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Quatro passos para pais começarem a ensinar os filhos a lidar com o dinheiro
Publicado em 10/10/2016
Com a proximidade do Dia das Crianças e o ímpeto para o consumo cada vez maior, faz-se fundamental o debate sobre o papel dos pais no desenvolvimento da educação financeira. Veja o que diz especialista
Com a proximidade do Dia das Crianças e o ímpeto para o consumo cada vez maior, se torna fundamental o debate sobre o papel dos pais no desenvolvimento da educação financeira de seus filhos, assim como a relação entre as crianças e o dinheiro. Afinal, não é mais possível que esse tema seja creditado somente às escolas (isso quando ele é trabalhado...).
Enfim, diante de um cenário de consumismo desenfreado, de uma população endividada e de grande parte das pessoas frustrada por não conseguir realizar seus sonhos financeiros, ensinar aos pequenos sobre como lidar com dinheiro e os anseios de consumo que temos ao longo da vida se torna indispensável – além de ser um desafio.
“Lembro que as famílias têm papel fundamental no significado que os filhos atribuem ao dinheiro e a forma como se lida com seus recursos financeiros pode influenciar a maneira como a criança irá administrar seus bens no futuro”, afirma Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), autor dos livros “Terapia Financeira” e “Mesada não é só dinheiro”.
Segundo o especialista, muitos pais, que não receberam orientação dessa natureza quando eram crianças, encontram dificuldade de transmitir esse tipo de conhecimento. Contudo, é preciso buscar informações nesse sentido a fim de não criar filhos “descontrolados” financeiramente.
“Um dos caminhos para famílias educarem financeiramente seus filhos é estimular que esses identifiquem seus sonhos de curto, médio e longo prazo. Assim, deve-se ensiná-los a investigar quanto custa o que desejam e, junto dos adultos, vão aprendendo a poupar. A partir dos sete anos, por exemplo, isso pode acontecer por meio de semanada ou mesada”, explica.
Quando começar?
As crianças são muito observadoras, por natureza. Por isso, desde muito cedo são capazes de perceber que o dinheiro tem grande importância na vida dos pais e, em paralelo, elas vão sendo estimulados por desejos de consumo. Por isso, a partir de sua percepção e de seu entendimento, que começa, normalmente, por volta dos três anos, seu filho já pode e deve começar a ter desenvolvida sua educação financeira.
Quer ver como isso acontece naturalmente? Os pequenos, frequentemente, observam os adultos entregando moedas, cartões e cheques em vários locais em troca de mercadorias. Ou seja, observam que se troca isso por coisas que se quer ter. Ao mesmo tempo, crianças e jovens estão expostos às mensagens publicitárias que estimulam o desejo de compra. Desse modo, são duas forças importantes que movimentam a sociedade e, portanto, precisam ser bem compreendidas.
Combatendo o consumismo
O antídoto para possíveis efeitos nocivos do estímulo ao consumo é o envolvimento das crianças nas decisões familiares sobre os gastos. Mostre que os sonhos devem ser colocados em primeiro lugar, o que nos força a ter objetivos, fazer escolhas, economizar em alguns parâmetros para conseguir o que desejamos alcançar. “Ensine aos seus filhos que nada é mágico, porém, tudo é possível desde que o dinheiro seja usado com foco e sabedoria”, pontua Domingos.
Esse hábito permite que crianças e jovens entendam a ideia de “acordo financeiro” como negociação – e não uma negação engessada dos pais. Ou seja, perceberão que é possível ter, porém, nem sempre isso acontecerá no momento que querem.
De acordo com o especialista consultado, essa prática também ajuda a aliviar o sentimento de “culpa” de muitos pais, porque, nesse exercício, também aprenderão a se reeducar financeiramente e a deixar de ver o poder de compras como uma válvula de escape para suprir lacunas em outros aspectos da vida.
Consequências da não educação
Uma criança que não é educada financeiramente trará grandes problemas de descontrole para os pais. Há casos típicos: aquelas que querem tudo o que veem na frente e, se recebem a negativa, fazem birras.
A publicidade eleva as crianças ao status de “consumidor”, mesmo que elas não estejam preparadas para isso. Não têm consciência e sabedoria para entender o quanto são manipuladas ou não. Muitas entidades e organizações, combatem esse problema contemporâneo, mas ainda há muito o que ser feito.
Assim, os chamados “desejos imediatos” nos pequenos, quando desejam muito possuir algum produto, não significam, necessariamente, que podem ser considerados consumistas. Afinal, da mesma maneira rápida que vem essa vontade, do mesmo jeito irá embora.
Segundo Domingos, uma situação que pode indicar uma criança excessivamente consumista, de verdade, é quando ela gasta todo a mesada rapidamente (e de forma frequente) e logo já vem pedir mais dinheiro aos adultos.
Você é o exemplo
Os pais são referências para os filhos em todos os contextos. No financeiro, não seria diferente. Por isso, a família deve ter seus valores, já que não é coerente (e pode ser muito difícil para uma criança entender) que os pais gastem sem parar, façam compras desnecessárias na sua frente, quando se diz que é preciso ter cuidados econômicos.
“Assim, é fundamental ter muito cuidado com o exemplo que os familiares passam, e desde cedo, demonstrar que a felicidade não está associada ao consumismo desenfreado e, sim, na atitude para atingir seus objetivos”, destaca Domingos.
No caso do exemplo externo, a família também terá um papel de grande relevância, que é o de estabelecer os limites para esta atitude. Os pais podem reforçar ou não a atitude consumista da criança e, caso o comportamento e a relação com o dinheiro não mudarem nesse primeiro momento, é muito provável que ela se torne um adulto sem limite nos seus gastos.
