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Lucro do BB desaba 40,8% no 2º trimestre e banco reduz projeções
Publicado em 12/08/2016 , por DANIELLE BRANT e TÁSSIA KASTNER
Apesar da queda de 40,8% no lucro líquido ajustado registrada neste segundo trimestre, quando comparado a igual período de 2015, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, fez questão de frisar que o banco busca a retomada do nível de rentabilidade visto nos grandes bancos privados. Caffarelli concedeu entrevista para detalhar os resultados do banco no período.
"O Banco do Brasil retomará nível de rentabilidade compatível com seus pares privados. Isso será por aumento das margens, aumento na receita de serviços, gestão rígida de PCLD (provisão de crédito de liquidação duvidosa) e gestão rígida de capital", disse Caffarelli.
O lucro líquido ajustado do banco recuou para R$ 1,8 bilhão, ante R$ 3,04 bilhões há um ano. Na comparação com o primeiro trimestre, quando o lucro foi de R$ 1,29 bilhão, houve alta de 40%.
Para recuperar a rentabilidade, o banco persegue o aumento da margem financeira, que é a principal fonte de receitas de um banco (a diferença entre a taxa de captação de recursos e quanto a instituição cobra em um empréstimo). Essa receita foi de R$ 14,6 bilhões no segundo trimestre, ante R$ 12,457 bilhões há um ano, alta de 17,5%.
Após o resultado positivo, o banco elevou para 11% a 15% a meta de crescimento da margem financeira em 2016, ante previsão anterior de 7% a 11%.
Na prática, significa que o banco, ao renovar linhas de crédito ou renegociar contratos, consegue aumentar a taxa de juros cobrada do cliente.
A receita com tarifas cresceu 12,8%, para R$ 6 bilhões. O banco afirma que a alta nesta linha não significa tarifas mais caras para o cliente, mas que ele usa mais os serviços do banco. No entanto, as receitas com conta-corrente saltaram 22% em um ano.
Hoje, 60% do resultado do banco vem das operações de crédito, 30% de serviços e 10% das operações de tesouraria (compra e venda de títulos). "A tendência é que os serviços tomem espaço maior", diz Raul Moreira, vice-presidente de Varejo do BB.
Inadimplência
A inadimplência medida por operações vencidas há mais de 90 dias subiu de 2,60% no primeiro trimestre para 3,27% no final de junho. Um ano antes, era de 1,89%.
O vice-presidente de relações com investidor, José Maurício Pereira Coelho, ressaltou que a alta foi reflexo do registro de inadimplência de uma única empresa do setor de óleo e gás. O banco não confirma o nome da companhia, mas analistas de mercado consideram que é a Sete Brasil, em processo de recuperação judicial.
Descontado o impacto dessa empresa, a inadimplência do banco estaria em 2.85%. "Até o final do ano o grande caso será baixado para perdas e o efeito deixará a inadimplência", disse Coelho.
"Inadimplência é tema que vai continuar exigindo atenção redobrada, mas o BB ainda tem a menor taxa de inadimplência do mercado", afirmou Caffarelli.
O mesmo efeito foi visto em outros grandes bancos. O Itaú lançou a dívida de uma companhia do setor de óleo e gás em inadimplência entre 15 e 90 dias, o que também distorceu o índice do banco.
A despesa com provisão contra calotes foi de R$ 8,28 bilhões no segundo trimestre, 60% maior que a registrada em igual período de 2015, mas 9,5% menor que o valor lançado no primeiro trimestre do ano.
A carteira de crédito ampliada do banco recuou 1,16% em relação ao segundo trimestre de 2015, para R$ 751,2 bilhões. Ante os três primeiros meses do ano, houve queda de 3,15%.
Com isso, o banco cortou a projeção para o crescimento da carteira. Agora, o intervalo vai de queda de 2% até alta de 1%. A previsão anterior era de expansão entre 3% e 6%.
O principal fator de influência foi a redução da projeção dos empréstimos à pessoa jurídica. Em vez de crescimento de 1% a 4% nesse tipo de crédito, o banco passou a prever queda de 6% a 10%.
BANCO POSTAL
Caffarelli confirmou que o banco negocia a renovação do contrato do Banco Postal, que vence no final do ano. O executivo salientou, no entanto, que o espaço para ganhar novos clientes é diferente do visto em 2011, quando a economia crescia e havia demanda de potenciais clientes ainda não bancarizados.
VENDAS DE ATIVOS
O presidente do BB disse que o único movimento específico de venda de ativos em estudo é a do Banco Patagônia, na Argentina. Mas afirmou que "há intenção de avaliar a possibilidade" de vender e não quis dizer se o banco já contratou assessor para a operação.
