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Proporção de famílias endividadas cai de 62% em 2013 para 58% em 2016
Publicado em 18/10/2016
Mais de 400 mil famílias conseguiram sair do endividamento no período.Em 2016, famílias tomaram 11% menos empréstimos do que há três anos.
A redução na massa total de rendimentos mensais das famílias brasileiras (de R$ 4,4 bilhões ao mês ou R$ 52,6 bilhões ao ano) resultou na queda de quatro pontos porcentuais na proporção de famílias endividadas nas capitais - passou de 62% em 2013 para 58% em junho deste ano.
Os dados compõem a 6ª edição da Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Isso significa que o número de famílias endividadas no total das capitais caiu de 9,466 milhões no final de 2013 para 9,062 milhões em junho de 2016 - mais de 400 mil famílias conseguiram sair do endividamento no período.
De acordo com a Assessoria Econômica da FecomercioSP, as grandes turbulências nos quadros político e econômico vividos pelo Brasil a partir de 2014 impactaram de maneira expressiva as famílias brasileiras ao deteriorar as condições de renda e emprego, o que ajudou a diminuir as vendas do comércio e retrair as operações de crédito.
O valor total mensal dessas dívidas caiu, em valores reais, cerca de R$ 1 bilhão, passando de R$ 15,2 bilhões em 2013 para R$ 14,2 bilhões em 2016. Já o valor da dívida mensal por família nas capitais caiu de R$ 1.611 em 2013 para R$ 1.569 em junho de 2016. A parcela da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas subiu um ponto porcentual, de 30% em 2013 para 31% em 2016.
Inadimplência
O processo de redução no número de famílias endividadas fez com que restasse um conjunto de famílias com menor poder aquisitivo relativo. O reflexo disso foi uma leve alta na proporção de famílias com dívidas em atraso, que era de 21% em 2013, caiu para 18% no final de 2014 e cresceu para 23% em 2015 e em junho deste ano.
Juros
Em 2016, as famílias de todo o país tomaram 11% menos empréstimos do que há três anos, mas elas tiveram um aumento real no pagamento de juros de 6,3%. Isso se deu em função das fortes altas ocorridas no custo dos financiamentos no período, segundo a FecomercioSP. Os juros passaram de 18,9% acumulados nos seis meses iniciais de 2014 para 24,1% no 1º semestre de 2016. Isso representa sair de uma taxa mensal de 2,9% para 3,7%.
No primeiro semestre de 2014 as famílias despenderam R$ 158,9 bilhões para pagamento de juros de seus empréstimos, e essa despesa passou para R$ 174,4 bilhões no mesmo período de 2016, valor equivalente a 5,7% do PIB semestral. Em 2014, nesses mesmos seis meses, esse valor correspondeu a 4,8% do PIB. Assim, mesmo com a retração na tomada de empréstimos pelas famílias em 2016, o custo pago a título de juros foi R$ 15,5 bilhões maior do que há dois anos.
De 2013 a 2016, o saldo do volume das operações de crédito total para pessoas físicas caiu 11,2% em termos reais, passando de R$ 905 bilhões para R$ 804 bilhões. Ao mesmo tempo, nesse período houve aumento substancial na taxa média anualizada de juro ao consumidor, que passou de 42,7% a.a. em 2013 para a média de 54,1% a.a. em 2016.
Destaques nas capitais
Em junho, Curitiba permaneceu sendo a capital com o maior porcentual de famílias endividadas (86%). Florianópolis continuou no 2º lugar do ranking (85%), mesmo com a redução de três pontos porcentuais em relação a 2013.
Goiânia e Belo Horizonte foram as capitais que, em junho de 2016, apareceram com as menores taxas de famílias endividadas, com 34% e 38%, respectivamente, índices que representam reduções de 16 e 10 pontos porcentuais em relação a dezembro de 2013.
As quatro capitais com as maiores taxas de comprometimento da renda com dívidas estão nas regiões Norte e Nordeste: Manaus (42%), Boa Vista (41%) Teresina (41%) e Natal (36%) – veja abaixo o levantamento completo por capitais da FecomercioSP, para o mês de junho.
