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Trabalhadores não querem mudança na jornada diária, indica pesquisa
Publicado em 19/10/2016 , por FERNANDA PERRIN
Uma pesquisa realizada com usuários de site plataforma online de vagas de emprego indica que a maioria está satisfeita com a jornada diária de 8 horas e discorda de uma mudança na regra –seja para mais ou para menos.
Para 52,2% dos usuários do site Vagas.com, o ideal é trabalhar 8 horas por dia. Apenas 9,1% gostariam de uma jornada maior, e 35%, de uma carga entre 6 horas e 7 horas diárias.
Esse cenário, porém, não reflete o que acontece de fato na vida profissional. Menos da metade (43%) dos participantes disse trabalhar 8 horas por dia, enquanto 36,3% afirmaram ter uma jornada mais longa do que essa.
Recentemente, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, sugeriu flexibilizar a jornada diária, a exemplo do que acontece com trabalhadores da saúde, que chegam a ter uma jornada diária de 12 horas em alguns dias da semana, sem exceder a carga total máxima de 48 horas semanais (as 44 horas normais mais 4 horas extras).
Embora o governo tenha adiado a reforma trabalhista para o final de 2017, um dos eixos já divulgados da proposta é dar maior peso aos acordos negociados entre trabalhadores e empresas, como aqueles que versam sobre a carga horária.
Hoje, muitas dessas negociações são invalidadas na Justiça por estabelecerem jornadas diferentes de 8 horas, afirmam defensores da reforma. Segundo eles, seria de interesse dos próprios trabalhadores ter maior flexibilidade para definir sua jornada.
"A questão é pensar em demanda de trabalho, e não em carga horária. Observamos que muitas empresas, especialmente de tecnologia, dão maior flexibilidade para os funcionários definirem suas horas com base na demanda de trabalho que recebem", diz Rafael Urbano, da área de inteligência de negócios do Vagas.com.
O levantamento foi feito de 28 de setembro a 5 de outubro com 1.659 usuários do site que estão empregados atualmente.
MOTIVAÇÃO
A maioria dos entrevistados está desmotivada com sua vida profissional, tendência ligeiramente maior entre mulheres. Segundo a pesquisa, 39% dos respondentes estavam insatisfeitos, 36% satisfeitos e 25% indiferentes.
Entre mulheres, 41% se declararam extremamente desmotivadas ou desmotivadas. Já os homens se concentram no outro extremo: 40% se disseram motivados ou extremamente motivados.
Para Urbano, uma das razões que explica essa diferença é a dupla jornada das mulheres, que além de trabalharem em empregos formais também desempenham a maior parte das tarefas domésticas.
Outros motivos são a desigualdade de salários –em média, homens ainda ganham mais que mulheres– e o acesso mais difícil a promoções, que costumam acontecer mais rápido para eles, afirma Urbano.
Para 52,2% dos usuários do site Vagas.com, o ideal é trabalhar 8 horas por dia. Apenas 9,1% gostariam de uma jornada maior, e 35%, de uma carga entre 6 horas e 7 horas diárias.
Esse cenário, porém, não reflete o que acontece de fato na vida profissional. Menos da metade (43%) dos participantes disse trabalhar 8 horas por dia, enquanto 36,3% afirmaram ter uma jornada mais longa do que essa.
Recentemente, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, sugeriu flexibilizar a jornada diária, a exemplo do que acontece com trabalhadores da saúde, que chegam a ter uma jornada diária de 12 horas em alguns dias da semana, sem exceder a carga total máxima de 48 horas semanais (as 44 horas normais mais 4 horas extras).
Embora o governo tenha adiado a reforma trabalhista para o final de 2017, um dos eixos já divulgados da proposta é dar maior peso aos acordos negociados entre trabalhadores e empresas, como aqueles que versam sobre a carga horária.
Hoje, muitas dessas negociações são invalidadas na Justiça por estabelecerem jornadas diferentes de 8 horas, afirmam defensores da reforma. Segundo eles, seria de interesse dos próprios trabalhadores ter maior flexibilidade para definir sua jornada.
"A questão é pensar em demanda de trabalho, e não em carga horária. Observamos que muitas empresas, especialmente de tecnologia, dão maior flexibilidade para os funcionários definirem suas horas com base na demanda de trabalho que recebem", diz Rafael Urbano, da área de inteligência de negócios do Vagas.com.
O levantamento foi feito de 28 de setembro a 5 de outubro com 1.659 usuários do site que estão empregados atualmente.
MOTIVAÇÃO
A maioria dos entrevistados está desmotivada com sua vida profissional, tendência ligeiramente maior entre mulheres. Segundo a pesquisa, 39% dos respondentes estavam insatisfeitos, 36% satisfeitos e 25% indiferentes.
Entre mulheres, 41% se declararam extremamente desmotivadas ou desmotivadas. Já os homens se concentram no outro extremo: 40% se disseram motivados ou extremamente motivados.
Para Urbano, uma das razões que explica essa diferença é a dupla jornada das mulheres, que além de trabalharem em empregos formais também desempenham a maior parte das tarefas domésticas.
Outros motivos são a desigualdade de salários –em média, homens ainda ganham mais que mulheres– e o acesso mais difícil a promoções, que costumam acontecer mais rápido para eles, afirma Urbano.
Fonte: Folha Online - 18/10/2016
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