Em agosto e setembro, os negócios de menor porte (com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões) registraram saldo positivo de 6.645 novos postos, de acordo com análise do Sebrae de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
Já as médias e grandes companhias encerraram mais de 75 mil empregos.
O número é tímido diante do encolhimento total do trabalho formal (de janeiro a setembro, foram fechadas, no total, 683,6 mil vagas no país), mas pode sinalizar os primeiros sinais de otimismo do empresariado com os rumos da economia.
Os pequenos negócios concentram a maior parte dos trabalhadores no Brasil. Em 2015 (dado mais recente disponível), 54% dos empregados com carteira trabalhavam em empresas desse porte.
DEPOIS DO CARNAVAL
A Embalagens Carrão, distribuidora do produto com 15 anos de mercado em São Paulo, reduziu o quadro de sete pessoas para apenas o sócio Antônio de Oliveira e sua mulher, Cláudia de Souza.
A empresa já não caminhava bem desde 2011, mas a crise potencializou esse enxugamento, diz o proprietário.
Recentemente, porém, Oliveira percebeu um aumento da demanda, fruto principalmente da entrada de novos clientes. Com a melhora recente e boas expectativas para os próximos meses, ele contratou uma nova funcionária e, caso o cenário positivo se confirme, ele deve abrir mais uma vaga depois do Carnaval.
"Alguns sinais da economia já começam a se refletir na atividade da pequena empresa, principalmente no campo de serviços e comércio, até porque o final de ano está se aproximando e o pessoal está se preparando", diz Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.
O índice de confiança do pequeno e médio empresário para o quarto trimestre subiu 8% em relação ao trimestre anterior e 18,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Insper. O indicador é elaborado em parceria com o banco Santander.
SAZONALIDADE
Economistas recomendam cautela na análise desses dados. "A alta temporada do final de ano é provavelmente o grande motor desse movimento. Obviamente isso acontece dentro de um quadro de melhora gradual da economia, mas as duas coisas precisam ser vistas juntas", diz Bruno Ottoni, da Fundação Getulio Vargas.
Ele também afirma que a queda recente na taxa de juros (no mês passado, o Banco Central reduziu a taxa básica pela primeira vez em quatro anos, para 14% anuais) e a sinalização de novas reduções nos próximos meses podem ter reanimado o pequeno empresário.
Já Hélio Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), acredita que o saldo positivo registrado ainda é muito pequeno para permitir a retirada de alguma conclusão.
"A queda de empregos em setembro na economia como um todo foi menor que no ano passado. Isso é um sinal bom, mas mil novos empregos ainda é muito pouco", afirma.
Fonte: Folha Online - 03/11/2016
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