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Orçamento mensal familiar ajuda a gastar menos
Publicado em 23/08/2016 , por Marcia Dessen
São poucos os que fazem o orçamento mensal da família, planejam gastos antes de sair por aí gastando dinheiro, estabelecem limites e param quando o dinheiro acaba. Um orçamento requer disciplina rígida, e ninguém quer ser o chato de plantão dizendo que não pode isso, não pode aquilo. Uma amiga costuma dizer: "A gente trabalha tanto pra quê? Pra gastar, ora bolas! Vamos aproveitar a vida e depois a gente dá um jeito pra pagar as contas".
Quem pensa assim faz parte do time que gasta mais do que ganha. Possivelmente porque não existe um bom orçamento que impeça alguém de gastar mais do que pode. Muitas vezes o dinheiro existe, mas não está disponível. Vamos ver um exemplo muito comum que acontece até com quem controla suas despesas e não entende por que precisa sempre recorrer ao cheque especial ou parcelar a fatura do cartão de crédito.
Teresa controla todas as suas despesas. Classifica as despesas por tipo: moradia, alimentação, transporte, educação, pessoais e lazer. Tem no orçamento uma linha denominada "outras despesas", que, normalmente, superam o valor esperado. A coisa fica feia e sai do controle quando recebe a fatura de taxas e impostos que não fazem parte das despesas mensais regulares e são pagas somente uma vez por ano.
O ERRO
É bem possível que Teresa não esteja planejando as despesas, conhecidas e previstas, que serão despendidas em outra data que não no mês em curso. Não me refiro a despesas extraordinárias que ocorrem sem nenhuma previsão possível. No item "transporte", por exemplo, a planilha de controle de Teresa não tem uma linha para lançar o IPVA do carro, cuja fatura só será recebida no mês de janeiro de cada ano. Se ela não fizer uma reserva para o IPVA, o orçamento do mês de janeiro vai estourar com certeza, mesmo que ela utilize a opção de parcelamento. O mesmo acontece com o IPTU.
A SOLUÇÃO
Durante o ano, prepare-se para pagar IPVA, licenciamento, seguro obrigatório e seguro do carro, estimando o valor que será despendido. Se você juntar dinheiro para pagar à vista, poderá se beneficiar de razoável desconto. Some as despesas, divida por 12 e lance o valor todos os meses na linha de provisão para IPVA e seguro do carro. Esse valor deve ser aplicado e mantido separado das outras reservas pois já está comprometido. Use o mesmo procedimento para o IPTU e outras despesas esporádicas previstas.
OS BENEFÍCIOS
- NÃO SE ENGANE sobre ter dinheiro sobrando. Assim, não gaste mais do que pode. Embora exista uma "sobra" todos os meses, esse valor não está disponível, mas comprometido com o pagamento do IPTU, do IPVA e do seguro do carro, por exemplo. Esse dinheiro pode ser investido regularmente, gerando rendimentos.
- SEJA PRUDENTE: guarde dinheiro para pagar à vista e se beneficie dos descontos que poderá obter. Numa aplicação financeira, por exemplo, seria preciso quase dez meses para ganhar remuneração líquida de 5%, como a do desconto ao pagar à vista. Você ganha duas vezes: ao receber juro na aplicação do dinheiro e com o desconto ao pagar à vista.
- SAIBA exatamente quanto custa cada item do seu orçamento. Se você imaginava que as despesas com o carro representavam cerca de 15% do seu orçamento, saiba que esse item pode chegar a 30% (ou mais) de sua renda líquida todos os meses. Avalie a relação custo-benefício de cada item.
- NÃO leve em conta os limites do cheque especial ou do cartão de crédito. O que vale é o "seu limite", aquele que cabe no seu orçamento e pode ser pago sem contrair dívidas, sem pagar juros. Não use crédito para financiar despesas de consumo. Use crédito para formar patrimônio, financiando a compra da casa própria, por exemplo. Esse é o crédito que vale a pena.
