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Alex Campos: Não tem preço, mas tem custo
Publicado em 01/08/2016 , por Alex Campos
Repare que mesmo pequenas obras costumam começar de uma maneira e terminar de outra. Por isso existe o orçamento: para não produzir expectativa e entregar frustração
Rio - O poeta e escritor Ferreira Gullar já ensinou que “a crase não foi feita para humilhar ninguém”. O orçamento também não. Repare que mesmo pequenas obras costumam começar de uma maneira e terminar de outra. Por isso existe o orçamento: para não produzir expectativa e entregar frustração. O orçamento permite prevenção e controle, benefícios que não têm preço, mas têm custo — o custo da vigilância e o custo da responsabilidade. Nem que seja escrito em um bloco ou um tablet, o orçamento precisa levar em conta receitas e despesas, fixas e eventuais, convencionais e extraordinárias — ou seja, todos os ganhos dentro ou fora do previsto e todos os gastos dentro ou fora do previsto.
Salário e bonificação
Um exemplo de receita fixa é o salário. Um exemplo de receita eventual é uma bonificação. Despesa convencional é a do supermercado, do transporte, do plano de saúde, do material escolar ou da mensalidade escolar. Despesa extraordinária é a da doença, da cirurgia, do tratamento médico inesperado ou do carro enguiçado, do reparo mecânico, da oficina mais cara do que o imaginável.
Cada valor recebido ou pago deve ser anotado a fim de se conhecer diariamente, semanalmente ou mensalmente o tamanho dos direitos, de um lado, e o tamanho dos deveres, obrigações ou compromissos, do outro. Em poucas palavras: o tamanho da vida que se pode viver em concordância com o tamanho da vida que se pode pagar.
Há coisas que o orçamento pode prever e coisas que ele não pode prever. Graças às coisas que o orçamento pode prever, é possível estar preparado para as coisas que ele não pode prever. Seja como for, metas e expectativas precisam ter começo, meio e fim, precisam determinar quantias e prazos.
Quanto custa a casa que você sonha? Quanto você terá que juntar, somar, totalizar?Quando ou como você poderá pagar por ele? Para isso, o orçamento não deve ter vida própria, no sentido de não se tornar sem sentido — sob pena de não se chegar a lugar algum, de não se alcançar nada e de não se enganar ninguém, exceto a si mesmo ou a si mesma.
Tv, fogão, geladeira e... Responsabilidade
Também é positivo o fato de o orçamento permitir saber quando um financiamento vai terminar — logo, quando outro financiamento poderá começar. Com esse cuidado, é possível programar as compras maiores ou as despesas mais demoradas, caso de uma TV em cinco vezes, um fogão em dez parcelas ou uma geladeira em 12 mensalidades.
Outro cuidado interessante é agrupar os gastos em itens. Por exemplo: Lazer, Vestuário, Alimentação, Contas de Serviços (luz, gás, telefone...). Isso ajuda a identificar aumentos eventuais ou inevitáveis e ajuda a providenciar ajustes ou cortes nas despesas desses ou de outros itens.
Para gerar confiança, o orçamento precisa ser olhado com desconfiança, principalmente no lado das despesas, a fim de se avaliar se tudo ali é mesmo oportuno, pertinente ou necessário. O orçamento não é um inventário de impulsos, ele é um legado de responsabilidades.
A superação dos obstáculos (200 anos)
Todo esse monitoramento, planejamento ou organização exige paciência e perseverança. “Creio que paciência e perseverança têm o efeito mágico de fazer os obstáculos e as dificuldades desaparecerem”, ensinava John Quincy Adams (filho), o sexto presidente dos Estados Unidos, de 1825 a 1829. Aquele era o século 19, este é o século 21.
Passaram-se quase 200 anos, mas ainda hoje, a superação dos obstáculos é outro fundamento exigido no roteiro da autonomia financeira ou da autossuficiência econômica.
