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Banco criado por BB e Bradesco lança cartão para concorrer com Nubank
Publicado em 14/09/2016 , por Marina Gazzoni
Por meio da Elo Participações, bancos fundaram o CBSS em 2014 com foco na baixa renda, mas projeto se transformou e agora está voltado ao público jovem; com cartão sem anuidade e gerido em app, instituição quer concorrer com startups financeiras
O banco CBSS, uma nova instituição financeira controlada indiretamente por Banco do Brasil e Bradesco, colocou no ar sem fazer alarde um sistema digital para venda e gestão de cartão de crédito. Batizada de Digio, a plataforma lembra a proposta do Nubank, uma startup brasileira que oferece cartão de crédito sem anuidade e com gestão no aplicativo. O banco já recebeu 100 mil pedidos de cartão de crédito e emitiu cerca de 20 mil plásticos, apurou o ‘Estado’ com uma fonte próxima à companhia.
O banco CBSS é mais uma empresa criada em conjunto por Banco do Brasil e Bradesco por meio da holding Elo Participações (Elopar). A holding também é dona da Alelo, de benefícios, da companhia de fidelidade Livelo, da Stelo, de pagamentos, e da Movera, de microcrédito. Os dois bancos também são acionistas da Cielo e da bandeira de cartões Elo, que tem ainda a Caixa Econômica como sócia.
Criado em maio de 2014, o banco CBSS nasceu para ser uma instituição focada na população de baixa renda. Hoje o projeto se transformou em um banco enxuto, focado no cliente que está começando sua vida financeira, especialmente o público jovem, de qualquer faixa de renda, apurou o Estado. Com uma estrutura separada da operação do Bradesco e Banco do Brasil, o banco CBSS se tornou uma espécie de fintech (uma startup do setor financeiro), focada em criar e testar novas tecnologias para o setor bancário.
Por meio do site ou de um aplicativo no celular, o cliente pode solicitar um cartão de crédito. Por enquanto, a única opção é a bandeira Visa, mas as demais bandeiras também estarão disponíveis. Todo o processo é feito na plataforma virtual – os documentos são digitalizados e a foto do cadastro pode ser um selfie. O cliente pode aumentar ou diminuir o limite do cartão no app e até informar um roubo ou perda do cartão.
Além do modelo tradicional de avaliação de crédito dos bancos, o processo de liberação de crédito inclui também uma análise do perfil do cliente em redes sociais.
O nome CBSS é provisório e deverá ser trocado – Digio é uma das possibilidades, apurou o Estado. No futuro, o banco também oferecerá cartões pré-pagos, empréstimos pessoais e seguros. O banco CBSS e a Livelo já avaliam a criação de um programa de fidelidade para os usuários do cartão do banco.
Além da plataforma Digio, os produtos do banco CBSS são vendidos nas cerca de 140 lojas da financeira Ibi, incorporada em 2011 à holding Elopar. O presidente da Ibi, Carlos Giovane Neves, está também à frente das operações do banco CBSS.
Procurado, o banco CBSS informou que a “Digio é uma plataforma digital de meios de pagamento criada para proporcionar uma nova experiência de uso do cartão de crédito desde o momento da solicitação via celular até a gestão dos gastos em tempo real de forma simples, ágil e segura”. A instituição disse ainda que o produto está em fase piloto e deve ser lançado oficialmente “em breve”.
Corrida. Os bancos estão no meio de uma corrida por inovação. Desafiados por startups que usam estruturas enxutas para vender serviços financeiros, eles estão investindo em soluções similares às das startups e até mesmo adquirindo empresas inovadoras. O Santander, por exemplo, comprou a ContaSuper, startup que oferece uma conta digital. O Bradesco está criando o Next, um banco digital focado no público jovem.
Para o coordenador do Centro de Estudos de Private Equity e Venture Capital da FGV, Newton Campos, o movimento dos bancos reflete uma nova demanda do consumidor. Os clientes querem menos burocracia nos serviços bancários e mais transparência dos bancos na cobrança de taxas. “O nome do jogo é simplicidade”, afirma campos.
Ao comprarem ou criarem suas próprias startups, uma das tendências é que essas estruturas funcionem separadamente da operação dos bancos, explica Guilherme Horn, diretor executivo de Inovação da consultoria Accenture. “As grandes empresas têm vícios e burocracias no seu modelo de gestão. As fintechs vêm com um novo modelo mental. É uma forma de rejuvenescer a cultura do banco”, disse Horn.
O Santander, por exemplo, mantém a ContaSuper com gestão independente, mas já começou a oferecer os seus serviços nas agências do banco. “Nós unimos a leveza da startup com a solidez do banco”, diz Ezequiel Archipretre, presidente da ContaSuper. A previsão é chegar ao fim do mês com 700 mil contas abertas, contra 350 mil registradas em janeiro de 2015, quando o Santander investiu na empresa. Entre os principais públicos alvo estão jovens, prestadores de serviços e clientes do interior do País, onde a rede de agências é menor.