Com a proximidade do Dia das Crianças e o ímpeto para o consumo cada vez maior, se torna fundamental o debate sobre o papel dos pais no desenvolvimento da educação financeira de seus filhos, assim como a relação entre as crianças e o dinheiro. Afinal, não é mais possível que esse tema seja creditado somente às escolas (isso quando ele é trabalhado...).
Enfim, diante de um cenário de consumismo desenfreado, de uma população endividada e de grande parte das pessoas frustrada por não conseguir realizar seus sonhos financeiros, ensinar aos pequenos sobre como lidar com dinheiro e os anseios de consumo que temos ao longo da vida se torna indispensável – além de ser um desafio.
“Lembro que as famílias têm papel fundamental no significado que os filhos atribuem ao dinheiro e a forma como se lida com seus recursos financeiros pode influenciar a maneira como a criança irá administrar seus bens no futuro”, afirma Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), autor dos livros “Terapia Financeira” e “Mesada não é só dinheiro”.
Segundo o especialista, muitos pais, que não receberam orientação dessa natureza quando eram crianças, encontram dificuldade de transmitir esse tipo de conhecimento. Contudo, é preciso buscar informações nesse sentido a fim de não criar filhos “descontrolados” financeiramente.
“Um dos caminhos para famílias educarem financeiramente seus filhos é estimular que esses identifiquem seus sonhos de curto, médio e longo prazo. Assim, deve-se ensiná-los a investigar quanto custa o que desejam e, junto dos adultos, vão aprendendo a poupar. A partir dos sete anos, por exemplo, isso pode acontecer por meio de semanada ou mesada”, explica.
Quando começar?
As crianças são muito observadoras, por natureza. Por isso, desde muito cedo são capazes de perceber que o dinheiro tem grande importância na vida dos pais e, em paralelo, elas vão sendo estimulados por desejos de consumo. Por isso, a partir de sua percepção e de seu entendimento, que começa, normalmente, por volta dos três anos, seu filho já pode e deve começar a ter desenvolvida sua educação financeira.
Quer ver como isso acontece naturalmente? Os pequenos, frequentemente, observam os adultos entregando moedas, cartões e cheques em vários locais em troca de mercadorias. Ou seja, observam que se troca isso por coisas que se quer ter. Ao mesmo tempo, crianças e jovens estão expostos às mensagens publicitárias que estimulam o desejo de compra. Desse modo, são duas forças importantes que movimentam a sociedade e, portanto, precisam ser bem compreendidas.
Combatendo o consumismo
O antídoto para possíveis efeitos nocivos do estímulo ao consumo é o envolvimento das crianças nas decisões familiares sobre os gastos. Mostre que os sonhos devem ser colocados em primeiro lugar, o que nos força a ter objetivos, fazer escolhas, economizar em alguns parâmetros para conseguir o que desejamos alcançar. “Ensine aos seus filhos que nada é mágico, porém, tudo é possível desde que o dinheiro seja usado com foco e sabedoria”, pontua Domingos.
Esse hábito permite que crianças e jovens entendam a ideia de “acordo financeiro” como negociação – e não uma negação engessada dos pais. Ou seja, perceberão que é possível ter, porém, nem sempre isso acontecerá no momento que querem.
De acordo com o especialista consultado, essa prática também ajuda a aliviar o sentimento de “culpa” de muitos pais, porque, nesse exercício, também aprenderão a se reeducar financeiramente e a deixar de ver o poder de compras como uma válvula de escape para suprir lacunas em outros aspectos da vida.
Consequências da não educação
Uma criança que não é educada financeiramente trará grandes problemas de descontrole para os pais. Há casos típicos: aquelas que querem tudo o que veem na frente e, se recebem a negativa, fazem birras.
A publicidade eleva as crianças ao status de “consumidor”, mesmo que elas não estejam preparadas para isso. Não têm consciência e sabedoria para entender o quanto são manipuladas ou não. Muitas entidades e organizações, combatem esse problema contemporâneo, mas ainda há muito o que ser feito.
Assim, os chamados “desejos imediatos” nos pequenos, quando desejam muito possuir algum produto, não significam, necessariamente, que podem ser considerados consumistas. Afinal, da mesma maneira rápida que vem essa vontade, do mesmo jeito irá embora.
Segundo Domingos, uma situação que pode indicar uma criança excessivamente consumista, de verdade, é quando ela gasta todo a mesada rapidamente (e de forma frequente) e logo já vem pedir mais dinheiro aos adultos.
Você é o exemplo
Os pais são referências para os filhos em todos os contextos. No financeiro, não seria diferente. Por isso, a família deve ter seus valores, já que não é coerente (e pode ser muito difícil para uma criança entender) que os pais gastem sem parar, façam compras desnecessárias na sua frente, quando se diz que é preciso ter cuidados econômicos.
“Assim, é fundamental ter muito cuidado com o exemplo que os familiares passam, e desde cedo, demonstrar que a felicidade não está associada ao consumismo desenfreado e, sim, na atitude para atingir seus objetivos”, destaca Domingos.
No caso do exemplo externo, a família também terá um papel de grande relevância, que é o de estabelecer os limites para esta atitude. Os pais podem reforçar ou não a atitude consumista da criança e, caso o comportamento e a relação com o dinheiro não mudarem nesse primeiro momento, é muito provável que ela se torne um adulto sem limite nos seus gastos.
Fonte: Brasil Econômico - 07/10/2016
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