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Procura por seguro que garante quitação de dívida cresceu 23% no 1º semestre
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Procura por seguro que garante quitação de dívida cresceu 23% no 1º semestre

Publicado em 12/09/2016 , por Martha Imenes

Ao todo, volume de prêmios somou R$ 3,53 bilhões de janeiro a junho. Consumidores podem optar por embutir valor na parcela do financiamento

Brasília - A procura pelo seguro prestamista, que garante a quitação de dívida ou de planos de financiamento de imóveis no caso de sua morte ou até mesmo desemprego, está em alta. Levantamento da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostra que nos primeiros seis meses deste ano, houve crescimento de 23% no volume de sinistros, totalizando mais de R$ 663 milhões gastos em indenização. Ao todo, o volume de prêmios somou R$3,53 bilhões no período.

Mas como funciona? Ao contratar um financiamento de longo prazo o consumidor pode optar por embutir na parcela do financiamento imobiliário esse tipo de seguro. E, em caso de inadimplência, a dívida é paga. Tudo depende do contrato assinado.

“Não há um público alvo. Toda pessoa interessada neste tipo de garantia, pode contratar um seguro prestamista”, informa o vice-presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Dorival Alves de Sousa.

Para o especialista em finanças Alexandre Prado, este seguro tem vantagens mútuas para consumidores e empresas. “Para as companhias, funciona como instrumento auxiliar na redução da inadimplência, e para os familiares do segurado, como garantia de preservação do patrimônio”, afirma.

“Uma pessoa que faça um financiamento de imóvel, por exemplo, paga parcelas mínimas e diluídas. No caso de falecimento do mutuário, o seguro cobre o restante do financiamento e a dívida não passa para os outros herdeiros”, conta. O especialista orienta que em caso de financiamento de longo prazo, como na compra da casa própria, é interessante que o consumidor adquira também o seguro prestamista. “É a garantia de que o bem não será retomado”, diz.

Outro exemplo, segundo Alexandre Prado, é o setor de Educação. “Algumas instituições de ensino também oferecem esse tipo de seguro para se preservar de inadimplência”, informa.

Ele acrescenta que caso aconteça algo que resulte na falta de pagamento, como desemprego involuntário, o seguro prestamista fornece proteção financeira para a quitação de determinadas prestações, como compras parceladas e mensalidades.

Universal Life vai revolucionar mercado, diz diretora da Susep

A diretora de Supervisão de Conduta da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Helena Venceslau, afirmou que a entidade deve aprovar muito em breve o lançamento de um novo modelo de seguro de vida. O Universal Life é uma nova modalidade que terá parte do que é pago (prêmio) destinado à formação de uma poupança para os segurados. Ao final do contrato, esse depósito poderá ser sacado.

Com isso, evita-se a sensação de ter desembolsado recursos por algo e que não houve nenhum retorno para os segurados, como ocorre em um seguro de vida comum. A minuta do normativo deverá ser encaminhada ao Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

“Só estamos esperando o agendamento da próxima reunião do conselho. A expectativa com o Universal Life é muito grande, vai ser uma revolução no mercado”, disse.

Helena informou que a Susep discute a formulação de um novo produto de longevidade e mudanças no planos de previdência VGBL e PGBL. “Esses dois modelos precisam ter características mais de previdência e menos de instrumento financeiro”, alega.

Decisão sobre Auto Popular sairá ainda este mês

Publicado e homologado em 1º de abril, o seguro Auto Popular, que promete baratear o preço da apólice em 30%, deve passar por mudanças para ganhar o mercado. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) abriu consulta pública em julho para saber o pleito das seguradoras e vai encaminhar o resultado à reunião do colegiado da Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que decidirá sobre as mudanças. A reunião, ainda sem data marcada, deve ocorrer ainda este mês, informou a Susep.

Apesar de o foco ser os donos de veículos mais antigos, outros motoristas poderão se beneficiar com o preço mais em conta da apólice. De acordo com a Susep, o Auto Popular não será restrito à parcela da frota nacional de veículos que tem mais de cinco anos de uso. Qualquer segurado dono de automóvel poderá optar pelo novo produto, desde que seja avisado que os reparos serão feitos com as peças usadas ou seminovas.

O Brasil tem hoje 42 milhões de veículos em circulação, entre carros, caminhões e ônibus. Desse total, 37% têm até cinco anos de uso, 30% são veículos com idade entre seis e dez anos e 15% são os que possuem entre 11 e 15 anos. Os veículos com mais de 20 anos estão na casa dos 5% e são justamente esses veículos que se encaixam nesse tipo de seguro.

Fonte: O Dia Online - 11/09/2016

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