Se você acha que fazer orçamento não tem graça nenhuma, faça uma experiência e veja quanto dinheiro teria para gastar com você e sua família ao eliminar alguns excessos. Vai se surpreender ao descobrir que o dinheiro que paga de juros, por exemplo, é exatamente o dinheiro que falta para realizar alguns projetos que vêm sendo adiados
Quem pensa assim faz parte do time que gasta mais do que ganha. Possivelmente porque não existe um bom orçamento que impeça alguém de gastar mais do que pode. Muitas vezes o dinheiro existe, mas não está disponível. Vamos ver um exemplo muito comum que acontece até com quem controla suas despesas e não entende por que precisa sempre recorrer ao cheque especial ou parcelar a fatura do cartão de crédito.
Teresa controla todas as suas despesas. Classifica as despesas por tipo: moradia, alimentação, transporte, educação, pessoais e lazer. Tem no orçamento uma linha denominada "outras despesas", que, normalmente, superam o valor esperado. A coisa fica feia e sai do controle quando recebe a fatura de taxas e impostos que não fazem parte das despesas mensais regulares e são pagas somente uma vez por ano.
O ERRO
É bem possível que Teresa não esteja planejando as despesas, conhecidas e previstas, que serão despendidas em outra data que não no mês em curso. Não me refiro a despesas extraordinárias que ocorrem sem nenhuma previsão possível. No item "transporte", por exemplo, a planilha de controle de Teresa não tem uma linha para lançar o IPVA do carro, cuja fatura só será recebida no mês de janeiro de cada ano. Se ela não fizer uma reserva para o IPVA, o orçamento do mês de janeiro vai estourar com certeza, mesmo que ela utilize a opção de parcelamento. O mesmo acontece com o IPTU.
A SOLUÇÃO
Durante o ano, prepare-se para pagar IPVA, licenciamento, seguro obrigatório e seguro do carro, estimando o valor que será despendido. Se você juntar dinheiro para pagar à vista, poderá se beneficiar de razoável desconto. Some as despesas, divida por 12 e lance o valor todos os meses na linha de provisão para IPVA e seguro do carro. Esse valor deve ser aplicado e mantido separado das outras reservas pois já está comprometido. Use o mesmo procedimento para o IPTU e outras despesas esporádicas previstas.
OS BENEFÍCIOS
- NÃO SE ENGANE sobre ter dinheiro sobrando. Assim, não gaste mais do que pode. Embora exista uma "sobra" todos os meses, esse valor não está disponível, mas comprometido com o pagamento do IPTU, do IPVA e do seguro do carro, por exemplo. Esse dinheiro pode ser investido regularmente, gerando rendimentos.
- SEJA PRUDENTE: guarde dinheiro para pagar à vista e se beneficie dos descontos que poderá obter. Numa aplicação financeira, por exemplo, seria preciso quase dez meses para ganhar remuneração líquida de 5%, como a do desconto ao pagar à vista. Você ganha duas vezes: ao receber juro na aplicação do dinheiro e com o desconto ao pagar à vista.
- SAIBA exatamente quanto custa cada item do seu orçamento. Se você imaginava que as despesas com o carro representavam cerca de 15% do seu orçamento, saiba que esse item pode chegar a 30% (ou mais) de sua renda líquida todos os meses. Avalie a relação custo-benefício de cada item.
- NÃO leve em conta os limites do cheque especial ou do cartão de crédito. O que vale é o "seu limite", aquele que cabe no seu orçamento e pode ser pago sem contrair dívidas, sem pagar juros. Não use crédito para financiar despesas de consumo. Use crédito para formar patrimônio, financiando a compra da casa própria, por exemplo. Esse é o crédito que vale a pena.
Se você acha que fazer orçamento não tem graça nenhuma, faça uma experiência e veja quanto dinheiro teria para gastar com você e sua família ao eliminar alguns excessos. Vai se surpreender ao descobrir que o dinheiro que paga de juros, por exemplo, é exatamente o dinheiro que falta para realizar alguns projetos que vêm sendo adiados
Fonte: Folha Online - 22/08/2016
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