<
Voltar para notícias
1400
pessoas já leram essa notícia
Bancos passam a prever queda nas concessões de empréstimos
Publicado em 04/08/2016 , por TÁSSIA KASTNER
Os bancos privados brasileiros seguem cautelosos na concessão de novos empréstimos e enfrentam desafios para continuar a crescer enquanto a economia brasileira encolhe.
O cenário de inadimplência elevada e novos calotes à vista –especialmente no segmento de grandes empresas, como a Oi– fez com que as instituições financeiras passassem a trabalhar com projeção de queda nas concessões de crédito neste ano.
A redução nos empréstimos e a dificuldade de aumentar ainda mais os juros cobrados nas operações limitam o lucro das instituições.
Após divulgar retração de 9% no lucro líquido do segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2015, o Itaú Unibanco revisou suas projeções de crescimento para 2016. A carteira de crédito, considerando apenas a operação no Brasil, deve encolher entre 6% e 11%, ante projeção anterior de crescimento de até 3%.
Para analistas, a mudança nas estimativas era esperada e está condizente com o cenário macroeconômico.
"A recuperação não virá em 2016", afirma João Augusto Salles, economista e analista de bancos da Lopes Filho Consultoria.
Revisão semelhante ocorreu com o Bradesco, que previa aumento nas concessões de crédito em até 5% neste ano, e agora tem como melhor cenário a estabilidade. Salles espera que o Banco do Brasil, que divulgará resultados na próxima semana, faça o mesmo ajuste.
"No final do ano passado, os bancos previam crescimento e isso não foi possível porque a crise se prolongou", diz Erivelto Rodrigues, da consultoria Austin Ratings.
CALOTE
O segundo trimestre foi de mais encolhimento nas carteiras de crédito dos três bancos privados (Itaú Unibanco, Bradesco e Santander).
Não significa, contudo, que eles fecharam o cofre. No segmento Pessoa Física, houve expansão em crédito consignado, financiamento imobiliário e cartão de crédito. À exceção do cartão, essas linhas têm garantia, e, portanto, menor risco de calote.
Já para Pessoa Jurídica, os bancos têm sinalizado preocupação em garantir que as empresas permaneçam em dia. Marcelo Kopel, diretor de relações com investidores do Itaú Unibanco, afirmou que o banco têm trabalhado para reestruturar dívidas antes que as companhias entrem na lista de devedores.
Ainda assim, a inadimplência de pequenas, médias e grandes empresas segue avançando e faz crescer a necessidade de aumentar a reserva financeira contra calotes. As despesas com provisão para devedores duvidosos cresceram nas três instituições, na comparação com igual período de 2015.
SERVIÇOS
Com dificuldades de continuar crescendo via crédito, os bancos reforçaram receitas com serviços.
O faturamento com conta-corrente, por exemplo, subiu nos três bancos privados ao redor 20% entre o segundo trimestre de 2015 e este ano, bem acima da inflação do período. Houve incremento ainda nos ganhos com administração de fundos e receita com cartões.
"Quando a economia cresce, os bancos brigam por clientes e oferecem descontos nas tarifas. Mas, em momentos de recessão, a tarifa sobe mesmo. E não adianta o cliente migrar de banco, porque todos aumentaram", diz Salles.
O cenário de inadimplência elevada e novos calotes à vista –especialmente no segmento de grandes empresas, como a Oi– fez com que as instituições financeiras passassem a trabalhar com projeção de queda nas concessões de crédito neste ano.
A redução nos empréstimos e a dificuldade de aumentar ainda mais os juros cobrados nas operações limitam o lucro das instituições.
Após divulgar retração de 9% no lucro líquido do segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2015, o Itaú Unibanco revisou suas projeções de crescimento para 2016. A carteira de crédito, considerando apenas a operação no Brasil, deve encolher entre 6% e 11%, ante projeção anterior de crescimento de até 3%.
Para analistas, a mudança nas estimativas era esperada e está condizente com o cenário macroeconômico.
"A recuperação não virá em 2016", afirma João Augusto Salles, economista e analista de bancos da Lopes Filho Consultoria.
Revisão semelhante ocorreu com o Bradesco, que previa aumento nas concessões de crédito em até 5% neste ano, e agora tem como melhor cenário a estabilidade. Salles espera que o Banco do Brasil, que divulgará resultados na próxima semana, faça o mesmo ajuste.
"No final do ano passado, os bancos previam crescimento e isso não foi possível porque a crise se prolongou", diz Erivelto Rodrigues, da consultoria Austin Ratings.
CALOTE
O segundo trimestre foi de mais encolhimento nas carteiras de crédito dos três bancos privados (Itaú Unibanco, Bradesco e Santander).
Não significa, contudo, que eles fecharam o cofre. No segmento Pessoa Física, houve expansão em crédito consignado, financiamento imobiliário e cartão de crédito. À exceção do cartão, essas linhas têm garantia, e, portanto, menor risco de calote.
Já para Pessoa Jurídica, os bancos têm sinalizado preocupação em garantir que as empresas permaneçam em dia. Marcelo Kopel, diretor de relações com investidores do Itaú Unibanco, afirmou que o banco têm trabalhado para reestruturar dívidas antes que as companhias entrem na lista de devedores.
Ainda assim, a inadimplência de pequenas, médias e grandes empresas segue avançando e faz crescer a necessidade de aumentar a reserva financeira contra calotes. As despesas com provisão para devedores duvidosos cresceram nas três instituições, na comparação com igual período de 2015.
SERVIÇOS
Com dificuldades de continuar crescendo via crédito, os bancos reforçaram receitas com serviços.
O faturamento com conta-corrente, por exemplo, subiu nos três bancos privados ao redor 20% entre o segundo trimestre de 2015 e este ano, bem acima da inflação do período. Houve incremento ainda nos ganhos com administração de fundos e receita com cartões.
"Quando a economia cresce, os bancos brigam por clientes e oferecem descontos nas tarifas. Mas, em momentos de recessão, a tarifa sobe mesmo. E não adianta o cliente migrar de banco, porque todos aumentaram", diz Salles.
Fonte: Folha Online - 03/08/2016
1400
pessoas já leram essa notícia
Notícias
- 27/11/2024 68,1 milhões de consumidores estavam inadimplentes em outubro
- Inflação já é uma realidade
- Bancos pressionam governo por revisão do teto de juros do empréstimo consignado do INSS
- Black Friday 2024: veja quais são os direitos do consumidor para a data
- Gastos do Bolsa Família aumentaram 47,1% em 2023, aponta IBGE
- TJDFT mantém indenização por cobranças indevidas e assédio telefônico a consumidor
- Um em cada três proprietários de imóveis enfrenta dificuldades para definir preço de venda ou aluguel
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)