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Clientes que eram do HSBC têm salário atrasado com migração para Bradesco
Publicado em 20/10/2016 , por RAQUEL LANDIM e FILIPE OLIVEIRA
Milhares de pessoas em todo o país estão com os salários atrasados por conta de problemas na migração dos clientes corporativos do HSBC para o Bradesco.
O banco brasileiro enfrenta dificuldades para processar a folha de pagamento de grandes empresas que eram clientes do HSBC.
Em alguns casos, os arquivos enviados pelas companhias não eram compatíveis com a plataforma tecnológica do Bradesco.
O Bradesco comprou a filial brasileira do HSBC em julho deste ano por US$ 5,2 bilhões. Com a operação, o número de clientes subiu de 26 milhões para 31 milhões.
A transferência dos 5 milhões de clientes do HSBC –a maior já realizada pelo Bradesco– ocorreu nos dias 8 e 9 deste mês. Cerca de 140 mil são pessoas jurídicas.
Segundo o Bradesco, quase não houve incidentes na migração das contas das pessoas físicas, mas o banco não soube informar o total de empresas afetadas por problemas.
"Estamos trabalhando 24 horas por dia para resolver a situação e pagar o salário das pessoas. Para o Bradesco, o salário é sagrado", disse à reportagem o vice-presidente do banco Maurício Minas.
O atraso no pagamento dos salários gerou uma onda de reclamações entre os correntistas do antigo HSBC.
A profissional de relações públicas Paula Nunes, 36, diz que os profissionais da empresa em que trabalha (que fazia seus pagamentos pelo HSBC) não receberam seus salários na sexta-feira (14).
Nesta terça-feira (18), um grupo de funcionários da companhia conseguiu solucionar o problema depois de ir pessoalmente até uma agência onde os gerentes faziam as transferências uma a uma.
"Quando ligamos para o banco, pedem que a gente tenha paciência, que estão colocando as coisas em ordem. E como seria se fosse o contrário, se eu ficasse devendo e pedisse paciência?"
Alessandra Assad, professora da FGV, compara os desafios de mudar sua conta do HSBC para o Bradesco com uma "gincana".
Ela conta que tentou habilitar seus cartões pela internet e saiu frustrada: só conseguiu criar uma senha, mas o desbloqueio definitivo só poderia ser feito na agência.
"Eu pago para não ir à agência. Tudo o que posso fazer pela internet, faço lá. Mas eu não iria perder tempo com cadastros on-line se soubesse que teria de ir até lá", diz.
VIAGEM
O jornalista João Broto, 30, conta que a migração das contas causou transtornos em viagem que faz com a mulher pela Califórnia (EUA) iniciada em agosto.
Ele afirma que, desde o dia 7 de outubro, seus cartões de débito e crédito não permitem fazer pagamentos. A única opção que funciona é o saque, de até US$ 200 por máquina.
"Estamos sacando sempre o máximo que podemos para ter garantia de não ficar sem dinheiro", diz.
Broto afirma que foi orientado a passar a usar seus novos cartões, que foram entregues em sua casa, em Curitiba. Porém, como ele tem se hospedado em várias cidades diferentes por poucos dias, é impossível conseguir fazer os cartões chegarem até ele, de acordo com o jornalista.
Broto afirma que vai passar por mais três cidades antes de voltar para o Brasil, em 30 de outubro. Sua maior preocupação é conseguir reservar hotéis sem cartão de crédito até lá.
O Bradesco criou uma central telefônica para atender as empresas que estiverem enfrentando dificuldades. O telefone é (11) 3003-1000.
O banco brasileiro enfrenta dificuldades para processar a folha de pagamento de grandes empresas que eram clientes do HSBC.
Em alguns casos, os arquivos enviados pelas companhias não eram compatíveis com a plataforma tecnológica do Bradesco.
O Bradesco comprou a filial brasileira do HSBC em julho deste ano por US$ 5,2 bilhões. Com a operação, o número de clientes subiu de 26 milhões para 31 milhões.
A transferência dos 5 milhões de clientes do HSBC –a maior já realizada pelo Bradesco– ocorreu nos dias 8 e 9 deste mês. Cerca de 140 mil são pessoas jurídicas.
Segundo o Bradesco, quase não houve incidentes na migração das contas das pessoas físicas, mas o banco não soube informar o total de empresas afetadas por problemas.
"Estamos trabalhando 24 horas por dia para resolver a situação e pagar o salário das pessoas. Para o Bradesco, o salário é sagrado", disse à reportagem o vice-presidente do banco Maurício Minas.
O atraso no pagamento dos salários gerou uma onda de reclamações entre os correntistas do antigo HSBC.
A profissional de relações públicas Paula Nunes, 36, diz que os profissionais da empresa em que trabalha (que fazia seus pagamentos pelo HSBC) não receberam seus salários na sexta-feira (14).
Nesta terça-feira (18), um grupo de funcionários da companhia conseguiu solucionar o problema depois de ir pessoalmente até uma agência onde os gerentes faziam as transferências uma a uma.
"Quando ligamos para o banco, pedem que a gente tenha paciência, que estão colocando as coisas em ordem. E como seria se fosse o contrário, se eu ficasse devendo e pedisse paciência?"
Alessandra Assad, professora da FGV, compara os desafios de mudar sua conta do HSBC para o Bradesco com uma "gincana".
Ela conta que tentou habilitar seus cartões pela internet e saiu frustrada: só conseguiu criar uma senha, mas o desbloqueio definitivo só poderia ser feito na agência.
"Eu pago para não ir à agência. Tudo o que posso fazer pela internet, faço lá. Mas eu não iria perder tempo com cadastros on-line se soubesse que teria de ir até lá", diz.
VIAGEM
O jornalista João Broto, 30, conta que a migração das contas causou transtornos em viagem que faz com a mulher pela Califórnia (EUA) iniciada em agosto.
Ele afirma que, desde o dia 7 de outubro, seus cartões de débito e crédito não permitem fazer pagamentos. A única opção que funciona é o saque, de até US$ 200 por máquina.
"Estamos sacando sempre o máximo que podemos para ter garantia de não ficar sem dinheiro", diz.
Broto afirma que foi orientado a passar a usar seus novos cartões, que foram entregues em sua casa, em Curitiba. Porém, como ele tem se hospedado em várias cidades diferentes por poucos dias, é impossível conseguir fazer os cartões chegarem até ele, de acordo com o jornalista.
Broto afirma que vai passar por mais três cidades antes de voltar para o Brasil, em 30 de outubro. Sua maior preocupação é conseguir reservar hotéis sem cartão de crédito até lá.
O Bradesco criou uma central telefônica para atender as empresas que estiverem enfrentando dificuldades. O telefone é (11) 3003-1000.
Fonte: Folha Online - 19/10/2016
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