1 - Porcentual de famílias endividadas
5 maiores
Curitiba/PR - 86%
Florianópolis/SC - 85%
Boa Vista/RR - 82%
Brasília/DF - 78%
Natal/RN - 76%
5 menores
Teresina/PI - 53%
Salvador/BA - 52%
São Paulo/SP - 49%
Belo Horizonte/MG - 38%
Goiânia/GO - 34%
2 - Número absoluto de famílias endividadas
5 maiores
São Paulo/SP - 1.890.447
Rio de Janeiro/RJ - 1.294.260
Brasília/DF - 708.550
Curitiba/PR - 538.939
Salvador/BA - 491.053
5 menores
Vitória/ES - 79.974
Macapá/AP - 79.564
Boa Vista/RR - 73.628
Rio Branco/AC - 68.181
Palmas/TO - 56.840
3 - Parcela da renda mensal comprometida com dívidas
5 maiores
Manaus/AM - 42%
Boa Vista/RR - 41%
Teresina/PI - 41%
Natal/RN - 36%
Brasília/DF - 35%
5 menores
Maceió/AL - 27%
Belém/PA - 27%
Recife/PE - 23%
Aracaju/SE - 14%
João Pessoa/PB - 13%
4 - Valor médio mensal de dívidas por família
5 maiores
Vitória/ES - R$ 3.222
Porto Alegre/RS - R$ 2.296
Curitiba/PR - R$ 2.133
Belo Horizonte/MG - R$ 2.068
Florianópolis/SC - R$ 2.042
5 menores
São Luís/MA - R$ 1.056
Fortaleza/CE - R$ 992
Aracaju/SE - R$ 784
Maceió/AL - R$ 747
João Pessoa/PB - R$ 612
5 - Porcentual de famílias com dívidas em atraso
5 maiores
Boa Vista/RR - 44%
Macapá/AP - 41%
Belém/PA - 36%
Cuiabá/MT - 35%
Manaus/AM - 35%
5 menores
Teresina/PI - 17%
Belo Horizonte/MG - 16%
Palmas/TO - 14%
Brasília/DF - 14%
João Pessoa/PB - 10%
A redução na massa total de rendimentos mensais das famílias brasileiras (de R$ 4,4 bilhões ao mês ou R$ 52,6 bilhões ao ano) resultou na queda de quatro pontos porcentuais na proporção de famílias endividadas nas capitais - passou de 62% em 2013 para 58% em junho deste ano.
Os dados compõem a 6ª edição da Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Isso significa que o número de famílias endividadas no total das capitais caiu de 9,466 milhões no final de 2013 para 9,062 milhões em junho de 2016 - mais de 400 mil famílias conseguiram sair do endividamento no período.
De acordo com a Assessoria Econômica da FecomercioSP, as grandes turbulências nos quadros político e econômico vividos pelo Brasil a partir de 2014 impactaram de maneira expressiva as famílias brasileiras ao deteriorar as condições de renda e emprego, o que ajudou a diminuir as vendas do comércio e retrair as operações de crédito.
O valor total mensal dessas dívidas caiu, em valores reais, cerca de R$ 1 bilhão, passando de R$ 15,2 bilhões em 2013 para R$ 14,2 bilhões em 2016. Já o valor da dívida mensal por família nas capitais caiu de R$ 1.611 em 2013 para R$ 1.569 em junho de 2016. A parcela da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas subiu um ponto porcentual, de 30% em 2013 para 31% em 2016.
Inadimplência
O processo de redução no número de famílias endividadas fez com que restasse um conjunto de famílias com menor poder aquisitivo relativo. O reflexo disso foi uma leve alta na proporção de famílias com dívidas em atraso, que era de 21% em 2013, caiu para 18% no final de 2014 e cresceu para 23% em 2015 e em junho deste ano.
Juros
Em 2016, as famílias de todo o país tomaram 11% menos empréstimos do que há três anos, mas elas tiveram um aumento real no pagamento de juros de 6,3%. Isso se deu em função das fortes altas ocorridas no custo dos financiamentos no período, segundo a FecomercioSP. Os juros passaram de 18,9% acumulados nos seis meses iniciais de 2014 para 24,1% no 1º semestre de 2016. Isso representa sair de uma taxa mensal de 2,9% para 3,7%.