"Não gostaríamos de vender ativos que gerem receita. Toda receita que vendo hoje eu estou atrapalhando o fluxo de caixa futuro", afirmou.
"O Banco do Brasil retomará nível de rentabilidade compatível com seus pares privados. Isso será por aumento das margens, aumento na receita de serviços, gestão rígida de PCLD (provisão de crédito de liquidação duvidosa) e gestão rígida de capital", disse Caffarelli.
O lucro líquido ajustado do banco recuou para R$ 1,8 bilhão, ante R$ 3,04 bilhões há um ano. Na comparação com o primeiro trimestre, quando o lucro foi de R$ 1,29 bilhão, houve alta de 40%.
Para recuperar a rentabilidade, o banco persegue o aumento da margem financeira, que é a principal fonte de receitas de um banco (a diferença entre a taxa de captação de recursos e quanto a instituição cobra em um empréstimo). Essa receita foi de R$ 14,6 bilhões no segundo trimestre, ante R$ 12,457 bilhões há um ano, alta de 17,5%.
Após o resultado positivo, o banco elevou para 11% a 15% a meta de crescimento da margem financeira em 2016, ante previsão anterior de 7% a 11%.
Na prática, significa que o banco, ao renovar linhas de crédito ou renegociar contratos, consegue aumentar a taxa de juros cobrada do cliente.
A receita com tarifas cresceu 12,8%, para R$ 6 bilhões. O banco afirma que a alta nesta linha não significa tarifas mais caras para o cliente, mas que ele usa mais os serviços do banco. No entanto, as receitas com conta-corrente saltaram 22% em um ano.
Hoje, 60% do resultado do banco vem das operações de crédito, 30% de serviços e 10% das operações de tesouraria (compra e venda de títulos). "A tendência é que os serviços tomem espaço maior", diz Raul Moreira, vice-presidente de Varejo do BB.
Inadimplência
A inadimplência medida por operações vencidas há mais de 90 dias subiu de 2,60% no primeiro trimestre para 3,27% no final de junho. Um ano antes, era de 1,89%.
O vice-presidente de relações com investidor, José Maurício Pereira Coelho, ressaltou que a alta foi reflexo do registro de inadimplência de uma única empresa do setor de óleo e gás. O banco não confirma o nome da companhia, mas analistas de mercado consideram que é a Sete Brasil, em processo de recuperação judicial.
Descontado o impacto dessa empresa, a inadimplência do banco estaria em 2.85%. "Até o final do ano o grande caso será baixado para perdas e o efeito deixará a inadimplência", disse Coelho.
"Inadimplência é tema que vai continuar exigindo atenção redobrada, mas o BB ainda tem a menor taxa de inadimplência do mercado", afirmou Caffarelli.
O mesmo efeito foi visto em outros grandes bancos. O Itaú lançou a dívida de uma companhia do setor de óleo e gás em inadimplência entre 15 e 90 dias, o que também distorceu o índice do banco.
A despesa com provisão contra calotes foi de R$ 8,28 bilhões no segundo trimestre, 60% maior que a registrada em igual período de 2015, mas 9,5% menor que o valor lançado no primeiro trimestre do ano.
A carteira de crédito ampliada do banco recuou 1,16% em relação ao segundo trimestre de 2015, para R$ 751,2 bilhões. Ante os três primeiros meses do ano, houve queda de 3,15%.
Com isso, o banco cortou a projeção para o crescimento da carteira. Agora, o intervalo vai de queda de 2% até alta de 1%. A previsão anterior era de expansão entre 3% e 6%.
O principal fator de influência foi a redução da projeção dos empréstimos à pessoa jurídica. Em vez de crescimento de 1% a 4% nesse tipo de crédito, o banco passou a prever queda de 6% a 10%.
BANCO POSTAL
Caffarelli confirmou que o banco negocia a renovação do contrato do Banco Postal, que vence no final do ano. O executivo salientou, no entanto, que o espaço para ganhar novos clientes é diferente do visto em 2011, quando a economia crescia e havia demanda de potenciais clientes ainda não bancarizados.
VENDAS DE ATIVOS
O presidente do BB disse que o único movimento específico de venda de ativos em estudo é a do Banco Patagônia, na Argentina. Mas afirmou que "há intenção de avaliar a possibilidade" de vender e não quis dizer se o banco já contratou assessor para a operação.
"Não gostaríamos de vender ativos que gerem receita. Toda receita que vendo hoje eu estou atrapalhando o fluxo de caixa futuro", afirmou.
Fonte: Folha Online - 11/08/2016
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