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Irregularidades nos estacionamentos rotativos impedem uso por mais motoristas
Publicado em 18/10/2016
Estacionamentos das cidades avaliadas pecam na fiscalização e tem sistemas vulneráveis, possibilitando que alguns motoristas se aproveitem, tirando e a vaga de outros condutores.
Os estacionamentos rotativos devem possibilitar aos motoristas a oportunidade de parar, por determinados períodos de tempo, em áreas públicas comerciais das cidades. Porém, avaliação da PROTESTE detectou que o despreparo de vendedores, ausência de fiscais, máquinas defeituosas, além de falta de fiscalização estão entre os principais problemas dos estacionamentos públicos rotativos de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Foi observado descumprimento do serviço. Os sistemas e as condições variam em cada lugar. Mas há motoristas que tentam e conseguem ludibriar o sistema e ficar na vaga por mais tempo do que o especificado e deixam mais de um tíquete sobre o painel de seus automóveis. A fiscalização é falha, assim como a informação sobre o prazo de permanência no local. Veja quais foram os problemas específicos cada local
Vendedores descumprem normas no Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro o estacionamento rotativo é controlado por um tíquete de preenchimento manual, adquirido diretamente com o vendedor ou em bancas de jornal. Ele deve ser afixado em um local visível no painel do carro após preenchimento com número da placa, da data e do horário de início de utilização da vaga. Porém, não é informado no formulário o tempo máximo permitido de permanência.
Durante a avaliação, após estacionar e pagar os R$ 2 estipulados para todos os tipos de rotatividade, questionamos sobre o prazo de utilização da vaga e foi informado que poderia ficar o tempo que quisesse, “até 50 horas”, desde que pagasse no ato do estacionamento.
Duas horas após estacionar, retornamos, solicitando outro bilhete para que fosse possível continuar por mais tempo, o que foi prontamente atendido pelo vendedor, após nova cobrança de R$ 2. Dessa vez, porém, não foi entregue outro tíquete, sob o argumento do vendedor de que o que já estava sendo usado bastava para um novo período. Dessa forma, identificamos o descumprimento da obrigatoriedade do uso do talão para estacionar em uma vaga do Rio Rotativo, assim como o evidente descaso do vendedor quanto às regras de trânsito.
App permite novo período em São Paulo
No sistema Zona Azul, o motorista em São Paulo tanto tem a opção de adquirir um tíquete manual quanto o de reservar o estacionamento por meio de três aplicativos. No teste, foi usado o Vaga Inteligente, onde, após realizar cadastro, é possível comprar créditos com cartão de crédito.
A fiscalização pelos agentes de trânsito é feita digitalmente e dispensa a necessidade de deixar um comprovante de pagamento no painel. O tempo limite é sempre de duas horas, ao custo de R$ 10 sem a possibilidade de acréscimo de tempo. Se o condutor não retirar o veículo ao término do período, é considerado irregular e ficará sujeito a multa e guincho.
Durante nossa avaliação, identificamos que, ao fazer uma nova solicitação no aplicativo, é possível burlar o período máximo de permanência na vaga por mais duas horas. Não existe qualquer identificação no aplicativo da vaga utilizada. Isso faz com que usuários aproveitem irregularmente do serviço, e com isso, tirem a vaga e a vez de outros motoristas. Fato que contraria o propósito da rotatividade.
Salvador: falta de fiscal e vaga estendida
Embora compartilhe o mesmo nome do estacionamento rotativo público de São Paulo, o Zona Azul da capital baiana se assemelha ao sistema usado no Rio de Janeiro. O tíquete é comprado com o vendedor ou em bancas de jornal, e o tempo, assim como o preço, variam de acordo com a região da cidade, abrangendo de longa (12 horas) a curta duração (duas).
Durante o teste, o carro foi estacionado pagando os R$ 3 referentes às duas horas, conforme a correta sinalização, que trazia o horário do serviço e o período máximo permitido. Após o prazo de permanência na vaga, retornamos ao local informando solicitando que o carro se mantivesse estacionado por outra fração. A resposta dada pelo vendedor foi a de que ele não precisaria pagar a mais, porque o fiscal do serviço não passaria pela região naquele horário. Mais uma vez, assim como nas outras cidades avaliadas, identificamos uma atitude equivocada e má intencionada por parte do profissional responsável por zelar pelo cumprimento da rotatividade em vias públicas.
Tecnologia falha em Porto Alegre
Em Porto Alegre à primeira vista, o Área Azul aparenta ser vantajoso em relação a estacionamentos rotativos públicos das outras cidades. Mais moderno, ele é controlado por parquímetros e fiscalização (feita por fiscais e também por meio eletrônico), e possibilita ao condutor a opção de pagar proporcionalmente pelo período de uso, para parar em qualquer vaga até o vencimento do horário nele impresso.
Porém, durante a avaliação encontramos parquímetros fora do ar em três ruas. Depois de finalizado o período de duas horas, foi possível comprar um novo bilhete para permanecer na mesma vaga, pois não é necessário informar a placa do carro ao usar o equipamento. Sendo assim, o sistema não consegue bloquear o acesso a um novo tíquete. Ou seja, caso o fiscal não esteja no local naquele momento, também é possível continuar por mais tempo do que o permitido.
