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Grupos de troca de ajuda vão do desabafo à retomada profissional
Publicado em 29/08/2016 , por FILIPE OLIVEIRA
Recém-desempregada e com dificuldades em seu novo negócio, a venda de pães e geleias naturais, Rebecca Oliveira, 41, decidiu desabafar nas redes sociais. Não para seus amigos, mas em um grupo com 37 mil membros dedicado a ajuda mútua.
Contou que estava sem dinheiro para nada e precisava de uma bicicleta emprestada para fazer entregas. Resultado: mais de 20 bicicletas oferecidas, entre empréstimos e doações. Aceitou ficar com a mais simples delas.
Das conversas que começaram ali também surgiram parcerias. Hoje, ela organiza uma feira semanal de orgânicos, da qual participam outros três membros do grupo.
O Dots, onde foi feito o pedido, existe há um ano. Começou por iniciativa de Kuki Bailly, 48, que perdeu seu emprego de designer em maio de 2015. Ela conta ter criado o grupo por acreditar que, se todos disponibilizarem um pouco de seu tempo e seus contatos para ajudar quem precisa, a situação poderá ser enfrentada mais facilmente.
Para participar da rede, é preciso receber convite de quem já está nele. Com isso, espera-se manter uma relação de confiança entre os membros, diz Bailly.
Os participantes são incentivados a escrever posts se apresentando e explicando como podem colaborar ou de que ajuda precisam. Cada um pode mandar uma mensagem por semana –os textos devem ter um tom pessoal.
Como resultado das conversas, além da ajuda descompromissada, surgem parcerias de negócios e projetos. Outras pessoas já conseguiram se recolocar no mercado de trabalho.
Bailly diz que a situação econômica ruim favoreceu esse tipo de troca: "Quando estamos deprimidos, fragilizados, percebemos que sozinhos não somos ninguém".
MINAS
Outro grupo de ajuda com crescimento rápido durante a crise é o Indique uma Mina. Dedicado exclusivamente à divulgação de vagas de trabalho para mulheres, foi criado no dia 1º de junho e conta com 82 mil participantes.
A professora de inglês Juliana Ricci, 26, diz que o objetivo do grupo é contribuir para a diminuição da desigualdade de gênero e da violência contra mulheres. Ela afirma que dar independência financeira a elas é um caminho para chegar a esses objetivos.
O Indique uma Mina só pode ser encontrado por quem recebe um convite de participante. Ricci e outras moderadoras verificam todos os perfis antes de aprovar uma nova participante (transexuais são bem-vindas e não são aceitos perfis de homens nem de casais).
Até o momento, os grupos Dots e Indique uma Mina são mantidos voluntariamente.
O Dots avalia a possibilidade de criar eventos patrocinados para o grupo ou buscar investidores com interesse em projetos sociais. Ricci conta que deve levar o Indique uma Mina para programas de aceleração de start-ups (empresas iniciantes) a fim de avaliar possíveis desdobramentos da iniciativa.
Contou que estava sem dinheiro para nada e precisava de uma bicicleta emprestada para fazer entregas. Resultado: mais de 20 bicicletas oferecidas, entre empréstimos e doações. Aceitou ficar com a mais simples delas.
Das conversas que começaram ali também surgiram parcerias. Hoje, ela organiza uma feira semanal de orgânicos, da qual participam outros três membros do grupo.
O Dots, onde foi feito o pedido, existe há um ano. Começou por iniciativa de Kuki Bailly, 48, que perdeu seu emprego de designer em maio de 2015. Ela conta ter criado o grupo por acreditar que, se todos disponibilizarem um pouco de seu tempo e seus contatos para ajudar quem precisa, a situação poderá ser enfrentada mais facilmente.
Para participar da rede, é preciso receber convite de quem já está nele. Com isso, espera-se manter uma relação de confiança entre os membros, diz Bailly.
Os participantes são incentivados a escrever posts se apresentando e explicando como podem colaborar ou de que ajuda precisam. Cada um pode mandar uma mensagem por semana –os textos devem ter um tom pessoal.
Como resultado das conversas, além da ajuda descompromissada, surgem parcerias de negócios e projetos. Outras pessoas já conseguiram se recolocar no mercado de trabalho.
Bailly diz que a situação econômica ruim favoreceu esse tipo de troca: "Quando estamos deprimidos, fragilizados, percebemos que sozinhos não somos ninguém".
MINAS
Outro grupo de ajuda com crescimento rápido durante a crise é o Indique uma Mina. Dedicado exclusivamente à divulgação de vagas de trabalho para mulheres, foi criado no dia 1º de junho e conta com 82 mil participantes.
A professora de inglês Juliana Ricci, 26, diz que o objetivo do grupo é contribuir para a diminuição da desigualdade de gênero e da violência contra mulheres. Ela afirma que dar independência financeira a elas é um caminho para chegar a esses objetivos.
O Indique uma Mina só pode ser encontrado por quem recebe um convite de participante. Ricci e outras moderadoras verificam todos os perfis antes de aprovar uma nova participante (transexuais são bem-vindas e não são aceitos perfis de homens nem de casais).
Até o momento, os grupos Dots e Indique uma Mina são mantidos voluntariamente.
O Dots avalia a possibilidade de criar eventos patrocinados para o grupo ou buscar investidores com interesse em projetos sociais. Ricci conta que deve levar o Indique uma Mina para programas de aceleração de start-ups (empresas iniciantes) a fim de avaliar possíveis desdobramentos da iniciativa.
Fonte: Folha Online - 28/08/2016
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