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Ex-dirigente de fundo do Banco do Brasil é acusado de receber propina de construtora
Publicado em 08/09/2016 , por MARIANA CARNEIRO
Ex-presidente da Previ durante todo o mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-10), Sérgio Rosa, 57, é, até agora, o único dos 40 investigados listados pela Polícia Federal suspeito de ter recebido propina.
No relatório em que apresenta as acusações que fundamentam a Operação Greenfield, a Polícia Federal e o Ministério Público o envolvem no chamado "Caso Invepar".
A acusação é que a Previ, assim como Petros e Funcef, beneficiaram a OAS ao investir na Invepar, que detém concessões de serviços públicos como metrô do Rio e o aeroporto de Guarulhos.
O documento afirma que a estimativa de retorno financeiro que justificaria o investimento na Invepar foi inflada.
A suspeita das autoridades é que a decisão de investir na Invepar tenha sido motivada por pressões políticas e por corrupção dos dirigentes dos fundos.
Sérgio Rosa, segundo investigam as autoridades, teria recebido R$ 600 mil da OAS entre 2012 e 2014, após sua passagem pela Previ, por consultorias prestadas por sua empresa, a RS Consultoria. A desconfiança é que a prestação de serviço seria apenas de fachada para despistar o pagamento de propina.
A Previ é sócia da Invepar desde 2000. Em 2009, já durante a gestão de Sérgio Rosa, a participação do fundo na empresa, que superava 80%, foi reduzida com a chegada dos novos acionistas Funcef e Petros.
Cada um dos fundos ficou com um quarto da companhia, a quarta fatia estava nas mãos da OAS até a construtora, já em crise, colocar à venda sua participação para a canadense Brookfield.
Rosa, assim outro investigado pela PF, o ex-presidente da Petros Wagner Pinheiro, tem origem no sindicato dos bancários de São Paulo. Deste grupo emergiram figuras importantes do PT e que participaram ativamente do primeiro mandato de Lula, como Luiz Gushiken, ex-ministro das Comunicações, morto em 2013, e Ricardo Berzoini, ainda hoje uma conexão importante entre o movimento sindical e o partido.
A Previ é sócia de grandes empresas no Brasil, como BR Foods, a Vale e a Oi. Nas três, a atuação da Previ sob a batuta de Rosa foi decisiva.
Por pressão do fundo de pensão, em 2008, o Opportunity de Daniel Dantas foi afastado do controle da Brasil Telecom, empresa que acabou unida à Oi (na qual os fundos também eram sócios) na formação do que se pretendia ser a super tele brasileira.
Na Vale, a sintonia da Previ com o Bradesco levou a empresa a se tornar uma das maiores mineradoras do mundo, tanto que o próprio Rosa chegou a ser cotado para presidi-la.
Em 2009, num movimento audacioso, a Perdigão, controlada pelos fundos, arrematou a concorrente endividada -e líder de mercado- Sadia e criou a BR Foods. E sob a benção da Previ, Abílio Diniz alcançou o comando da empresa. Ainda hoje, Rosa preside do comitê de auditoria da empresa.
Quem participou de negociações com Rosa diz que uma de suas principais características, nunca esquecida por interlocutores, era sua fidelidade ao PT e aos projetos do governo para a economia.
Em 2014, quando a "Veja" revelou os pagamentos da OAS a Sérgio Rosa, ele admitiu à revista que recebeu os valores da construtora. Mas rejeitou a relação dos valores à sua passagem pela Previ.
À reportagem, ele atribuiu os pagamentos à remuneração por serviços de aconselhamento que foram efetivamente prestados. Nesta terça (6), a Folha não conseguiu contato com o executivo.
No relatório em que apresenta as acusações que fundamentam a Operação Greenfield, a Polícia Federal e o Ministério Público o envolvem no chamado "Caso Invepar".
A acusação é que a Previ, assim como Petros e Funcef, beneficiaram a OAS ao investir na Invepar, que detém concessões de serviços públicos como metrô do Rio e o aeroporto de Guarulhos.
O documento afirma que a estimativa de retorno financeiro que justificaria o investimento na Invepar foi inflada.
A suspeita das autoridades é que a decisão de investir na Invepar tenha sido motivada por pressões políticas e por corrupção dos dirigentes dos fundos.
Sérgio Rosa, segundo investigam as autoridades, teria recebido R$ 600 mil da OAS entre 2012 e 2014, após sua passagem pela Previ, por consultorias prestadas por sua empresa, a RS Consultoria. A desconfiança é que a prestação de serviço seria apenas de fachada para despistar o pagamento de propina.
A Previ é sócia da Invepar desde 2000. Em 2009, já durante a gestão de Sérgio Rosa, a participação do fundo na empresa, que superava 80%, foi reduzida com a chegada dos novos acionistas Funcef e Petros.
Cada um dos fundos ficou com um quarto da companhia, a quarta fatia estava nas mãos da OAS até a construtora, já em crise, colocar à venda sua participação para a canadense Brookfield.
Rosa, assim outro investigado pela PF, o ex-presidente da Petros Wagner Pinheiro, tem origem no sindicato dos bancários de São Paulo. Deste grupo emergiram figuras importantes do PT e que participaram ativamente do primeiro mandato de Lula, como Luiz Gushiken, ex-ministro das Comunicações, morto em 2013, e Ricardo Berzoini, ainda hoje uma conexão importante entre o movimento sindical e o partido.
A Previ é sócia de grandes empresas no Brasil, como BR Foods, a Vale e a Oi. Nas três, a atuação da Previ sob a batuta de Rosa foi decisiva.
Por pressão do fundo de pensão, em 2008, o Opportunity de Daniel Dantas foi afastado do controle da Brasil Telecom, empresa que acabou unida à Oi (na qual os fundos também eram sócios) na formação do que se pretendia ser a super tele brasileira.
Na Vale, a sintonia da Previ com o Bradesco levou a empresa a se tornar uma das maiores mineradoras do mundo, tanto que o próprio Rosa chegou a ser cotado para presidi-la.
Em 2009, num movimento audacioso, a Perdigão, controlada pelos fundos, arrematou a concorrente endividada -e líder de mercado- Sadia e criou a BR Foods. E sob a benção da Previ, Abílio Diniz alcançou o comando da empresa. Ainda hoje, Rosa preside do comitê de auditoria da empresa.
Quem participou de negociações com Rosa diz que uma de suas principais características, nunca esquecida por interlocutores, era sua fidelidade ao PT e aos projetos do governo para a economia.
Em 2014, quando a "Veja" revelou os pagamentos da OAS a Sérgio Rosa, ele admitiu à revista que recebeu os valores da construtora. Mas rejeitou a relação dos valores à sua passagem pela Previ.
À reportagem, ele atribuiu os pagamentos à remuneração por serviços de aconselhamento que foram efetivamente prestados. Nesta terça (6), a Folha não conseguiu contato com o executivo.
Fonte: Folha Online - 07/09/2016
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