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Centrais sindicais organizam greve geral contra reformas do governo Temer
Publicado em 19/10/2016 , por Francisco Carlos de Assis e Ricardo Galhardo
Líderes dos sindicatos se reúnem amanhã para definir data da paralisação; nesta terça, grupo protestou contra a alta taxa de juros do País
SÃO PAULO - As centrais sindicais se reunirão na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na quarta-feira (19) para definir um dia nacional de mobilização e paralisações contra as reformas propostas pelo governo Michel Temer. O encontro está previsto para começar às 14h30.
"Os debates se darão no Congresso e precisamos trazer a população para o nosso lado", disse o secretário-geral da Força Sindical, José Carlos Gonçalves, o Juruna.
No início do mês, dirigentes de 79 entidades sindicais que representam trabalhadores do setor de transportes de todo o País concordaram em se engajar em uma greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo.
Participaram representantes dos trabalhadores dos portos, aeroportos, ferrovias e rodovias e sistemas viários urbanos de todos os Estados do País. A data da paralisação, provavelmente dia 10 de novembro, será confirmada na reunião de amanhã.
O engajamento dos trabalhadores dos transportes faz parte da estratégia para dar a maior visibilidade possível à greve geral.
"São metroviários, condutores, aeroviários, portuários e outras categorias do setor, que é estratégico. O transporte tem importância muito grande, pois chama a atenção de todas as pessoas para o debate que está acontecendo no Congresso", disse Juruna.
Além das reformas previdenciária e trabalhista, os sindicalistas vão incluir na pauta da greve a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que cria um teto de gastos para os governos.
"O slogan é ′nenhum direito a menos′ e com a decisão de hoje o movimento se encaminha para a greve geral", disse o diretor executivo da CUT, Julio Turra.
Além de Força e CUT, participaram da reunião no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo, representantes de todas as demais centrais sindicais exceto a Conlutas, ligada do PSTU.
Taxa de juros. Nesta terça-feira (18), cerca de mil manifestantes, segundo contagem de Juruna, reuniram-se em frente à regional do Banco Central (BC), na Avenida Paulista, e protestaram por pouco mais de uma hora contra a elevada taxa básica de juro (Selic).
Não por coincidência, a manifestação foi convocada para esta terça-feira, que marca o primeiro de dois dias do 202º Comitê de Política Monetária (Copom) que deverá, segundo expectativas de analistas do mercado, iniciar um ciclo de cortes da Selic após 15 meses sendo mantida em 14,25% ao ano.
"A manifestação foi pela redução da taxa de juro, que determina emprego, consumo e investimento nas áreas produtivas", disse Juruna. De acordo com o sindicalista, independente de o colegiado poder iniciar amanhã uma trajetória de cortes na taxa de juro de referência da economia, a sociedade precisa de uma demonstração real de que o governo está e vai tomar medidas que venham a valorizar o setor produtivo.
Juruna, que falou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, em nome da Força Sindical (à qual pertence), CUT, UGT, CSB, NCST e CTB, disse ter consciência da existência da defasagem temporal de seis a nove meses entre uma decisão de política monetária e seu efeito na economia. Mas reiterou a necessidade de mobilizar a sociedade para que apoie o movimento pela redução da taxa de juro no longo prazo.
SÃO PAULO - As centrais sindicais se reunirão na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na quarta-feira (19) para definir um dia nacional de mobilização e paralisações contra as reformas propostas pelo governo Michel Temer. O encontro está previsto para começar às 14h30.
"Os debates se darão no Congresso e precisamos trazer a população para o nosso lado", disse o secretário-geral da Força Sindical, José Carlos Gonçalves, o Juruna.
No início do mês, dirigentes de 79 entidades sindicais que representam trabalhadores do setor de transportes de todo o País concordaram em se engajar em uma greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo.
Participaram representantes dos trabalhadores dos portos, aeroportos, ferrovias e rodovias e sistemas viários urbanos de todos os Estados do País. A data da paralisação, provavelmente dia 10 de novembro, será confirmada na reunião de amanhã.
O engajamento dos trabalhadores dos transportes faz parte da estratégia para dar a maior visibilidade possível à greve geral.
"São metroviários, condutores, aeroviários, portuários e outras categorias do setor, que é estratégico. O transporte tem importância muito grande, pois chama a atenção de todas as pessoas para o debate que está acontecendo no Congresso", disse Juruna.
Além das reformas previdenciária e trabalhista, os sindicalistas vão incluir na pauta da greve a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que cria um teto de gastos para os governos.
"O slogan é ′nenhum direito a menos′ e com a decisão de hoje o movimento se encaminha para a greve geral", disse o diretor executivo da CUT, Julio Turra.
Além de Força e CUT, participaram da reunião no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo, representantes de todas as demais centrais sindicais exceto a Conlutas, ligada do PSTU.
Taxa de juros. Nesta terça-feira (18), cerca de mil manifestantes, segundo contagem de Juruna, reuniram-se em frente à regional do Banco Central (BC), na Avenida Paulista, e protestaram por pouco mais de uma hora contra a elevada taxa básica de juro (Selic).
Não por coincidência, a manifestação foi convocada para esta terça-feira, que marca o primeiro de dois dias do 202º Comitê de Política Monetária (Copom) que deverá, segundo expectativas de analistas do mercado, iniciar um ciclo de cortes da Selic após 15 meses sendo mantida em 14,25% ao ano.
"A manifestação foi pela redução da taxa de juro, que determina emprego, consumo e investimento nas áreas produtivas", disse Juruna. De acordo com o sindicalista, independente de o colegiado poder iniciar amanhã uma trajetória de cortes na taxa de juro de referência da economia, a sociedade precisa de uma demonstração real de que o governo está e vai tomar medidas que venham a valorizar o setor produtivo.
Juruna, que falou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, em nome da Força Sindical (à qual pertence), CUT, UGT, CSB, NCST e CTB, disse ter consciência da existência da defasagem temporal de seis a nove meses entre uma decisão de política monetária e seu efeito na economia. Mas reiterou a necessidade de mobilizar a sociedade para que apoie o movimento pela redução da taxa de juro no longo prazo.
Fonte: Estadão - 18/10/2016
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