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Investigação dos EUA ligou 10 executivos da Embraer a propina
Publicado em 26/10/2016 , por RAQUEL LANDIM e WÁLTER NUNES
Pelo menos 10 executivos do alto escalão da Embraer se envolveram diretamente no pagamento de propina para vender aviões no exterior. Desse grupo, dois ainda trabalham na empresa.
Levantamento feito pela Folha nos anexos do acordo selado pela Embraer com autoridades no Brasil e nos Estados Unidos identificou vice-presidentes e diretores das áreas de aviação comercial, defesa e segurança, jatos executivos, além do próprio departamento jurídico.
Na avaliação do Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA, a Embraer está punindo "parcialmente" os responsáveis. O órgão enfatiza que a empresa "deixou de disciplinar um executivo sênior que sabia das discussões de propina por e-mail" e que "tinha responsabilidade de fiscalizar os demais".
Procurada pela reportagem, a Embraer não revelou a identidade desse executivo e também se recusou a comentar casos específicos dos demais funcionários.
Por enquanto, o Ministério Público brasileiro está investigando apenas os executivos envolvidos no pagamento de R$ 3,5 milhões em propina na República Dominicana. Investigações sobre os casos na Arábia Saudita, Moçambique e Índia ainda estão em curso.
Entre os executivos citados no acordo firmado pela Embraer está Luis Carlos Affonso, que hoje atua como vice-presidente sênior de operações da aviação comercial.
Na época dos fatos investigados, Affonso tinha um cargo ainda mais alto. Ele era vice-presidente executivo da área de jatos particulares e respondia ao presidente da Embraer, Frederico Curado.
Segundo o relato das autoridades americanas e brasileiras, Affonso recebeu por e-mail um relato de um subordinado sobre uma reunião em Londres na qual foi acertado o pagamento de propina para um funcionário da Saudi Aramco.
Na troca de e-mails que se seguiu, Affonso aprova que a Embraer contrate o "agente" que repassaria a comissão. A Embraer pagou US$ 1,6 milhão em propina para vender três jatos executivos por US$ 93 milhões para a estatal da Arábia Saudita.
Outro funcionário que aparece nas investigações e que segue no quadro de funcionários da Embraer é José Molina. Ele hoje é vice-presidente da cadeia de suprimentos.
Molina aparece como um dos destinatários de um e-mail em que o vice-presidente da Embraer Europa, Luiz Fuchs, descreve o pedido de propina feito por um funcionário da LAM, de Moçambique.
Fuchs, que se aposentou no fim do ano passado, informa que o moçambicano queria um "gesto" de boa vontade, que poderia ficar entre US$ 50 mil e US$ 80 mil. Molina, que na época atuava como diretor de contratos da avião comercial, aprovou o valor citado.
Os moçambicanos consideraram a oferta um "insulto" e terminaram recebendo US$ 800 mil em propina pela venda de dois aviões comerciais por US$ 65 milhões.
Os documentos divulgados pelo DOJ não revelam nomes dos funcionários envolvidos, mas eles são identificados em documento quase idêntico disponibilizado em seu site pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil.
Levantamento feito pela Folha nos anexos do acordo selado pela Embraer com autoridades no Brasil e nos Estados Unidos identificou vice-presidentes e diretores das áreas de aviação comercial, defesa e segurança, jatos executivos, além do próprio departamento jurídico.
Na avaliação do Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA, a Embraer está punindo "parcialmente" os responsáveis. O órgão enfatiza que a empresa "deixou de disciplinar um executivo sênior que sabia das discussões de propina por e-mail" e que "tinha responsabilidade de fiscalizar os demais".
Procurada pela reportagem, a Embraer não revelou a identidade desse executivo e também se recusou a comentar casos específicos dos demais funcionários.
Por enquanto, o Ministério Público brasileiro está investigando apenas os executivos envolvidos no pagamento de R$ 3,5 milhões em propina na República Dominicana. Investigações sobre os casos na Arábia Saudita, Moçambique e Índia ainda estão em curso.
Entre os executivos citados no acordo firmado pela Embraer está Luis Carlos Affonso, que hoje atua como vice-presidente sênior de operações da aviação comercial.
Na época dos fatos investigados, Affonso tinha um cargo ainda mais alto. Ele era vice-presidente executivo da área de jatos particulares e respondia ao presidente da Embraer, Frederico Curado.
Segundo o relato das autoridades americanas e brasileiras, Affonso recebeu por e-mail um relato de um subordinado sobre uma reunião em Londres na qual foi acertado o pagamento de propina para um funcionário da Saudi Aramco.
Na troca de e-mails que se seguiu, Affonso aprova que a Embraer contrate o "agente" que repassaria a comissão. A Embraer pagou US$ 1,6 milhão em propina para vender três jatos executivos por US$ 93 milhões para a estatal da Arábia Saudita.
Outro funcionário que aparece nas investigações e que segue no quadro de funcionários da Embraer é José Molina. Ele hoje é vice-presidente da cadeia de suprimentos.
Molina aparece como um dos destinatários de um e-mail em que o vice-presidente da Embraer Europa, Luiz Fuchs, descreve o pedido de propina feito por um funcionário da LAM, de Moçambique.
Fuchs, que se aposentou no fim do ano passado, informa que o moçambicano queria um "gesto" de boa vontade, que poderia ficar entre US$ 50 mil e US$ 80 mil. Molina, que na época atuava como diretor de contratos da avião comercial, aprovou o valor citado.
Os moçambicanos consideraram a oferta um "insulto" e terminaram recebendo US$ 800 mil em propina pela venda de dois aviões comerciais por US$ 65 milhões.
Os documentos divulgados pelo DOJ não revelam nomes dos funcionários envolvidos, mas eles são identificados em documento quase idêntico disponibilizado em seu site pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil.
Fonte: Folha Online - 25/10/2016
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