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PSDB flexibiliza prazos e admite envio da Previdência após eleições
Publicado em 28/09/2016 , por DANIEL CARVALHO e MARINA DIAS
Após reunião fora da agenda oficial com o presidente Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu nesta terça-feira (27) flexibilizar prazos e disse que a reforma da Previdência deve ser enviada ao Congresso "quando estiver pronta", sem ser "condicionada" ao calendário eleitoral.
A posição é diferente da adotada até aqui pelo PSDB. Os tucanos cobravam publicamente austeridade fiscal por parte do governo e pressionavam para que o texto fosse encaminhado ao Legislativo o quanto antes, o que chegou a gerar um racha dentro do Planalto, com ministros defendendo prazos divergentes.
"Defendo que siga para o Congresso quando estiver pronta. O PSDB é claro na defesa dessa proposta, só quando tiver amadurecida. Não cobrei do presidente Temer este prazo. Não deve ser condicionada ao calendário eleitoral e o presidente concorda nessa direção. Não vejo o presidente preocupado com o envio antes ou depois das eleições", afirmou Aécio.
O presidente do PSDB defendeu ainda que o envio e a discussão da proposta devam ser feitos "este ano", mas admitiu que a votação vai acontecer somente no "primeiro semestre" de 2017.
Dois dos principais auxiliares de Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) tinham opiniões diferentes quanto à data para o envio da proposta. O primeiro queria que isso fosse feito o quanto antes, enquanto Geddel defendia que o projeto fosse ao Congresso somente após as eleições para não atrapalhar candidatos governistas em suas campanhas.
A divergência provocou idas e vindas na decisão do próprio Temer que, há duas semanas, prometeu ouvir diversos setores antes de bater o martelo. No entanto, nenhuma reunião foi marcada.
Nesta terça, o presidente e seus ministros devem discutir o assunto e levar uma definição sobre a data para os líderes da base aliada em jantar marcado no Palácio da Alvorada.
TETO DE GASTOS
Na reunião do Alvorada, o objetivo central será discutir a aprovação do projeto que limita os gastos públicos do governo, considerado prioridade da equipe econômica de Temer, e fechar uma data para a votação.
Diante de inúmeras emendas já apresentadas por parlamentares, Aécio defendeu a necessidade de "não se mexer na estrutura do texto", assim como quer o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O tucano disse que o Planalto tem maioria para aprovar tanto a PEC do teto como a reforma da Previdência. A primeira votação, segundo ele, deve acontecer, até novembro.
BOLSA FAMÍLIA
Segundo Aécio, o propósito da reunião com Temer era discutir políticas sociais e o projeto do tucano que, desde a campanha presidencial de 2014, quer tornar o Bolsa Família uma "política de Estado". Dessa forma, qualquer governo estaria obrigado a manter o programa, vitrine da gestão petista.
Outro ponto defendido pelo presidente do PSDB é a manutenção do Bolsa Família por seis meses para beneficiários que conseguirem um emprego.
"Pode parecer, para algumas pessoas, estranho, mas não é, porque o que temos constatado no país inteiro é o receio de beneficiários do Bolsa Família de arriscarem um emprego com carteira assinada sem saber até quando vai ficar naquele emprego e, depois, perder e não conseguir retornar ao programa".
A posição é diferente da adotada até aqui pelo PSDB. Os tucanos cobravam publicamente austeridade fiscal por parte do governo e pressionavam para que o texto fosse encaminhado ao Legislativo o quanto antes, o que chegou a gerar um racha dentro do Planalto, com ministros defendendo prazos divergentes.
"Defendo que siga para o Congresso quando estiver pronta. O PSDB é claro na defesa dessa proposta, só quando tiver amadurecida. Não cobrei do presidente Temer este prazo. Não deve ser condicionada ao calendário eleitoral e o presidente concorda nessa direção. Não vejo o presidente preocupado com o envio antes ou depois das eleições", afirmou Aécio.
O presidente do PSDB defendeu ainda que o envio e a discussão da proposta devam ser feitos "este ano", mas admitiu que a votação vai acontecer somente no "primeiro semestre" de 2017.
Dois dos principais auxiliares de Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) tinham opiniões diferentes quanto à data para o envio da proposta. O primeiro queria que isso fosse feito o quanto antes, enquanto Geddel defendia que o projeto fosse ao Congresso somente após as eleições para não atrapalhar candidatos governistas em suas campanhas.
A divergência provocou idas e vindas na decisão do próprio Temer que, há duas semanas, prometeu ouvir diversos setores antes de bater o martelo. No entanto, nenhuma reunião foi marcada.
Nesta terça, o presidente e seus ministros devem discutir o assunto e levar uma definição sobre a data para os líderes da base aliada em jantar marcado no Palácio da Alvorada.
TETO DE GASTOS
Na reunião do Alvorada, o objetivo central será discutir a aprovação do projeto que limita os gastos públicos do governo, considerado prioridade da equipe econômica de Temer, e fechar uma data para a votação.
Diante de inúmeras emendas já apresentadas por parlamentares, Aécio defendeu a necessidade de "não se mexer na estrutura do texto", assim como quer o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O tucano disse que o Planalto tem maioria para aprovar tanto a PEC do teto como a reforma da Previdência. A primeira votação, segundo ele, deve acontecer, até novembro.
BOLSA FAMÍLIA
Segundo Aécio, o propósito da reunião com Temer era discutir políticas sociais e o projeto do tucano que, desde a campanha presidencial de 2014, quer tornar o Bolsa Família uma "política de Estado". Dessa forma, qualquer governo estaria obrigado a manter o programa, vitrine da gestão petista.
Outro ponto defendido pelo presidente do PSDB é a manutenção do Bolsa Família por seis meses para beneficiários que conseguirem um emprego.
"Pode parecer, para algumas pessoas, estranho, mas não é, porque o que temos constatado no país inteiro é o receio de beneficiários do Bolsa Família de arriscarem um emprego com carteira assinada sem saber até quando vai ficar naquele emprego e, depois, perder e não conseguir retornar ao programa".
Fonte: Folha Online - 27/09/2016
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