Barreiras, entraves, contratempos fazem parte dos capítulos das nossas imprevisibilidades, mas não devem ser encarados como finais infelizes das nossas impossibilidades.
Rio - O poeta e escritor Ferreira Gullar já ensinou que “a crase não foi feita para humilhar ninguém”. O orçamento também não. Repare que mesmo pequenas obras costumam começar de uma maneira e terminar de outra. Por isso existe o orçamento: para não produzir expectativa e entregar frustração. O orçamento permite prevenção e controle, benefícios que não têm preço, mas têm custo — o custo da vigilância e o custo da responsabilidade. Nem que seja escrito em um bloco ou um tablet, o orçamento precisa levar em conta receitas e despesas, fixas e eventuais, convencionais e extraordinárias — ou seja, todos os ganhos dentro ou fora do previsto e todos os gastos dentro ou fora do previsto.
Salário e bonificação
Um exemplo de receita fixa é o salário. Um exemplo de receita eventual é uma bonificação. Despesa convencional é a do supermercado, do transporte, do plano de saúde, do material escolar ou da mensalidade escolar. Despesa extraordinária é a da doença, da cirurgia, do tratamento médico inesperado ou do carro enguiçado, do reparo mecânico, da oficina mais cara do que o imaginável.
Cada valor recebido ou pago deve ser anotado a fim de se conhecer diariamente, semanalmente ou mensalmente o tamanho dos direitos, de um lado, e o tamanho dos deveres, obrigações ou compromissos, do outro. Em poucas palavras: o tamanho da vida que se pode viver em concordância com o tamanho da vida que se pode pagar.
Há coisas que o orçamento pode prever e coisas que ele não pode prever. Graças às coisas que o orçamento pode prever, é possível estar preparado para as coisas que ele não pode prever. Seja como for, metas e expectativas precisam ter começo, meio e fim, precisam determinar quantias e prazos.
Quanto custa a casa que você sonha? Quanto você terá que juntar, somar, totalizar?Quando ou como você poderá pagar por ele? Para isso, o orçamento não deve ter vida própria, no sentido de não se tornar sem sentido — sob pena de não se chegar a lugar algum, de não se alcançar nada e de não se enganar ninguém, exceto a si mesmo ou a si mesma.
Tv, fogão, geladeira e... Responsabilidade
Também é positivo o fato de o orçamento permitir saber quando um financiamento vai terminar — logo, quando outro financiamento poderá começar. Com esse cuidado, é possível programar as compras maiores ou as despesas mais demoradas, caso de uma TV em cinco vezes, um fogão em dez parcelas ou uma geladeira em 12 mensalidades.
Outro cuidado interessante é agrupar os gastos em itens. Por exemplo: Lazer, Vestuário, Alimentação, Contas de Serviços (luz, gás, telefone...). Isso ajuda a identificar aumentos eventuais ou inevitáveis e ajuda a providenciar ajustes ou cortes nas despesas desses ou de outros itens.
Para gerar confiança, o orçamento precisa ser olhado com desconfiança, principalmente no lado das despesas, a fim de se avaliar se tudo ali é mesmo oportuno, pertinente ou necessário. O orçamento não é um inventário de impulsos, ele é um legado de responsabilidades.
A superação dos obstáculos (200 anos)
Todo esse monitoramento, planejamento ou organização exige paciência e perseverança. “Creio que paciência e perseverança têm o efeito mágico de fazer os obstáculos e as dificuldades desaparecerem”, ensinava John Quincy Adams (filho), o sexto presidente dos Estados Unidos, de 1825 a 1829. Aquele era o século 19, este é o século 21.
Passaram-se quase 200 anos, mas ainda hoje, a superação dos obstáculos é outro fundamento exigido no roteiro da autonomia financeira ou da autossuficiência econômica.
Barreiras, entraves, contratempos fazem parte dos capítulos das nossas imprevisibilidades, mas não devem ser encarados como finais infelizes das nossas impossibilidades.
Fonte: O Dia Online - 31/07/2016
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