Os estacionamentos rotativos devem possibilitar aos motoristas a oportunidade de parar, por determinados períodos de tempo, em áreas públicas comerciais das cidades. Porém, avaliação da PROTESTE detectou que o despreparo de vendedores, ausência de fiscais, máquinas defeituosas, além de falta de fiscalização estão entre os principais problemas dos estacionamentos públicos rotativos de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Foi observado descumprimento do serviço. Os sistemas e as condições variam em cada lugar. Mas há motoristas que tentam e conseguem ludibriar o sistema e ficar na vaga por mais tempo do que o especificado e deixam mais de um tíquete sobre o painel de seus automóveis. A fiscalização é falha, assim como a informação sobre o prazo de permanência no local. Veja quais foram os problemas específicos cada local
Vendedores descumprem normas no Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro o estacionamento rotativo é controlado por um tíquete de preenchimento manual, adquirido diretamente com o vendedor ou em bancas de jornal. Ele deve ser afixado em um local visível no painel do carro após preenchimento com número da placa, da data e do horário de início de utilização da vaga. Porém, não é informado no formulário o tempo máximo permitido de permanência.
Durante a avaliação, após estacionar e pagar os R$ 2 estipulados para todos os tipos de rotatividade, questionamos sobre o prazo de utilização da vaga e foi informado que poderia ficar o tempo que quisesse, “até 50 horas”, desde que pagasse no ato do estacionamento.
Duas horas após estacionar, retornamos, solicitando outro bilhete para que fosse possível continuar por mais tempo, o que foi prontamente atendido pelo vendedor, após nova cobrança de R$ 2. Dessa vez, porém, não foi entregue outro tíquete, sob o argumento do vendedor de que o que já estava sendo usado bastava para um novo período. Dessa forma, identificamos o descumprimento da obrigatoriedade do uso do talão para estacionar em uma vaga do Rio Rotativo, assim como o evidente descaso do vendedor quanto às regras de trânsito.
App permite novo período em São Paulo
No sistema Zona Azul, o motorista em São Paulo tanto tem a opção de adquirir um tíquete manual quanto o de reservar o estacionamento por meio de três aplicativos. No teste, foi usado o Vaga Inteligente, onde, após realizar cadastro, é possível comprar créditos com cartão de crédito.
A fiscalização pelos agentes de trânsito é feita digitalmente e dispensa a necessidade de deixar um comprovante de pagamento no painel. O tempo limite é sempre de duas horas, ao custo de R$ 10 sem a possibilidade de acréscimo de tempo. Se o condutor não retirar o veículo ao término do período, é considerado irregular e ficará sujeito a multa e guincho.
Durante nossa avaliação, identificamos que, ao fazer uma nova solicitação no aplicativo, é possível burlar o período máximo de permanência na vaga por mais duas horas. Não existe qualquer identificação no aplicativo da vaga utilizada. Isso faz com que usuários aproveitem irregularmente do serviço, e com isso, tirem a vaga e a vez de outros motoristas. Fato que contraria o propósito da rotatividade.
Salvador: falta de fiscal e vaga estendida
Embora compartilhe o mesmo nome do estacionamento rotativo público de São Paulo, o Zona Azul da capital baiana se assemelha ao sistema usado no Rio de Janeiro. O tíquete é comprado com o vendedor ou em bancas de jornal, e o tempo, assim como o preço, variam de acordo com a região da cidade, abrangendo de longa (12 horas) a curta duração (duas).
Durante o teste, o carro foi estacionado pagando os R$ 3 referentes às duas horas, conforme a correta sinalização, que trazia o horário do serviço e o período máximo permitido. Após o prazo de permanência na vaga, retornamos ao local informando solicitando que o carro se mantivesse estacionado por outra fração. A resposta dada pelo vendedor foi a de que ele não precisaria pagar a mais, porque o fiscal do serviço não passaria pela região naquele horário. Mais uma vez, assim como nas outras cidades avaliadas, identificamos uma atitude equivocada e má intencionada por parte do profissional responsável por zelar pelo cumprimento da rotatividade em vias públicas.
Tecnologia falha em Porto Alegre
Em Porto Alegre à primeira vista, o Área Azul aparenta ser vantajoso em relação a estacionamentos rotativos públicos das outras cidades. Mais moderno, ele é controlado por parquímetros e fiscalização (feita por fiscais e também por meio eletrônico), e possibilita ao condutor a opção de pagar proporcionalmente pelo período de uso, para parar em qualquer vaga até o vencimento do horário nele impresso.
Porém, durante a avaliação encontramos parquímetros fora do ar em três ruas. Depois de finalizado o período de duas horas, foi possível comprar um novo bilhete para permanecer na mesma vaga, pois não é necessário informar a placa do carro ao usar o equipamento. Sendo assim, o sistema não consegue bloquear o acesso a um novo tíquete. Ou seja, caso o fiscal não esteja no local naquele momento, também é possível continuar por mais tempo do que o permitido.
Fonte: Proteste - proteste.org.br - 17/10/2016
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