O banco CBSS, uma nova instituição financeira controlada indiretamente por Banco do Brasil e Bradesco, colocou no ar sem fazer alarde um sistema digital para venda e gestão de cartão de crédito. Batizada de Digio, a plataforma lembra a proposta do Nubank, uma startup brasileira que oferece cartão de crédito sem anuidade e com gestão no aplicativo. O banco já recebeu 100 mil pedidos de cartão de crédito e emitiu cerca de 20 mil plásticos, apurou o ‘Estado’ com uma fonte próxima à companhia.
O banco CBSS é mais uma empresa criada em conjunto por Banco do Brasil e Bradesco por meio da holding Elo Participações (Elopar). A holding também é dona da Alelo, de benefícios, da companhia de fidelidade Livelo, da Stelo, de pagamentos, e da Movera, de microcrédito. Os dois bancos também são acionistas da Cielo e da bandeira de cartões Elo, que tem ainda a Caixa Econômica como sócia.
Criado em maio de 2014, o banco CBSS nasceu para ser uma instituição focada na população de baixa renda. Hoje o projeto se transformou em um banco enxuto, focado no cliente que está começando sua vida financeira, especialmente o público jovem, de qualquer faixa de renda, apurou o Estado. Com uma estrutura separada da operação do Bradesco e Banco do Brasil, o banco CBSS se tornou uma espécie de fintech (uma startup do setor financeiro), focada em criar e testar novas tecnologias para o setor bancário.
Por meio do site ou de um aplicativo no celular, o cliente pode solicitar um cartão de crédito. Por enquanto, a única opção é a bandeira Visa, mas as demais bandeiras também estarão disponíveis. Todo o processo é feito na plataforma virtual – os documentos são digitalizados e a foto do cadastro pode ser um selfie. O cliente pode aumentar ou diminuir o limite do cartão no app e até informar um roubo ou perda do cartão.
Além do modelo tradicional de avaliação de crédito dos bancos, o processo de liberação de crédito inclui também uma análise do perfil do cliente em redes sociais.
O nome CBSS é provisório e deverá ser trocado – Digio é uma das possibilidades, apurou o Estado. No futuro, o banco também oferecerá cartões pré-pagos, empréstimos pessoais e seguros. O banco CBSS e a Livelo já avaliam a criação de um programa de fidelidade para os usuários do cartão do banco.
Além da plataforma Digio, os produtos do banco CBSS são vendidos nas cerca de 140 lojas da financeira Ibi, incorporada em 2011 à holding Elopar. O presidente da Ibi, Carlos Giovane Neves, está também à frente das operações do banco CBSS.
Procurado, o banco CBSS informou que a “Digio é uma plataforma digital de meios de pagamento criada para proporcionar uma nova experiência de uso do cartão de crédito desde o momento da solicitação via celular até a gestão dos gastos em tempo real de forma simples, ágil e segura”. A instituição disse ainda que o produto está em fase piloto e deve ser lançado oficialmente “em breve”.
Corrida. Os bancos estão no meio de uma corrida por inovação. Desafiados por startups que usam estruturas enxutas para vender serviços financeiros, eles estão investindo em soluções similares às das startups e até mesmo adquirindo empresas inovadoras. O Santander, por exemplo, comprou a ContaSuper, startup que oferece uma conta digital. O Bradesco está criando o Next, um banco digital focado no público jovem.
Para o coordenador do Centro de Estudos de Private Equity e Venture Capital da FGV, Newton Campos, o movimento dos bancos reflete uma nova demanda do consumidor. Os clientes querem menos burocracia nos serviços bancários e mais transparência dos bancos na cobrança de taxas. “O nome do jogo é simplicidade”, afirma campos.
Ao comprarem ou criarem suas próprias startups, uma das tendências é que essas estruturas funcionem separadamente da operação dos bancos, explica Guilherme Horn, diretor executivo de Inovação da consultoria Accenture. “As grandes empresas têm vícios e burocracias no seu modelo de gestão. As fintechs vêm com um novo modelo mental. É uma forma de rejuvenescer a cultura do banco”, disse Horn.
O Santander, por exemplo, mantém a ContaSuper com gestão independente, mas já começou a oferecer os seus serviços nas agências do banco. “Nós unimos a leveza da startup com a solidez do banco”, diz Ezequiel Archipretre, presidente da ContaSuper. A previsão é chegar ao fim do mês com 700 mil contas abertas, contra 350 mil registradas em janeiro de 2015, quando o Santander investiu na empresa. Entre os principais públicos alvo estão jovens, prestadores de serviços e clientes do interior do País, onde a rede de agências é menor.
Fonte: Estadão - 13/09/2016
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