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Ponto de Vista: Cartão de crédito pode ser um sonho ou um pesadelo
Publicado em 09/09/2016 , por Gilberto Braga
Exatamente aí, mora o perigo do cartão de crédito, quando se gasta demais, além do que o orçamento mensal permite
Rio - Participei de um programa de TV, de reportagem sobre os juros do cartão de crédito. Trata-se de um assunto recorrente, que sempre assusta muita gente boa, desprevenida e até mesmo despreparada e sem muita intimidade com a matemática.
Inicialmente deve-se afirmar que comprar com o cartão de crédito não é necessariamente ruim e pode ser até vantajoso, para quem sabe controlar as despesas.
O cartão permite fazer gastos sem ter o dinheiro no momento, tendo até 40 dias para pagar. Proporciona andar com pouco dinheiro em espécie no bolso, diminuindo o risco de assaltos, furtos e perdas. Em caso de uso indevido do cartão, fraude e furto tem seguro para evitar o prejuízo. Dependendo da operação, pode-se parcelar uma compra em várias vezes sem juros. Por fim, os gastos também podem ser usados em programas de recompensas e trocados por viagens e brindes.
Do outro lado, há as operadoras, que ganham um percentual de tudo que é gasto, em média 2% a 4%, que é descontado do pagamento do beneficiário (lojista, por exemplo). Recebem a cobrança de uma taxa de anuidade do cliente, oferecendo outros serviços que podem ser pagos com o cartão, como seguros e pacotes de viagens; e, por fim, cobram juros altíssimos quando o cliente não quita integralmente a fatura no vencimento
Exatamente aí, mora o perigo do cartão de crédito, quando se gasta demais, além do que o orçamento mensal permite. Como é possível fazer apenas o pagamento mínimo e sem quitar toda a dívida, sobre o saldo transferido para o mês seguinte se cobra hoje, em média, juros de 15,21% ao mês, provocando o chamando efeito bola de neve (aplicação de juros sobre juros).
Esse juros são muitos altos porque não há garantia de pagamento para o credor. É diferente dos juros do financiamento do carro ou da casa própria, que são bem mais baixos, porque o próprio bem, em último recurso, pode ser utilizado para quitar a dívida. No caso do cartão, trata-se de uma despesa de consumo genérico, sem aprovação prévia do cartão.
Muita gente trabalhadora e honesta tem dificuldade com o cartão de crédito, a maioria não é caloteira. Fez uma despesa de impulso, usou em uma emergência, perdeu o emprego, esqueceu de anotar gasto e por aí vai.
Nessas situações, a dica é parar de gastar, cancelar provisoriamente o cartão e refinanciar a dívida (transformando em empréstimo bancário convencional) em parcelas alongadas (mais prazo) e valor baixo (que caiba no salário mensal).
Gilberto Braga é professor de Finanças do Ibmec e da Fundação Dom Cabral
Rio - Participei de um programa de TV, de reportagem sobre os juros do cartão de crédito. Trata-se de um assunto recorrente, que sempre assusta muita gente boa, desprevenida e até mesmo despreparada e sem muita intimidade com a matemática.
Inicialmente deve-se afirmar que comprar com o cartão de crédito não é necessariamente ruim e pode ser até vantajoso, para quem sabe controlar as despesas.
O cartão permite fazer gastos sem ter o dinheiro no momento, tendo até 40 dias para pagar. Proporciona andar com pouco dinheiro em espécie no bolso, diminuindo o risco de assaltos, furtos e perdas. Em caso de uso indevido do cartão, fraude e furto tem seguro para evitar o prejuízo. Dependendo da operação, pode-se parcelar uma compra em várias vezes sem juros. Por fim, os gastos também podem ser usados em programas de recompensas e trocados por viagens e brindes.
Do outro lado, há as operadoras, que ganham um percentual de tudo que é gasto, em média 2% a 4%, que é descontado do pagamento do beneficiário (lojista, por exemplo). Recebem a cobrança de uma taxa de anuidade do cliente, oferecendo outros serviços que podem ser pagos com o cartão, como seguros e pacotes de viagens; e, por fim, cobram juros altíssimos quando o cliente não quita integralmente a fatura no vencimento
Exatamente aí, mora o perigo do cartão de crédito, quando se gasta demais, além do que o orçamento mensal permite. Como é possível fazer apenas o pagamento mínimo e sem quitar toda a dívida, sobre o saldo transferido para o mês seguinte se cobra hoje, em média, juros de 15,21% ao mês, provocando o chamando efeito bola de neve (aplicação de juros sobre juros).
Esse juros são muitos altos porque não há garantia de pagamento para o credor. É diferente dos juros do financiamento do carro ou da casa própria, que são bem mais baixos, porque o próprio bem, em último recurso, pode ser utilizado para quitar a dívida. No caso do cartão, trata-se de uma despesa de consumo genérico, sem aprovação prévia do cartão.
Muita gente trabalhadora e honesta tem dificuldade com o cartão de crédito, a maioria não é caloteira. Fez uma despesa de impulso, usou em uma emergência, perdeu o emprego, esqueceu de anotar gasto e por aí vai.
Nessas situações, a dica é parar de gastar, cancelar provisoriamente o cartão e refinanciar a dívida (transformando em empréstimo bancário convencional) em parcelas alongadas (mais prazo) e valor baixo (que caiba no salário mensal).
Gilberto Braga é professor de Finanças do Ibmec e da Fundação Dom Cabral
Fonte: O Dia Online - 08/09/2016
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