No primeiro semestre de 2014 as famílias despenderam R$ 158,9 bilhões para pagamento de juros de seus empréstimos, e essa despesa passou para R$ 174,4 bilhões no mesmo período de 2016, valor equivalente a 5,7% do PIB semestral. Em 2014, nesses mesmos seis meses, esse valor correspondeu a 4,8% do PIB. Assim, mesmo com a retração na tomada de empréstimos pelas famílias em 2016, o custo pago a título de juros foi R$ 15,5 bilhões maior do que há dois anos.
De 2013 a 2016, o saldo do volume das operações de crédito total para pessoas físicas caiu 11,2% em termos reais, passando de R$ 905 bilhões para R$ 804 bilhões. Ao mesmo tempo, nesse período houve aumento substancial na taxa média anualizada de juro ao consumidor, que passou de 42,7% a.a. em 2013 para a média de 54,1% a.a. em 2016.
Destaques nas capitais
Em junho, Curitiba permaneceu sendo a capital com o maior porcentual de famílias endividadas (86%). Florianópolis continuou no 2º lugar do ranking (85%), mesmo com a redução de três pontos porcentuais em relação a 2013.
Goiânia e Belo Horizonte foram as capitais que, em junho de 2016, apareceram com as menores taxas de famílias endividadas, com 34% e 38%, respectivamente, índices que representam reduções de 16 e 10 pontos porcentuais em relação a dezembro de 2013.
As quatro capitais com as maiores taxas de comprometimento da renda com dívidas estão nas regiões Norte e Nordeste: Manaus (42%), Boa Vista (41%) Teresina (41%) e Natal (36%) – veja abaixo o levantamento completo por capitais da FecomercioSP, para o mês de junho.
1 - Porcentual de famílias endividadas
5 maiores
Curitiba/PR - 86%
Florianópolis/SC - 85%
Boa Vista/RR - 82%
Brasília/DF - 78%
Natal/RN - 76%
5 menores
Teresina/PI - 53%
Salvador/BA - 52%
São Paulo/SP - 49%
Belo Horizonte/MG - 38%
Goiânia/GO - 34%
2 - Número absoluto de famílias endividadas
5 maiores
São Paulo/SP - 1.890.447
Rio de Janeiro/RJ - 1.294.260
Brasília/DF - 708.550
Curitiba/PR - 538.939
Salvador/BA - 491.053
5 menores
Vitória/ES - 79.974
Macapá/AP - 79.564
Boa Vista/RR - 73.628
Rio Branco/AC - 68.181
Palmas/TO - 56.840
3 - Parcela da renda mensal comprometida com dívidas
5 maiores
Manaus/AM - 42%
Boa Vista/RR - 41%
Teresina/PI - 41%
Natal/RN - 36%
Brasília/DF - 35%
5 menores
Maceió/AL - 27%
Belém/PA - 27%
Recife/PE - 23%
Aracaju/SE - 14%
João Pessoa/PB - 13%
4 - Valor médio mensal de dívidas por família
5 maiores
Vitória/ES - R$ 3.222
Porto Alegre/RS - R$ 2.296
Curitiba/PR - R$ 2.133
Belo Horizonte/MG - R$ 2.068
Florianópolis/SC - R$ 2.042
5 menores
São Luís/MA - R$ 1.056
Fortaleza/CE - R$ 992
Aracaju/SE - R$ 784
Maceió/AL - R$ 747
João Pessoa/PB - R$ 612
5 - Porcentual de famílias com dívidas em atraso
5 maiores
Boa Vista/RR - 44%
Macapá/AP - 41%
Belém/PA - 36%
Cuiabá/MT - 35%
Manaus/AM - 35%
5 menores
Teresina/PI - 17%
Belo Horizonte/MG - 16%
Palmas/TO - 14%
Brasília/DF - 14%
João Pessoa/PB - 10%
Fonte: G1 - 17/10/2016
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